Recomeço de alegria e esperanças

Rafael Nadal, Naomi Osaka, Emma Raducanu, Amanda Anisimova e Marin Cilic foram os nomes importantes do circuito que voltaram à atividade nesta primeira semana da nova temporada. Dessa turma de gabarito, apenas o canhoto espanhol conseguiu mais de uma vitória, mas a grosso modo todos se mostraram competitivos e com chance de embalar no calendário.

Aos 37 e em busca de mais um retorno glorioso em sua carreira recheada de paradas e lesões sérias, Nadal pegou dois adversários perfeitos para quem precisa de ritmo e confiança. Dominic Thiem está muito longe do auge e só deu trabalho no primeiro set. Permitiu no entanto que o espanhol mostrasse postura ofensiva já a partir do primeiro saque e ótima movimentação quando precisou construir pontos. Depois, veio o local Jason Kubler, 102º colocado, e aí a tarefa foi ainda mais fácil e o placar, contundente.

Ao chegar às quartas com apenas sete pontos perdidos ao acertar o primeiro saque – três na estreia -, Nadal comemora acima de tudo a completa falta de dor no quadril operado. “Essa é para mim a principal questão, consigo me mover sem limitações”, contou. Claro que ainda é muito cedo para apostar o quanto ele poderá ser perigoso no fisicamente exigente Australian Open, ainda que Carlos Moyá se mostre muito otimista. O que importa agora é saborear, e isso vale tanto para ele como para nós, cada momento e seus ótimos lances. Porque qualidade não lhe falta.

Osaka mostrou pontos bastante positivos, com um saque bem forçado e devoluções ofensivas, que sempre foram sua marca. Passou pela 83ª do ranking em Brisbane antes de cair num jogo equilibrado contra a experiente Karolina Pliskova, hoje 39ª colocada, numa partida em que a japonesa marcou 14 dos 30 aces anotados. É bem verdade que a tcheca não dá lá muito ritmo, a ponto de perder 64% de seus segundos saques.

“Foi uma semana mais curta do que eu esperava”, admitiu Osaka, que gostou de suas duas atuações e, mais importante ainda, se sentiu feliz em quadra, algo que definitivamente era um problema antes da maternidade. “Treinei muito para voltar e não veio aquela frustração anterior, apenas o sentimento normal de que poderia ter jogado um pouco melhor”. Excelente notícia.

Havia ainda mais incertezas sobre o retorno de Raducanu, que também teve problemas emocionais antes de uma série de lesões. E contra ela existe a inexperiência. Mas a britânica se saiu até melhor do que o esperado. Derrotou no terceiro set Gabriela Ruse, 134º do momento, e chegou a estar à frente de Elena Svitolina por um set e 3-1 no tiebreak. Não confirmou e aí desabou na parte física.

“É difícil suportar o ritmo de Elina por 3 horas e meia, é muito diferente do que treinar”, observou a tenista de 21 anos, que estava ausente há oito meses. “Subi muito de nível entre o jogo de estreia e essa segunda partida, mas ainda faltaram pernas”, admitiu, “e isso é algo que vou ter de trabalhar mais se quiser ter chance diante das melhores”.

Anisimova foi um caso bem relevante do desgaste emocional do circuito, em que pese os 22 anos. Ela ficou oito meses afastada porque não aguentava mais a pressão, fez um semestre na universidade de Nova Southeastern e começou a pintar. Só quando sentiu falta do tênis é que resolveu voltar aos treinos e considerar a competição. “Foi incrível dar um tempo da vida caótica de uma tenista e voltar a ser humana”, definiu.

A ex-21 do mundo, considerada prodígio, agora está fora das 350. Na estreia de Auckland, ganhou da encardida Anastasia Pavlyuchenkova, 60 do ranking, antes de perder feio para a cabeça 5 Marie Bouzkova, 36ª. Mas a norte-americana encarou tudo muito bem: “Nunca tinha ficado mais do que duas semanas longe da raquete e me sinto renovada, cheia de energia e alegria. Diminuir o ritmo era tudo que eu precisava”.

Cilic por fim esteve muito, muito perto de retornar também com vitória, mas não conseguiu derrotar Jan-Lennard Struff nos nove match-points que apareceram a sua frente. E isso tudo com o croata e ex-número 3 do mundo acertando apenas 49% do primeiro saque. Mas nem assim ele saiu triste: “Comparado ao nível que me sentia há quatro meses, é como dia e noite”, avaliou.

O campeão do US Open de 2014 jogou apenas duas partidas em 2023, uma em janeiro e outra em julho, vítima do joelho direito. Aos 35 anos, é apenas o 674º do ranking e por isso utilizará o ranking protegido para buscar ritmo e vitórias. “Estou extremamente feliz apenas por estar em quadra de novo. Ainda me sinto competitivo”.

43 Comentários
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Paulo Rubens C. Oliveira
Paulo Rubens C. Oliveira
10 meses atrás

Boa tarde Dalcim. Estarei em Paris para o Roland Garros 2024. Onde poderia adquirir ingressos para esse torneio? Um site que seja seguro.

Luiz Fernando
Luiz Fernando
10 meses atrás

Pra quem imaginou Rafa com limitações claras na movimentação, vistas por exemplo quando ele voltou de contusão em 2013 e inclusive jogou em Sampa, essas duas primeiras partidas foram uma surpresa bem agradável.
Como mencionado no texto, o principal resultado não foi vencer, foi jogar sem estas limitações. Trata-se de um bom começo, mas ainda me parece cedo o afirmar o real potencial do espanhol.
Creio em nova vitória amanhã, mas mais apertada, a rigor dos 4 sets jogados até agora 3 foram verdadeiros treinos…

Luiz Henrique
Luiz Henrique
10 meses atrás
Responder para  Luiz Fernando

Fiquei pensando nisso LF. Na verdade o 1º torneio no Rafa em 2013 foi em Vina del Mar, estreou contra o Delbonis, os primeiros jogos foram bem menos bons que esses 2 de agora

Paulo Almeida
Paulo Almeida
10 meses atrás
Responder para  Luiz Henrique

Aquele torneio passou na TV, não passou?

Só não lembro em que canal agora.

Luiz Fabriciano
Luiz Fabriciano
10 meses atrás
Responder para  Luiz Fernando

Luiz, uma pena, não a derrota hoje, mas voltar a sentir o quadril. Isso joga a confiança no ralo.

Jônatas
Jônatas
10 meses atrás
Responder para  Luiz Fernando

Se não conseguiu ver limitações claras precisa ver de novo. Nadal está claramente mais lento. Ainda tem força nos golpes mas isso não é suficiente. Eu diria para olhar para o Andy Murray para ter um parâmetro melhor. O nível dele hoje é top 30 no máximo, o que eu acho espetacular devido à cirurgia que fez. Mas eu não tenho muitas esperanças que passe disso.

José Alves
José Alves
10 meses atrás

Voltei a acompanhar o blog por causa do Nadal ! Excelente publicação

Maurício Luís *
Maurício Luís *
10 meses atrás

O título desta matéria bem poderia ser ” A volta dos que não foram”.
E o Nadal, hein? Surpreendeu, ao menos a mim. Voltou com pilhas novas. Devem ser daquelas alcalinas!
E falando sobre os frequentadores do blog, o Ronildo sumiu desta nova fase. Será que está com receio dos ‘feedbacks”? Pois eu não. Porque não dói nada… Outro que eu simpatizo e que virou cometa Halley – aparece a cada 76 anos – é o fanfarrão do Lógico.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
10 meses atrás
Responder para  Maurício Luís *

Ronildo e Carlo VW estão clicando em “Página Não Encontrada” até hoje, kkkkk.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
10 meses atrás
Responder para  Paulo Almeida

E’ ruim , caro Piloto. O “ goat “ perdeu sua invencibilidade de 43 partidas em 2011 para o Craque Suíço em RG . Mostrando que as previsões do Ronildo são perfeitas , ele agora perde incríveis 43 de invencibilidade na Austrália ( 6 anos ) , para o glorioso DI MENOR. Segundo as previsões do Sábio, Djokovic não tem chances em mais nenhum SLAM . Aguarde o AOPEN 2024 e o retorno triunfal do brilhante comentarista …kkkkkkkkk. Abs!

Paulo Almeida
Paulo Almeida
10 meses atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

O glorioso sacou como nunca na vida, incrível.

Ronildo aparecia aqui secando o Craque até em par ou ímpar. Está estranho esse sumiço mesmo.

A conferir, rsrs, abs!

Luiz Fabriciano
Luiz Fabriciano
10 meses atrás
Responder para  Paulo Almeida

Jamais vi o australiano sacar tanto. Enfrentar Djokovic e não ter que salvar breakpoints, talvez seja inédito.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
10 meses atrás
Responder para  Luiz Fabriciano

Foi só um 40 iguais durante o jogo inteiro e por causa de uma dupla falta na hora de fechar o jogo por nervosismo. Break então, passou longe!

Rodrigo W
Rodrigo W
10 meses atrás
Responder para  Luiz Fabriciano

Se o Djokovic estivesse bem fisicamente, a história séria bem diferente. Que De Minaur aproveite e comemore, pois improvável que se repita tamanho milagre

Paulo Almeida
Paulo Almeida
10 meses atrás

O post passado está bugado…

Luiz Fabriciano
Luiz Fabriciano
10 meses atrás
Responder para  Paulo Almeida

Está mesmo.
Ia perguntar ao Dalcim sobre, mas ainda bem que você adiantou.

Groff
Groff
10 meses atrás
Responder para  Paulo Almeida

Ia comentar isso também. Tinha respondido pra você lá, acho.

Gabriel
Gabriel
10 meses atrás

tomara que tudo funcione na parte fisica e Nadal continue no circuito ate os 40 (com um calendário limitado e selecionado, como fez o Federer), assim como tambem o Djokovic, Murray, Stan… so quem tem a ganhar com isso sao os fas de tenis – ainda que os porta-vozes do fa-clube do jogador servio, que monopolizam 80% dos comentários do site, percam.

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
10 meses atrás
Responder para  Gabriel

Falou o “isento” que comemorou o impedimento de Djoko no AO 2022 e US OPEN 2022 e também em outros torneios.

Luiz Fabriciano
Luiz Fabriciano
10 meses atrás
Responder para  Gabriel

Uai, mas o blog NUNCA restringiu que outros torcedores comentem.
Vai ver é porque o sérvio é o que mais vence, naturalmente seus fãs comentem mais, não?

Paulo Almeida
Paulo Almeida
10 meses atrás
Responder para  Luiz Fabriciano

Exato. Quem sumiu foram torcedores modinhas.

Marcelo Costa
Marcelo Costa
10 meses atrás

Todos os justos holofotes no espanhol, afinal uma história linda de redenção, como não se apaixonar? As meninas, depois de lutar contra seus fantasmas, voltam e brilham, todos se rendem a esse amor ao esporte mas o verdadeiro apaixonado, quem está pelo puro amor ao esporte é cilic, pois, ele não irá ganhar ( creio eu ) nada de relevante, não terá a quadra principal de um slam em horário nobre e nem terá os maiores patrocínios, só amor mesmo

Andre Eduardo
Andre Eduardo
10 meses atrás

Infelizmente não assisti aos jogos do Nadal, mas acompanhei os highlights nas mídias sociais. Confesso que, por mais esperançoso que estivesse acerca de um bom retorno dele, fui surpreendido pelo que vi. FH voando como sempre, BH certeiro e angulado, movimentação excelente… é, nunca duvide de Rafael Nadal.

Gustavo
Gustavo
10 meses atrás

Olha o Thompson salvando três match points no segundo set e forçando o terceiro contra Nadal!

Jogo vai passar de 3h de duração, além de tudo um teste físico para o espanhol nesse retorno.

Luiz Fernando
Luiz Fernando
10 meses atrás

Rafa poderia ter vencido em 2 sets mas vai p um terceiro imprevisível na sua atual condição. Pelo q vi ate agora, num jogo mais disputado que os dois anteriores, ele não tem condição de jogar com os principais jogadores em condição de igualdade. Teima em não subir a rede em situações obvias, um erro q ele sempre cometeu, muitas bolas ainda estão curtas e as devoluções não estão legais, como tem sido a regra nos últimos anos.
Sem duvida esta num nível acima do q eu imaginava mas longe de ser de fato competitivo. Se vencer, o q pode perfeitamente acontecer hoje, creio q perderá pro Dimitrov em 2 sets, talvez por placares elásticos…

Sandra
Sandra
10 meses atrás

Bom dia Dalcim, vendo o fim do jogo do Nadal, senti até uma certa pena dele , não sei se foi impressão minha , achei que ele estava triste , com cara de despedida , por isso minhas duas perguntas : o quanto é difícil para um jogador top aceitar o fim de carreira ? E a outra , quando recomeça a outra vida sem o tênis , toda os tratamentos com remédios , cirurgias ou tratamentos físicos não pode ter um efeito colateral nos órgãos depois de terem usado tantas coisas ?

Luiz Fabriciano
Luiz Fabriciano
10 meses atrás
Responder para  Sandra

Muito boas as duas perguntas Sandra.

Ruy Machado
Ruy Machado
10 meses atrás

Hoje que eu consegui tempo para ver o jogo do Nadal, me frustrou por 2 aspectos: Não ter fechado o jogo no 2° Set e ver, claramente, que não tem condições de competir com os melhores nesse momento. Pior: o atendimento médico. Gostaria que a despedida fosse em alto nível com RG e Olimpíadas… Nunca vou desacreditar o Nadal! Mas está ficando difícil

Maurício Luís *
Maurício Luís *
10 meses atrás

Pra lá de preocupante essa volta da dor no quadril do Nadal. Espero que se recupere, mas há 3 coisas a se considerar:
1) o tempo é curto;
2) tomara que ele não recorra a medicamentos pra mascarar a dor, como já deve ter feito outras vezes. Se é pra resolver, tem que dar tempo ao corpo;
3) que não teime em desobedecer os médicos, por + importante que seja o torneio.
O que importa é a saúde a longo prazo.
Nunca escondi que não gosto do jogo abaloado dele, mas é eficiente e faz falta. E como pessoa, eu realmente o admito e lhe desejo o melhor.

Luiz Fabriciano
Luiz Fabriciano
10 meses atrás

Dalcim, vendo o chinês que jogará semi-final em Hong Kong, me vem uma pergunta: será que a China já está começando a colher frutos dos seus altíssimos investimentos lá?
Falo da promoção de torneios de alto nível, já há bastante tempo.

Gustavo
Gustavo
10 meses atrás
Responder para  José Nilton Dalcim

Uma galera adora falar mal dos Estados Unidos mas é para lá que vão para treinar, trabalhar, viver com qualidade ou até pedir asilo por se sentir perseguido em seus países de origem.

Maurício Luís *
Maurício Luís *
10 meses atrás

Reconheço a importância do Zagallo pro futebol, mas nunca gostei dele. Muito arrogante.

Marcelo Costa
Marcelo Costa
10 meses atrás
Responder para  Maurício Luís *

Todos tiveram que engolir ele, no final foi vencedor.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
10 meses atrás
Responder para  Maurício Luís *

Arrogante somente com a Imprensa, meu caro . Das feras de 70 , até a última em 2006 com Ronaldo , Adriano e R. Gaúcho , os jogadores têm grande respeito pelo 4 vezes Campeão Mundial . Até Romário hoje ( cortado em 1998 ) , somente elogios ao LEGADO do Velho Lobo . Abs!

Gustavo
Gustavo
10 meses atrás

Nada de Rafa no Aberto da Austrália! Ele desistiu, não se considerando pronto para jogar partidas de sets. sábia decisão.

Gustavo
Gustavo
10 meses atrás
Responder para  Gustavo

De 5 sets*

Manu
Manu
10 meses atrás

A cada ‘¡Hola a todos!’ eu tenho um colapso nervoso hehehhehe

Boa recuperação,Rafa. Estamos aqui, te mandando carinho e força. Teu desempenho em Brisbane é algo para comemorar. Voltar vai demorar, leve todo o tempo que precisar campeão. Nós não vamos a lugar nenhum.

Neri Severo Malheiros
Neri Severo Malheiros
10 meses atrás

Como é bom poder contar com o retorno de tantos nomes relevantes para o tênis nesse início de temporada e ver alguns deles obtendo resultados promissores após tanto tempo fora do circuito.

Pena que Nadal, o mais aguardado deles, tenha sentido nova lesão, ao que parece de menor gravidade mas mesmo assim preocupante. Também torço para que Naomi Osaka volte a sentir o mesmo prazer de jogar que a levou à conquista de quatro slams tão precocemente e ao número 1 do ranking.

E para completar o deleite dos fãs, assistir veteranos como Gael Monfils e Grigor Dimitrov ainda levantando troféus e jogando em alto nível não tem preço.

Dalcim, tomara que todos dessa turma também possam ter a alegria de novas conquistas para fazer jus a tudo que representam para este esporte.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
10 meses atrás

Acredito mesmo que e’ o Tour de despedida do Touro Miura. Mas pelo que mostrou , pode sim pensar em terminar por cima na Gira de Saibro. Além de conhecer todos os atalhos , já levou alguns dos 14 Roland Garros sentindo lesões. Estou me referindo ao verdadeiro Rei do Saibro . A conferir. Abs!

Paulo Almeida
Paulo Almeida
10 meses atrás

Obviamente não vou comemorar lesão como sempre fiz, mas havia o risco do Djoko pegar o Nadal em rodadas iniciais e isso nunca é bom, ainda mais porque a situação dele também é duvidosa.

No aguardo do sorteio do AO agora.

Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br
Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br

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