Zhuhai (China) – A russa Daria Kasatkina afirmou nesta quinta-feira que os abusos recebidos pelas jogadoras nas redes sociais estão “completamente fora de controle”. A jogadora de 26 anos e atual 17ª do ranking compartilhou capturas de tela de mensagens ameaçadoras enviadas a ela depois que chegou às semifinais do WTA Elite Trophyem Zhuhai. Uma mensagem dizia que ela “deveria estar morta”, e outra a culpava por perder uma aposta.
As experiências de Kasatkina são mais um exemplo do abuso online que continua a ser dirigido às jogadoras. É um problema antigo que afeta o tênis. Em maio, a norte-americana Taylor Townsend compartilhou uma captura de tela da ameaça de morte e dos abusos racistas que recebeu por e-mail após perder uma partida em Roma.
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Já na edição deste ano de Roland Garros, os organizadores ofereceram aos jogadores do torneio proteção de inteligência artificial contra abusos nas redes sociais. A tecnologia Bodyguard teve como objetivo filtrar comentários abusivos no Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, TikTok e Discord. A polonesa Iga Swiatek, ex-número 1 do mundo, que fez uso desse instrumento tecnológico, disse que “não fazia sentido ler” comentários porque levavam a ter “sentimentos e pensamentos negativos”.
I won btw. This shit is completely out of control pic.twitter.com/QEvJRfzoFV
— Daria Kasatkina (@DKasatkina) October 26, 2023
As plataformas de mídia social afirmaram estar comprometidas em combater o abuso, com o Instagram introduzindo uma ferramenta em 2021 para permitir que os usuários filtrem automaticamente mensagens abusivas daqueles que não seguem na plataforma.
No início deste ano, um porta-voz da WTA disse que o órgão dirigente trabalha com uma empresa de avaliação e gestão de risco para encerrar contas de redes sociais quando necessário. “A segurança das jogadoras é a prioridade número um da WTA”, acrescentou o porta-voz. “A WTA tem trabalhado há vários anos para educar e aconselhar as jogadoras sobre esta questão, à medida que o número de tenistas afetadas continua a aumentar e é uma questão importante que levamos muito a sério.”