Málaga (Espanha) – A Holanda fez história ao se tornar finalista da Copa Davis pela primeira vez na noite de sexta-feira, após vencer a Alemanha nas duas partidas de simples. Botic Van de Zandschulp e Tallon Griekspoor conquistaram vitórias duras sobre Daniel Altmaier e Jan-Lennard Struff, respectivamente, e garantiram o feito inédito ao país.
“É uma sensação inacreditável. Estou muito feliz por estar na final no domingo e nos dar uma bela chance de jogar pelo troféu”, comemorou Griekspoor após anotar o ponto decisivo. “Foi um grande jogo. Ambos jogamos em alto nível, com muita força nos saques. No final consegui aproveitar as chances e estou muito feliz por ter conseguido fechar”, acrescentou o holandês.
Apesar do peso do jogo, o atual 40 do mundo sentiu-se calmo durante os três sets contra Struff. “Os nervos não me incomodam tão facilmente. Gosto muito desse tipo de partida. São nesses momentos que você faz tudo como tenista”, disse Griekspoor , que enfatizou que a vitória não foi apenas uma conquista sua, mas fruto de um coletivo forte.
“Não temos um jogador entre os cinco ou dez primeiros liderando o time. Para nós, tudo se resume ao trabalho em equipe. Se uma pessoa está tendo um dia ruim, você sabe que a outra está pronta para resolver o problema. Isso torna isso tão especial”, acrescentou o holandês de 28 anos.
O capitão da Holanda, Paul Haarhuis, concordou com seu atleta. “O que estamos fazendo é mais único do que, digamos, a Itália com o jogador número 1 do mundo no time. Para mim, significa muito, serei finalista pela primeira vez na Copa Davis! É especialmente único que façamos isso, pois não temos jogadores top 5 ou top 10”, destacou o comandante.
“A chave é o esforço da equipe e a crença em nós mesmos. Nossa meta era não perder nas quartas de final pelo terceiro ano consecutivo. Acreditamos que poderíamos fazer isso, mesmo tendo um sorteio muito difícil com a Espanha. Foi muito bom chegar às semifinais. E então com a Alemanha nós acreditamos que poderíamos vencer também. Esses garotos simplesmente passaram, jogaram um tênis incrivelmente bom, com o coração, e mostraram do que são feitos”, finalizou Haarhuis.
Tá igual o futebol que não tem Copa do Mundo