Krejcikova domina Ostapenko e volta à semi de Slam

Foto: AELTC/Tony O'Brien

Londres (Inglaterra) – Sólida na base com suas habituais variações de efeito e velocidade, a tcheca Barbora Krejcikova está pela primeira vez na semifinal de Wimbledon. Aos 28 anos e hoje número 32 do ranking, ela dominou o tênis sempre forçado da letâ Jelena Ostapenko e marcou as parciais de 6/4 e 7/6 (7-4), recuperando de um placar adverso de 1/4 na segunda série.

Esta é a primeira semifinal de Krejcikova desde a inesperada conquista de Roland Garros, em 2021. Torna-se a sexta jogadora de seu país a somar penúltimas rodadas tanto em Paris como em Londres, repetindo Marketa Vondrousova, Lucie Safarova, Petra Kvitova, Jana Novotna e Karolina Pliskova.

“Nem tenho palavras, dei tudo de mim”. Questionada sobre as lesões no começo da temporada, afirmou que “foi um período muito difícil e preciso agradecer meu time porque me fez superar minhas dúvidas. Mas nunca desisti”. Sobre a semifinal contra Elena Rybakina, ela disse que nem esperava ter chegado tão longe “e só vou poder te falar algo depois do jogo”.

Ela venceu a campeã de Wimbledon de 2022 nas duas vezes que se cruzaram, na quadra dura do WTA de Melbourne e de Ostrava. Krejcikova jamais havia ganhado cinco partidas consecutivas sobre o piso de grama e não fazia isso em qualquer outro torneio de nível WTA desde o título de Dubai, em 2023.

A tcheca também havia eliminado a norte-americana Danielle Collins, 11ª do ranking, na rodada anterior, e assim consegue suas duas primeiras vitórias sobre top 20 da temporada. Nos Slam da temporada, também atingiu as quartas do Australian Open.

Ascensão ao 18º lugar do ranking

Com a ótima campanha, ela sai do atual 32º lugar para o 18º, sendo portanto mais uma a ultrapassar Bia Haddad Maia. Ela ainda pode ser 14º em caso de final e retornar ao top 10 em caso de eventual título. Ela já foi número 2 do mundo, posição alcançada em 2022, e líder do ranking de duplas por 19 semanas.

Krejcikova é a sétima jogadora com 28 anos ou mais a atingir sua primeira semifinal em Wimbledon nos últimos 26 anos, repetindo Elena Vesnina (2016), Magdalena Rybarikova (2017), Julia Goerges (2018), Barbora Strycova (2019), Karolina Pliskova (2021) e Tatjana Maria (2022).

Ostapenko por sua vez tentava repetir a semifinal de 2018. Até as quartas, havia perdido apenas 15 games nesta edição, marca inferior apenas aos 14 de Victoria Azarenka, em 2012.

Tcheca tem grande recuperação no 2º set

No duelo entre campeãs de Roland Garros, Ostapenko vinha de três vitórias seguidas sobre Krejcikova, incluindo a final de Birmingham do ano passado, mas a tcheca soube variar demais o ritmo da partida no primeiro set, o que induziu a letã a erros. Sem jamais ter o saque ameaçado, Krejcikova aproveitou o único break-point do primeiro set, que chegou ainda no terceiro game, e foi firme até fechar a série. Ostapenko chegou a errar 35 vezes.

Depois de um game inicial muito duro, a número 14 do ranking ficou mais sólido e chegou à quebra e posterior vantagem de 4/1, depois de evitar três break-points. A tcheca voltou a jogar firme, reagiu e virou para 5/4, com saque para fechar. Ficou a dois pontos, mas Ostapenko conseguiu boas devoluções e empatou. A decisão foi ao tiebreak e a letã desperdiçou 2-1 e saque a favor. Krejcikova abriu 5-2 e administrou bem os nervos para concluir.

9 Comentários
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Thiago
Thiago
4 meses atrás

Adooooooroooo quando a chatapenko perde!!

Eduardo Spacca
Eduardo Spacca
4 meses atrás
Responder para  Thiago

Eu também!

Flávio
Flávio
4 meses atrás
Responder para  Thiago

Cara não acho ela chata é apenas o estilo como alguns acham o estilo da Iga sem graça, aliás, não acho isso apenas é a personalidade de cada uma. Agora eu dizia que sobreviver nesta chave difícil entre Ribakina, Svitolina, Krejikova, Ostapenko poderá chegar forte à final. Abraço

Marcos Souza
Marcos Souza
4 meses atrás
Responder para  Flávio

Eu particularmente adoro o tênis e também a personalidade da Ostapenko, assim como gosto da Collins por exemplo que o pessoai também pega tanto no pé!

Flávio
Flávio
4 meses atrás
Responder para  Marcos Souza

Pois é cara, então eu tenho essa mesma impressão, a mim não acho nada demais tem gente aqui que pega no pé da gritaria da Sabalenka, outros acham a Iga ou Ostapenko chata ,eu não baseio nisso porque estilo de ser cada um tem o seu e respeito isso.

Viviane
Viviane
4 meses atrás

Gosto muito dessa jogadora. Sem muito alarde, vai chegando longe no torneio. É uma excelente jogadora. Se continuar longe de lesões, tem tudo pra estar entre as melhores de novo.

Vicentina
Vicentina
4 meses atrás

A Krejikova tem um jogo muito legal de se ver, pois usa dropshot e foi um jogo difícil contra Ostapenko porque estava muito bem no torneio, portanto quem passar de Ribakina x Krejikova vai ganhar Winbledon o que vocês acham meus queridos ?

Flávio
Flávio
4 meses atrás
Responder para  Vicentina

Sim pode ser moça, mas não dar pra descartar por completo a Paoline ou a Vekic, embora eu também acho que há maiores possibilidades da vencedora sair de quem sobreviver entre Ribakina x Krejikova porque chegaria com moral à final devido a chave difícil que estavam, mas vamos espera, né.

Marcelo Reis
Marcelo Reis
4 meses atrás

A Ostapenko joga no modo kamikaze desde sempre. Deu muito certo uma única vez. Vai ser dificílimo funcionar novamente.

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