Paris (França) – Em sua estreia na chave principal de Grand Slam, o paulista Gustavo Heide mostrou firmeza e teve uma grande apresentação na estreia em Roland Garros, na última segunda-feira. Contra um rival do gabarito do argentino Sebastian Baez, cabeça de chave número 20, ele chegou a vencer o primeiro set e levou a partida até o quinto, quando acabou eliminado.
Apesar da frustração da derrota, o paulista de 22 anos ficou feliz com o desempenho. “Acho que o mais difícil foi a parte mental, por ser a primeira vez na chave de um Grand Slam e primeira vez jogando melhor cinco sets, então acho que esse era o ponto principal. Claro que o adversário era muito bom, Baez tem muita chance de avançar bastante no torneio, é um ótimo jogador no saibro”, disse Heide, em entrevista ao jornalista Márcio Arruda.
“Sabia que ia ser muito duro, que teria que jogar bem para sair com a vitória. Acho que consegui fazer isso, mas no quinto set faltou um pouco mais o mental mesmo de aguentar a tensão”, acrescentou o brasileiro, lamentando não ter conseguido manter a quebra que teve de frente na parcial final.
Heide também destacou a tática adotada para a partida, que executou do começo ao fim. “Claro que do outro lado o jogador vai se adaptando ao que eu vinha fazendo, principalmente no primeiro set, em que joguei muito bem. Acredito que ele também estava um pouco nervoso no começo. A tática eu mantive até o final, tive minhas chances, um break no quinto set, mas faz parte do tênis e vou levar de experiência”.
A queda de rendimento na reta final, principalmente com o saque foi lamentada pelo paulista. “Acredito que foi um pouco o cansaço, a parte mental, e a pressão de ter com um break na frente. estava um pouco ansioso e não consegui sacar tão bem, errei bastante o primeiro saque e isso me incomodou bastante no quinto set. Não estava conseguindo usar uma de minhas principais armas, mas estava conseguindo ficar bem nos pontos”, analisou Heide.
Balanço positivo da participação em Paris
O paulista saiu satisfeito com tudo que conseguiu fazer no saibro francês e acredita que isso o ajudará no futuro. “Ainda sou muito novo, estar vivendo isso muito novo é bom, vou levar essa experiência para o resto da carreira e vai mudar o meu ano. Estava bem dentro de quadra, cada vez melhor fisicamente. Vai mudar muito”, comentou o atual 174 do mundo.
“Fui subindo muito de nível, do primeiro jogo até esse. Na primeira rodada (do quali) teve um nervosismo pela estreia, mas depois fui só crescendo. Muito feliz de terminar Roland Garros, meu Grand Slam preferido, confiante, com a cabeça boa e muito animado para o resto do ano”, observou Heide, fazendo um balanço de sua participação no torneio.
Heide quer subir o máximo no ranking, mas não coloca uma meta de número e revela que sonha com o top 100. “Todo torneio que eu disputo, quero ganhar e quero subir cada vez mais no ranking, o máximo que conseguir. Claro que gostaria de chegar no top 100, mas acho que isso pode colocar muita pressão, por isso não tenho uma meta para o final do ano”, finalizou.
melhor tenista do Brasil atualmente… esse aí se levasse a carreira a sério seria top 50 fácil
Muito talentoso, pode evoluir bastante com trabalho bem focado.
Parabéns.
Melhor jogo entre os brasileiros. Mostrou muito potencial. Tomara que tenha foco e persistência, que pode ir longe.
Excelente jogador. Tecnicamente é o melhor dos brasileiros atualmente. Aguarda-se o João Fonseca para breve. Em compensação, a Bia Haddad parece que vai naufragar, está Jogando um tênis sem imaginação e com absoluta falta de confiança.
ótimo tenista. Promissor, sim.
E, claro… Incorporar a paciência ao talento é indispensável (no Brasil se super-dimensiona o jogo agressivo de ataque. Nem sempre isso é tudo)
“vamos por parte”, falou um esquartejador (rsrs)