Londres (Reino Unido) – Em mais uma retrospectiva de fim de ano, a ATP destacou em seu site as aposentadorias mais marcantes de 2023. Baseando-se nessa lista, TenisBrasil selecionou algumas dessas despedidas e relembra a carreira de jogadores que deixaram seu nome na história do tênis brasileiro e mundial.
Thomaz Bellucci
O paulista de Tietê resolveu pendurar as raquetes aos 35 anos, disputando sua última partida em casa, no ATP 500 do Rio de Janeiro, em fevereiro. Em quase duas décadas de carreira, Bellucci conquistou quatro títulos de ATP e somou 200 vitórias na elite do circuito, sendo 23 em Grand Slam e 33 em Masters 1000. Seu principal resultado nos quatro maiores torneios do calendário aconteceu em 2010, quando alcançou as oitavas de final em Roland Garros.
“Sinto-me feliz e um pouco triste também. O tênis esteve na minha vida por muitos anos. Não é fácil parar de jogar. Mas eu me diverti muito e meu corpo agora está sentindo os anos e os sacrifícios que fiz. É hora de fazer outra coisa, experimentar coisas novas”, disse o ex-número 21 do mundo.
John Isner
Principal jogador norte-americano na última década, Isner foi o número 1 de seu país em oito de nove temporadas entre 2012 e 2020, figurando sempre no top 20 mundial a partir de 2010. Conhecido como o “Rei dos Aces”, o agora ex-profissional de 38 anos é quem mais pontos de saque marcou em toda a história do tênis: 14.470. Dono de 16 títulos e 489 vitórias, ele encerrou a carreira no US Open, acertando mais 48 aces na partida derradeira.
“Acho que me superei. Nunca me imaginei tendo tanto sucesso por tanto tempo. É claro que há tantas partidas que eu gostaria de poder voltar, mas me preparei mentalmente da melhor maneira que pude durante 17 anos. Não tenho muitos arrependimentos, isso é certo”, disse em sua despedida.
Jack Sock
O também norte-americano obteve sucesso tanto nas simples quanto nas duplas, atingindo o top 10 de ambos os rankings. Os melhores resultados de Sock aconteceram nas duplas, com quatro títulos de Grand Slam (um nas mistas) e duas medalhas olímpicas nos Jogos do Rio de Janeiro em 2016 (ouro nas mistas com Bethanie Mattek-Sands e bronze com Steve Jonson na chave masculina). Individualmente, sua maior conquista aconteceu no Masters 1000 de Paris em 2017, lhe garantindo a chance disputar pela primeira vez o ATP Finals.
“Para o menino de oito anos que imediatamente se apaixonou pelo tênis: espero ter deixado você orgulhoso. Foram 14 anos de memórias que nunca esquecerei.”, escreveu em um post no Instagram ao anunciar sua retirada das quadras com apenas 31 anos de idade.
Feliciano López
Uma das carreiras mais longas da história do tênis masculino chegou ao fim quando López se despediu do circuito aos 41 anos. Foram 26 temporadas como profissional, tendo chegado à 12ª posição do ranking de simples e ao nono lugar nas duplas. Entre seus maiores feitos, o espanhol protagonizou a maior sequência de Grand Slam disputados na história do tênis, com 79 participações seguidas em chaves principais.
“Estou muito orgulhoso de ter conseguido passar [mais de] 20 anos como profissional sem perder nenhum deles, mas também de ter deixado uma boa impressão nos meus colegas jogadores e nas pessoas com quem convivi”, disse.
Juan Sebastian Cabal e Robert Farah
Grandes parceiros no circuito de duplas, os colombianos também encerraram juntos suas carreiras em 2023. Cabal, de 37 anos, e Farah, de 36, anunciaram a decisão conjunta em agosto e se despediram com uma vitória defendendo as cores da Colômbia na Copa Davis. Lado a lado, a dupla conquistou 19 títulos, incluindo Wimbledon e US Open em 2019, e chegaram à liderança do ranking no mesmo ano.
“Sentimos que estamos fazendo a coisa certa. É um momento difícil. Praticamos esse esporte há 30 anos, sonhando com a vida no topo. É difícil dizer adeus, mas tudo chega ao fim, e este é um bom momento, sentimos que é um bom momento. Não é por causa dos resultados. É por causa do tempo de cada um de nós”, afirmou Cabal.
Outras despedidas em 2023
Além de Bellucci, Isner, Sock, López, Cabal e Farah, outros tenistas anunciaram sua aposentadoria neste ano, dentre eles: Jeremy Chardy, Guido Pella, Pablo Andujar, Oliver Marach, Treat Huey, Bradley Klahn, Peter Gojowczyk, Pedro Sousa e Malek Jaziri.
Vocês esqueceram do Ivo Karlovic, 10 títulos, posição 14 da ATP, diversos recordes. Vitórias contra número 1: FedererDjokovic, Lleyton Hweitt e quase em Nadal.
O Karlovic não jogou mais depois do US Open e de Indian Wells de 2021, João. Então a ATP o considera aposentado desde 2022.
Ele se despediu oficialmente em 2023. Muitos jogadores(as) ficam inativos por um um tempo, nem por isso estão aposentados, foi o caso de Jelena Jankovic, por exemplo. Essa discussão vai longe e muito saudável. Prazer em falar de tênis, grande abraço.