Por Matheus Dalcim
Da redação
A edição de 2024 de Roland Garros mal começou e já é uma das mais especiais para o tênis brasileiro. Com as classificações de Gustavo Heide, Felipe Meligeni Alves, Thiago Monteiro e Laura Pigossi através do qualificatório, pela primeira vez em 36 anos o país colocará seis jogadores nas chaves principais masculina e feminina de simples, uma vez que Thiago Wild e Beatriz Haddad Maia já estavam garantidos no torneio pelo ranking.
Na última vez que tantos tenistas do Brasil estiveram juntos em um Grand Slam foi no próprio saibro parisiense em 1988, com quatro mulheres e três homens. Naquela ocasião, jogaram a chave principal Gisele Miró, Luciana Corsato, Niege Dias, Patrícia Medrado, Cássio Motta, Luiz Mattar e Marcelo Hennemann. De todos eles, Corsato, Motta, Mattar e Hennemann conseguiram avançar à segunda rodada, enquanto os outros não passaram da estreia.
Separadamente, a classificação de quatro homens e duas mulheres também iguala marcas do passado. O último registro de tantos nomes no masculino remete à temporada de 2011, quando João Souza, Ricardo Mello, Rogério Dutra Silva e Thomaz Bellucci jogaram o US Open. Em Roland Garros, o feito mais recente era de 2009, com Franco Ferreiro, Marcos Daniel, Thiago Alves e Bellucci.
Também na capital francesa, Andrea Vieira e Luciana Corsato foram as últimas a jogarem juntas no feminino, em 1990. No entanto, Beatriz Haddad Maia e Laura Pigossi já haviam participado de Wimbledon em 2022 e do Australian Open no ano passado.
Roland Garros é o Slam com maior participação brasileira
Historicamente, o Brasil tem uma grande presença em Paris. Por lá, foi registrado o recorde de participações nacionais na chave masculina, com sete representantes em 1984: Carlos Kirmayr, Cássio Motta, Eduardo Oncins, Givaldo Barbosa, João Soares, Júlio Góes e Marcos Hocevar. Apenas Motta passou da estreia e seguiu até a terceira rodada, caindo de virada para o espanhol José Higueras, com parciais de 5/7, 3/6, 6/1, 6/2 e 6/1.
Naquele mesmo ano, ainda estiveram na chave feminina Cláudia Monteiro e Patrícia Medrado (apenas a baiana avançou uma fase), tornando essa também a maior participação brasileira na história de um Grand Slam, com nove jogadores ao todo.
Além disso, Roland Garros teve oito tenistas do Brasil em 1983 (seis homens e duas mulheres) e sete em cinco ocasiões: além do já citado ano de 1988, isso também ocorreu em 1968 (quatro homens e três mulheres), 1982, 1985 e 1986, estes últimos com cinco homens e duas mulheres.
Para efeito de comparação, o tênis nacional também já colocou sete tenistas em Wimbledon e no US Open, sendo as mais recentes em 1985 na grama inglesa e 1983 em Nova York, com cinco homens e duas mulheres em ambas as oportunidades. No Australian Open, o recorde é de cinco nomes no masculino em 2002 e 2003.
Histórico brasileiro em qualificatórios de Slam
Um interessante levantamento da página Os Olímpicos, no X (antigo Twitter), mostrou que até o início desta edição de Roland Garros, 36 brasileiros já haviam conseguido furar o quali de um Grand Slam , dos quais 29 homens e sete mulheres. Com os resultados desta sexta-feira, são agora 38 tenistas do país a avançarem para a chave principal de um Slam após disputarem a fase prévia. Thiago Monteiro e Felipe Meligeni já haviam obtido esse feito em outras ocasiões e não entram na soma.
Curiosamente, nunca houve mais do que dois jogadores brasileiros superando o quali numa mesma edição, barreira que Pigossi, Heide, Meligeni e Monteiro superaram brilhantemente desta vez. Os furos aconteceram em 60 torneios, totalizando 73 classificações: 38 em Roland Garros, 18 no US Open, 11 em Wimbledon e seis no Australian Open.
ESPETACULAR !!!
Brazilian storm na área.
É só começar esse circo de “brazilian storm” que aí vai zicar todos os tenistas
Coach reverso!!! Se acha que zica existe???
Brazilian Storm na veia
Década de ’80 era fenomenal! Temos tudo para repetir isso nesta década de ‘2020 (começando do ano passado, quando duas brasileiras, pela primeira vez, estiveram no MD de WB). Show!! Brasil, sofreu, Brasil cresceu, Brasil amadureceu!!
Oxalá Evandro! Não sou tão ufanista assim, mas estou sempre na torcida!
Torci fervorosamente por todos que estavam lutando valorosamente no quali. E olha que poderiam ser 7, cao o João Fonseca tivesse sido convidado.Com tantos brasileiros, é de se esperar que alguns, ou pelo menos algum, consiga ultrapassar algumas etapas. Continuar torcendo.
Sou fãzaço da Laura, gosto muito de atletas que talvez não tenham o talento do Federer, mas compensam passando muito longe da preguiça. E se tiver que dar balão dá também, pq já vi Nadal dando e ninguem nunca confiscou nenhum Slam dele por isso.
Melhor ver um tenista limitado fazendo a diferença, do que um talentoso “plantado” no fundo de quadra.
Eu acho que os tenistas “normais” têm muito mãos mérito do que os excepcionalmente talentosos. É o caso da Laurinha. Muito trabalhadora e ferrenha aplicação à parte tática e física. Torço para que, no US Open, ela entre direto na chave, já como top 100 até lá.
Puts, Federer, Nadal e Djokovic são a exceção em talento. Todos os outros são tenistas que trabalham muito, não é apenas a Laura
Dalcim pisou na bola. Em RG tem duplas também e ele se esqueceu das 2 brasileiras na chave.
Se eu tivesse citado duplas, teria incluído também o masculino. Mas o texto é sobre simples.
[…] o quali e se juntaram a Thiago Wild, já garantido pelo ranking. Com isso, o Brasil volta a ter seis representantes em um Grand Slam depois de 36 anos. A última vez que isso aconteceu foi em 1988, quando o país contou com sete jogadores na chave […]
[…] O grande momento por que passa o tênis brasileiro foi brindado por mais uma façanha. Pela primeira vez na história dos Grand Slam, mais do que dois tenistas nacionais conseguiram superar um mesmo qualificatório. Foram quatro, que se juntam a Bia Haddad e Thiago Wild, de forma que cheguemos a seis nas chaves de simples, a segunda maior marca, 36 anos depois do recorde de sete, lá mesmo em Paris, como destaca Matheus Dalcim em excelente artigo neste site. […]
Muito legal essa matéria!
Parabéns!
Espetáculo msm a participação nesse Qualy, sem paralelos na nossa história tenistica. Que tenham boa sorte no chaveamento e q, principalmente os 3 estreantes na chave principal de RG, curtam o momento.
Parabéns aos 4 que passaram pelo quali. Mas poderiam dar mais sorte no sorteio. Tirando o Monteiro, os outros 3 saíram com cabeças de chave !! Mas vamos lá !!!
Seria legal se o TenisBrasil apresentasse um quadro com esses dados todos
Sensacionaaaalllll!!!!!!
viva!!!!!!!!!! iuhul!!!!!! parabéns a todos!!!!!
E pensar que o melhor de todos não pegou Qualy por pouco, em sabe em breve não teremos 7 tenistas no top 100.
Que bom…
Teremos mais jogadores para criticar…
A “torcida” não vê a hora da primeira rodada.
“torcida” cheia de argentinos se fingindo de brasileiros aqui.
Que venha a critica…o vento Parisiense leva embora…Mesmo que sejam para Wild e Bia, eles fizeram por merecer em entrar direto. Nada apaga essa semana heroica e memoravel
Prezados haters. Não. Hoje não. Semana memorável. Destaque para a partida irretocável do Meligeni contra o talentoso português Jaime Faria. Heide, Monteiro e Pigossi também foram impecáveis.
vai Brasil….lavamos a alma.
Ainda temos as participações dos duplistas.
Luisa Stefani não irá jogar ???
Ela joga duplas.
Ótima matéria!!!!
Conhecendo coisas do tênis brazuca que ainda não conhecia!
Obrigado Dalcim!