Buenos Aires (Argentina) – Depois de anunciar sua aposentadoria há algumas semanas, o argentino Federico Delbonis realizou na noite da última terça-feira sua última partida como tenista profissional. Disputando a chave de duplas ao lado do compatriota Facundo Bagnis, o ex-top 40 do ranking de simples caiu na estreia do ATP 250 de Buenos Aires para os espanhóis Jaume Munar e Roberto Carballes pelo placar de 6/4 e 6/2.
Após o jogo, Delbonis conversou com a imprensa e explicou os motivos que o levaram a decidir de parar de jogar. “Era o que eu queria. Comecei a sentir dores insuportáveis e cheguei a um ponto em que não sentia que estava treinando como deveria para reverter a situação. Dia após dia estou convencido de que sou um ex-tenista. Estar aqui dá vontade de continuar, mas sei que não tenho ferramentas físicas para projetar um ano inteiro”, comentou o agora ex-profissional de 33 anos.
Ainda segundo ele, a decisão aconteceu após uma derrota no challenger de Santa Fé, em setembro do ano passado. “Tive um pressentimento ali. Cancelei todos os eventos que teria de disputar até o final do ano e disse só voltaria treinar se ainda tivesse gana. Fiz trabalhos físicos para me manter em forma, joguei futebol, padel, mas não tênis”, revelou.
Para o futuro, Federico Delbonis disse que não tem nada em mente no momento e que só desejar apreciar o tempo com a família. “Quero estar mais envolvido como pai e como marido. Devo gratidão eterna à minha família e os amo muito. Agora é a hora deles. Não me vejo viajando imediatamente. Não sei sobre o futuro”, garantiu.
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Ex-número 33 do mundo, ele era o último remanescente em atividade do quarteto que levou a Argentina à inédita conquista da Copa Davis, em 2016, pendurando a raquete depois de Leonardo Mayer (2021), Juan Martín del Potro (2022) e Guido Pella (2023).
Em 17 temporadas, Delbonis conquistou dois títulos de ATP, o primeiro deles no Brasil Open de 2014 e o outro em Marrakech, no Marrocos. Em Grand Slam, teve como principal resultado as oitavas de final de Roland Garros em 2021, mesmo ano em que atingiu as quartas no Masters 1000 de Roma. Nas duplas, levantou dois troféus do Brasil Open ao lado do também argentino Máximo González, em 2018 e 2019.
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O que sempre me chamou a atenção no Delbonis foi seu movimento de saque, peculiar e inconfundível.
Que tenha uma boa aposentadoria!