Las Vegas (EUA) – Segundo jogador que mais faturou títulos em 2023 (seis ao todo), atrás apenas dos sete troféus de Novak Djokovic, o espanhol Carlos Alcaraz vem enfrentando uma seca de conquistas desde que triunfou em Wimbledon. Após quase oito meses sem vencer um único torneio, o atual número 2 do mundo minimizou o jejum e não enxerga isso como algum tipo de fracasso ou frustração.
“Tenho que não baixar o nível e a concentração. Essa temporada comecei com boas sensações na Austrália, em Buenos Aires não tive as melhores e no Rio aconteceu algo inesperado. Não vejo o que aconteceu depois de Wimbledon como fracasso ou frustração. Tenho que aprender com as experiências e momentos”, explica.
Ainda segundo ele, seu desempenho na gira de quadra dura após o título no All England Club não foi nada ruim, elencando seus principais resultados. “As pessoas acham que se não ganhar títulos não está bom, mas não é o caso. Cheguei às quartas de final em Toronto, à decisão em Cincinnati contra Djokovic e às semifinais do US Open”, relembrou o espanhol, que também fez semi em Pequim e no ATP Finals.
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Na atual temporada, Carlitos disputou apenas nove jogos e completou oito, já que em sua última aparição, na estreia do Rio Open, ele torceu o tornozelo no segundo ponto da partida contra Thiago Monteiro e precisou abandonar o jogo. Recuperado após pouco mais de dez dias do incidente, ele diz estar pronto para jogar em Indian Wells e a exibição ao lado de Rafael Nadal em Las Vegas.
“O tornozelo está muito bem. O tempo foi curto, tenho trabalhado todos os dias desde que cheguei e me preparado para o jogo da Netflix. As sensações têm melhorado”, explicou na coletiva de imprensa prévia ao amistoso com o compatriota dono de 22 títulos de Grand Slam.
Sobre Nadal, aliás, Alcaraz relembrou o histórico de duas derrotas e uma vitória, enaltecendo os poucos encontros que já tiveram no circuito. “Tivemos duas boas batalhas e a primeira é melhor não lembrar”, disse entre risadas ao citar a derrota por 6/1 e 6/2 em Madri na temporada 2021. “É uma boa preparação para Indian Wells e ver o que temos que melhorar, onde está o nosso nível e continuar aprendendo com isso. É um privilégio tê-lo por perto”, frisou.
“Não nos enfrentamos muito no circuito, mas eu o vi muito na televisão. Eu cresci assistindo ele jogar. Todas as experiências pessoais que tive com ele foram incríveis. Eu adoraria passar mais tempo com o Rafa. Procuro sempre aproveitar cada dia que encontro e aprender o máximo possível. Somos colegas e rivais”, acrescentou o jogador de 20 anos.