Felipe Priante
De São Paulo
Nesta quinta-feira o catarinense Gustavo Kuerten esteve em São Paulo para a pré-estreia do documentário que celebra sua carreira “Guga por Kuerten”, que entrará no ar no Disney+ a partir do dia 10 de setembro, no aniversário do ex-número 1 do mundo. Após a exibição de dois dos cinco episódios, o tricampeão de Roland Garros conversou com a imprensa, contou sobre o processo de execução do projeto, falou sobre seu legado para o tênis brasileiro e destacou figuras como Beatriz Haddad Maia e João Fonseca.
“É um projeto que a gente, de certa forma, já estava acostumado, que é falar sobre os acontecimentos que vivemos, as emoções próximas. Foi legal, chegamos até a ir para Paris para sentir o clima. Entrei na quadra depois de uns 10 anos e bati bola na central. É um sabor reviver todas essas lembranças que foram formidáveis e transformaram nossas vidas”, disse Guga.
Um dos ícones do tênis brasileiro ao lado de Maria Esther Bueno, o catarinense pede calma nas comparações com os expoentes do tênis nacional, reconhece ser natural a vontade de termos um ‘novo Guga’, mas vê isso como algo prejudicial para os tenistas que despontaram depois dele. “Para um garoto, é quase jogar uma cruz, que não tem como carregar. A realidade vai contra, é natural querer comparar, criar expectativas”, observou.
“Quanto mais tivermos noção do que é o esporte, principalmente do profissional e dos desafios que enfrentamos, mais generosos podemos ser com o atleta”, acrescentou o ex-número 1 do mundo, que aposta em um futuro promissor para o tênis brasileiro. “Acho que vão surgir melhores do que Guga. Ajuda a não comparar, até porque já teve um Guga, não precisa ter essa história, precisa ter uma nova diferente, como foi da Maria Esther, que a gente resgatou, de Thomaz Koch e outros tantos”.
Bia e Fonseca envolvidos no futuro do tênis nacional
Dois nomes ganharam destaque naturalmente quando Guga falou sobre o presente e o futuro do tênis brasileiro: a paulista Beatriz Haddad Maia e o carioca João Fonseca. A primeira, ele fez questão de enaltecer tudo o que já conquistou no circuito e acredita que servirá de inspiração para as meninas. Já sobre o campeão juvenil do US Open no ano passado, ele se mostrou empolgado pelo que pode alcançar.
“Estamos em um momento bem agradável do tênis com a Bia reluzindo e um menino como João que é uma tendência de sucesso enorme, um dos nomes mais precoces da história do nosso tênis Nunca tivemos algo tão fantástico assim para criar perspectivas”, comentou o tricampeão de Roland Garros, que reforçou os feitos que a canhota paulista obteve. “Bia é uma jogadoraça, muita gente não tem a noção que é muito difícil ser 20 do mundo no tênis, ou mesmo 50, 70. É um desafio imenso”, falou Guga.
O ex-número 1 do mundo destacou a necessidade de saber dar apoio aos nomes que surgem para que possam ir longe, principalmente em um circuito que tem maior longevidade atualmente. “A vantagem é que o atleta tem mais tempo hoje para ser profissional. Cito o caso da Bia, que antigamente teria parado de jogar tênis com 20, 22 anos e a gente não teria uma tenista top 10. Nosso papel é tentar ser generoso para acolher, porque são poucos os nomes que a gente tem”, comentou.
“Não tem solução pronta. O cenário já é melhor do que a gente viveu, mas o mundo inteiro está evoluindo também. Mas sem dúvida o Brasil está mais preparado para aproveitar os grandes nomes do que antes. Temos um trabalho bem melhor da confederação”, complementou Guga, otimista que um novo grande nome possa fazer o tênis deslanchar de vez no país, seguindo exemplos do que já aconteceu no surfe e no vôlei.
Muito legal as falas do Guga.
Com todo o respeito mas tricampeão de grand slam e campeã como Maria Esther nos vamos morrer e não vai ter outro igual aos dois.infelizmente
Ouvi essa mesma frase durante todos os anos 70/80 ! Até que engoliram o sapo .
Bom no feminino ninguém fez o que Maria Esther Bueno fez até agora…/e no masculino tivemos o Guga campeão em 1997.e depois em 2000 e 2001 acho sim.minha memória está ruim.voce pode me confirmar
Uai, ele ouviu nos 70/80 e aconteceu Guga nos 2000, então, ele está certíssimo.
Depende da idade de quem vai esperar o futuro, quem está mais velho como eu, talvez não veja um novo astro do tênis, mas as gerações mais novas podem ver sim, porque não? Eu acredito que o João Fonseca possa entrar no top 10 daqui uns 3 anos, em 2027. Se eu vou ver isso acontecer, não sei, mas acho isso bem possível. Além disso, fazer previsão sobre o futuro é se meter num assunto o qual nenhum ser humano domina ou entende. E isso eu acho muito bom porque a surpresa, o mistério é o que dá graça e sentido pra vida. Já pensou se já soubéssemos quem seriam os(as) finalistas e depois os(as) campeões(ãs) do US Open 2024? Provavelmente, a maior parte do público perderia o interesse pelos jogos. Tem muita gente que fez duras críticas à Bia pela instabilidade que ela apresentou neste ano de 2024, mas acredito que esses críticos não têm a mínima noção do quanto a Bia serve de inspiração para as novas gerações do tênis brasileiro.
Então Carlos. Para mim o Guga e uma aberração tri campeão de Roland garros. Eu espero que o Joao Fonseca chegue ao top 10 mas só o tempo dirá. Em relação a Bia. Só tem 28 anos. Então tem pelo menos mais uns 8/9anos pela frente. Pode até ganhar um grand slam. Torço muito por ela. Ela e muito simpática e humilde.
Eu acredito que o João Fonseca tenha condições de chegar ao top 10. Eu coloquei daqui três anos, quando ele tiver 21 anos, talvez esteja sendo bastante otimista, mas em cinco anos acredito que sim. Depende muito da mentalidade do jogador e das pessoas que estão no seu entorno. Uma característica que me faz acreditar no sucesso do João Fonseca é a sua humildade e vontade de melhorar. Acho que esse é o primeiro passo pra superar os seus limites e evoluir. Força mental parece que ele tem. Quanto à Bia, talvez ela tenha chegado no seu limite e o máximo que possa conseguir é estar entre o top 15 e top 30. Se ela conseguir se manter nessa faixa de ranking por mais uns dois anos já estará ótimo. Ela ainda pode evoluir mas a maioria de suas concorrentes também estão sempre buscando a evolução e ainda existem as jogadoras acima da média das novas gerações que devem aparecer. O importante é que a Bia está lutando pra melhorar e se manter na elite do circuito e vamos ver o que acontece.
Parabéns pelo comentário. Muito bem colocado.
Eu também acho que vão surgir brasileiros melhores que o Guga, só que vai demorar muito, muito, muito, muito tempo. Aposto nos próximos 15 anos nenhum brasileiro chega nem perto de conquistar o que o Guga conquistou.
Com o carisma que tem? Difícil.
Um Guga pode até surgir, difícil, mas pode, agora uma Maria Esther acho quase impossível.
Sempre bom lembrar, Maria Esther:
6 títulos de Slam (simples)
11 títulos de Slam (duplas)
01 titulos de Slam (mista)
01 medalha de ouro olímpica (simples)
02 medalhas de ouro (duplas e mistas).
01 medalha de bronze (duplas).
3 anos como número 1 do mundo.
Mais de 70 títulos, um feito espetacular.
***2 medalhas de prata olímpicas (duplas e mistas)
Maria Esther nunca ganhou qualquer medalha olímpica. Tênis não estava no programa dos jogos olímpicos quando ela jogava. Retornou apenas em 1988 se não me engano.
O tenis esteve no pan americano, deve ser isso a que se refere, campeã em 1963 mas foi só tb. Olimpíadas até 1924 e de 1988 em diante como vc disse.
Só também?
Acho que vc está certo
Ela foi espetacular mesmo. Ele já foi fora da curva, ela de outro universo.
Essas medalhas de simples e duplas foram em Jogos Panamericanos.
As medalhas foram em Pan-americanos, não olímpicas.
Sete títulos de GS em simples (3 em Wimbledon e 4 no US Open). Doze finais disputadas. Foi finalista nos outros dois torneios (e isso que só disputou duas vezes o Australian Open).
As medalhas foram no PAN.
Eh curioso reparar como o Wild não eh querido. Ele nunca eh citado por nada, ninguém lembra dele, ninguém comenta sobre ele, ele nunca está integrado em programas de treino ou cooperação.
E porque o ego dele é muito grande. Quando ele disse que estava contundido para jogar uma taça Davis pelo Jaime oncins E Não foi .e na mesma semana jogou um torneio. Ele se queimou com o Jaime e comentaristas de tênis. Por isso…
Pelo mesmo motivo que o Guga é amado, é um ser humano incrível. Já o Wild, até torço ,mas tenho que fazer um certo esforço kkk
Mas é normal, cada um é do seu jeito, todos somos imperfeitos
Vai aparecer Melhor e torço por isso ( acho que João Fonseca) será mas Maior que Guga acho que não!
Acho que não vamos mais ver um Brasileiro ganhar nem um master mil no tênis,Grand Slam acho praticamente impossível com os tenistas que temos hoje e comparado com os dos outros países. O saibro é o piso favorito dos Brasileiro e hoje chegamos no máximo na terceira rodada em Roland Garros no feminino chegamos na semi, já na grama e quadra dura não temos a mínima chance.
Guga é o cara, sou um grande fã e gostaria de ter a oportunidade de conhece-lo pessoalmente. Torço muito para que venha outro e que nos dê tanta alegria como vc nos dava aos domingos. Mas vc é eterno!
Pode até surgir, mas tá demorando viu, a esperança chama-se João Fonseca. Nossa deu até vontade de rever jogos do Guga, vou até assistir no YouTube ele sendo campeão em cima do Agassi de novo
Affffffd melhor les que VC já existiram MUITOS OUTROS…. ( PASSADO,… PRESENTE … E PROVAVELMENTE FUTURO )…. vamos por SLAMS … 3 – QQR OUTRO COM 4 OU MAIS JA SAO ( JA FORAM MELHORES DO QUE VC )…. MENOS !!!!! MENOS !!!!!! MUITO MENOS MAN )….
Mais uma vez, favor não escrever em letras maiúsculas.
O cara n sabe nem interpretar o texto da reportagem, quanto mais digitar. Já vi vc reclamar várias vezes em relação a isso. Poderia ter uma solução por software, que convertesse automaticamente em minúsculas, as letras de todos os comentários.
Menos … muito menos MAN !!!!!
João Fonseca, no momento, é um bom jogador, mas tem potencial; quanto a Bia, infelizmente, não tem como dizer que ela é ou será o futuro do tênis feminino brasileiro, pois está mais para aposentar do que para ganhar títulos de peso. E não falo isso como uma crítica, pois pelo nível dela até que entregou muito, mas sim uma constatação. Se fosse uns 4 anos mais nova, talvez pudesse ser a jogadora que todos querem que seja ou pensam que é, porém pelo conjunto da obra não é e não virá a ser, justamente devido ao tempo que precisa para ser trabalhada; e tempo é que não tem.