Paris (França) – Embora tenha feito justos elogios ao adversário Andrey Rublev, que o levou ao limite, o sérvio Novak Djokovic acredita que foi justa a sua passagem à final do Masters 1000 de Paris pelo tamanho do esforço físico que precisou fazer durante a longa batalha.
“Rublev estava me sufocando como uma cobra faz com um sapo na maior parte da partida”, definiu Djokovic, após 3h02 de intensa batalha. “Ele jogou num nível extremamente alto, como a gente conhece, mas honestamente hoje estava num dia inspirado. Nunca enfrentei Rublev tão afiado”.
Questionado sobre o que o deixou mais orgulhoso na campanha até aqui, Djokovic não pensou para responder. “Tive dificuldade com um vírus estomacal no começo da semana e isso me fez senti terrivalmente mal nos últimos três dias. Mas de alguma maneira encontrei energia e mantive a adrenalina alta”.
Assim como aconteceu diante de Tallon Griekspoor e Holger Rune, ele precisou de três sets e arrancou mais uma virada com muito esforço. “Não desisti, lutei e acreditei que poderia dar a volta por cima. E aconteceu de novo. Quem sabe, amanhã mais uma vez”. Com vitória em todas as nove semifinais disputadas em Paris, o sérvio buscará neste domingo o sétimo troféu no piso coberto do Palácio de Bercy. Seu adversário será um ‘freguês’, o búlgaro Grigor Dimitrov, contra quem tem 11 vitórias e apenas uma derrota, esta ocorrida há exatos 10 anos.
Depois de receber tratamento na região lombar antes do terceiro set, Djokovic pareceu mais solto e ditou muitas vezes o ritmo das trocas de bola. Rublev escapou de dois break-points no quarto game, mas por fim cedeu o saque. “No começo do jogo, eu estava incomodado com meu físico, mas me mantive competitivo. No tiebreak (que definiu o segundo set), eu saquei muito bem e isso ajudou. No terceiro set, entrei em quase todos os pontos de devolução, tive chances, mas ele veio com grandes saques quando precisava. Por fim, veio a dupla falta, um encerramento infeliz para ele, mas acho que mereci a vitória considerando o enorme esforço que coloquei em quadra”.
Caso conquista o sétimo título em Paris neste domingo, Djokovic chegará ao Finals de Turim com vantagem praticamente inalcançável de 1.490 pontos sobre o espanhol Carlos Alcaraz e somente um desastre o impedirá de terminar a temporada como número 1 pela oitava vez na carreira.