“É bom fazer história”, diz Yastremska após quebrar marca

Foto: WTA Tour

Melbourne (Austrália) – Mais do que a classificação inédita na carreira para uma semifinal de Grand Slam, a vitória da ucraniana Dayana Yastremska sobre a tcheca Linda Noskova nesta quarta-feira em Melbourne lhe rendeu a quebra de um tabu de 46 anos. Desde a edição de 1978, nenhuma tenista vinda do qualificatório havia chegado à penúltima fase do torneio.

Atual 93ª do ranking, Yastremska já venceu oito jogos na competição e comemorou o fato de poder fazer parte da história do tênis mundial. “Como eu disse em quadra, é bom fazer história. É algo novo para mim e para a minha geração, porque a última vez que aconteceu foi há muito tempo. Eu não tinha nem nascido ainda. É legal e estou muito feliz por estar na minha primeira semifinal. Mais uma etapa foi concluída”, disse a tenista de 23 anos.

Apesar de hoje comemorar uma vaga na semifinal do Australian Open, a ucraniana admitiu de certa forma que não imaginava chegar tão longe no torneio. “Não pensei nisso. Vim para cá e estava focada apenas em jogar cada partida e em melhorar. Eu realmente não estabeleci metas de ir às oitavas, quartas, semifinais ou algo assim. Eu só estava tentando me divertir jogando aqui”, declarou à imprensa após a partida.

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Ainda segundo Yastremska, muitas vezes o ranking das jogadoras não significa nada dentro de quadra e qualquer uma pode surpreender em um grande torneio. “Não procuro pela classificação das jogadoras que enfrento, porque acho que não é tão importante. As garotas em qualquer faixa de ranking podem mostrar um jogo incrível. Eu estava fazendo apenas o meu trabalho e focando em mim mesma, na maneira como jogo. Acho que está funcionando”, pontuou.

Estreante nas semifinais de um torneio, ela diz não ter tempo para sentir a diferença de estar na reta final de um Grand Slam, numa etapa em que a maioria dos atletas já foram embora e o complexo fica mais esvaziado. “Para mim parece o mesmo. Eu já tive a experiência de chegar à segunda semana em Wimbledon, mas perdi nas oitavas e não consegui sentir direito. Aqui o tempo passa bem rápido com as rotinas e você não consegue analisar tudo como é, mas com certeza quando acabar o torneio terei muito tempo para pensar sobre isso, como me senti e as emoções que tive. Por enquanto, estou gostando de estar aqui na segunda semana”, frisou.

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