Tricampeã, Iga diz que não estava tão confiante antes de Doha

Foto: Jimmie48/WTA

Doha (Qatar) – Tricampeã do WTA 1000 de Doha, Iga Swiatek não perdeu nenhum set ao longo dos quatro jogos que fez nesta semana no Qatar. Mas apesar da campanha impecável no torneio, a número 1 do mundo revelou após a final deste sábado contra a cazaque Elena Rybakina que não estava tão confiante antes da competição, especialmente após a eliminação precoce ainda na terceira rodada do Australian Open, mas destacou o trabalho de toda sua equipe para recuperar o bom nível de tênis.

“Eu não estava me sentindo muito confiante antes do torneio. Também não tive momentos de paz em casa para me concentrar apenas no trabalho, então não esperava muito. Achei que fosse perder aqui na segunda rodada”, disse Swiatek, que também derrotou Sorana Cirstea, Ekaterina Alexandrova e Victoria Azarenka em Doha, além de ter contado com a desistência de Karolina Pliskova na semifinal.

Em um dia de muito vento em quadra, a vitória sobre Rybakina na final teve dois momentos distintos. A polonesa chegou a estar perdendo a primeira parcial por 4/1, com duas quebras abaixo, e até salvou um set-point no tiebreak. Melhor adaptada às condições, a partir da reta final do set, ela se recuperou e venceu por 7/6 (10-8) e 6/2.

“Fico feliz por ter continuado trabalhando e não pensei em muitas coisas durante a semana. Sabia que seu desse 100% em quadra e trabalhasse duro, coisas boas poderiam acontecer. Apenas me concentrei nas coisas certas, acho que essa foi a chave”, acrescenta a polonesa de 22 anos, que conquistou o 18º título da carreira e o sétimo WTA 1000.

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Um incidente incomum acabou mudando um pouco da história do jogo. Quando vencia por 4/1, Rybakina sofreu um corte na perna ao executar a terminação de um golpe e precisou de um longo atendimento médico para estancar o sangramento e fazer um curativo. Nesse tempo, Swiatek conversou com o técnico Tomasz Wiktorowski e fez mudanças em seu jogo. Tirou um pouco spin do forehand e passou a jogar um pouco mais reto e também cuidou melhor dos games de saque. A polonesa fez quatro games seguidos e se recuperou na partida.

“Acho que a paralisação no jogo realmente me ajudou a me acalmar um pouco, porque eu não tinha certeza do que fazer. Eu estava em pânico por não encontrar nenhuma solução. Meu treinador me ajudou a mudar um pouco a tática, então passei a cometer menos erros”, explicou a polonesa, que conseguiu apenas a segunda vitória em cinco jogos contra Rybakina. A cazaque lamentou a falta de sorte: “Mesmo quando estava 4/1, nós duas estávamos lutando muito em todos os games. Claro que dei um pouco de azar, porque se não estivesse sangrando, eu teria continuado. Não era o momento certo de parar jogo. Infelizmente demorou muito”.​

Swiatek é a primeira tricampeã na história do torneio, realizado desde 2001, e deixa para trás bicampeãs Anastasia Myskina, Maria Sharapova, Victoria Azarenka e Petra Kvitova. Além disso, ela é a primeira jogadora desde Serena Williams a vencer o mesmo torneio três vezes seguidas. Serena conseguiu um tricampeonato em Miami entre 2013 e 2015.

“Nunca pensei que fosse tão especial vencer três vezes consecutivas. Chegar aqui como atual bicampeã não é fácil, mas pude aproveitar a experiência que tenho aqui. Eu diria que isso acontece porque eu não estou pensando em quebrar nenhum recorde. Estou apenas jogando tênis e isso é tudo”, ponderou.

“Nunca coloco um torneio específico como objetivo. Porque no final de cada ano, fico orgulhosa das minhas temporadas, independentemente dos torneios que ganhei ou do que aconteceu. Algumas marcas são mais para a Wikipedia do que para você. Estou apenas indo com calma, passo a passo e semana após semana”.

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