Melbourne (Austrália) – Em um dos jogos mais aguardados da primeira rodada do Australian Open, o britânico Andy Murray não ofereceu resistência ao argentino Tomas Etcheverry, cabeça 30 do torneio, e acabou eliminado em sets diretos, com parciais de 6/4, 6/2 e 6/2 em 2h23. Aos 36 anos e fora do top 40, o ex-número 1 do mundo admite que esta pode ter sido sua última aparição em Melbourne como profissional.
“Estou decepcionado. As coisas não correram bem e fiquei apático em todos os momentos. As pessoas tentaram me animar, mas foi impossível. Tive um desempenho ruim e sentimentos muito estranhos hoje. Definitivamente há uma possibilidade de ter sido a última vez que joguei aqui”, disse Murray à imprensa após a eliminação ainda na primeira rodada do Grand Slam australiano. Ao longo da carreira, o britânico foi cinco vezes vice-campeão do torneio.
Whatever it is, it always has and always will be a pleasure @andy_murray ❤️@AustralianOpen | #AusOpen pic.twitter.com/5VwMRhxP1n
— ATP Tour (@atptour) January 15, 2024
“A sensação é completamente oposta àquela que vivi aqui no ano passado ao sair da quadra. É muito difícil terminar assim e admitir que você nunca mais jogará o seu melhor. Não vencerei muitas partidas se continuar jogando como hoje, mas também sei que posso jogar um bom tênis se estiver como nas últimas semanas. Joguei muito bem em Brisbane, treinei muito bem nos últimos dez dias. Por isso é muito frustrante ver o que fiz hoje e fica difícil continuar acreditando em mim mesmo”, lamentou.
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Apesar de mencionar a possibilidade de não voltar a Melbourne daqui a um ano, Murray não estipulou um prazo para encerrar a carreira e diz que deverá fazer isso nos seus próprios termos. “Ainda não tomei nenhuma decisão em relação à minha aposentadoria. Preciso pensar nisso. Já falei várias vezes sobre isso com minha família e minha equipe, e eles sabem como me sinto. Tenho uma ideia do quanto gostaria de jogar antes de me aposentar, mas os prazos são reduzidos quando tenho atuações como as de hoje.”
“Sei que o Tomas [Etcheverry] é um bom jogador e entendo que posso perder para ele mesmo que eu jogue bem, mas é a imagem que passei e as sensações que tive que me fazem questionar as coisas. Essa partida não me dá esperança de que poderei fazer coisas importantes novamente no futuro”, finalizou o bicampeão olímpico.
Interessante como ele conseguiu passar o sentimento com uma certa suavidade sem menosprezar o adversário. Realmente para um jogador que conquistou tanto, não deve ser bacana jogar nesse nível, mas também é uma sensação péssima parar de jogar dessa forma. Murray faz bem ao tênis, tomara que consiga um último suspiro.
Ele nunca foi o mesmo após a cirurgia, infelizmente! Vá descansar, Murray! Você já nos presenteou com grandes espetáculos! Bi campeão olímpico é pra poucos! Eterno integrante do Big four!!!