Paris (França) – Apesar do franco favoritismo em Roland Garros, a polonesa Iga Swiatek admitiu ter sentido pressão e incertezas ao longo de sua campanha no saibro parisiense, em que derrotou suas seis primeiras adversárias sem perder set, mas ficou sob risco de levar virada na decisão deste sábado diante de Karolina Muchova.
Ao fazer uma comparação sobre suas três conquistas na Philippe Chatrier, a polonesa de 22 anos foi direta: “O título do ano passado era a confirmação de que meu primeiro troféu não foi casualidade. Este foi mais duro por conta das lesões que tive (ao longo dos últimos meses) e a pressão, especialmente por ser a defensora do título. Estas semanas não foram fáceis e minha equipe teve papel essencial”.
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A número 1 chegou a abrir vantagem de 6/2 e 3/0 antes de ver reação da tcheca e ficar sob risco. “Me sentia segura com meu jogo, mas deixei que ela entrasse de novo na partida. É uma grande jogadora. Entrei no terceiro set sem me lamentar pelo que tinha acontecido, sem analisar muito, usando só minha intuição mesmo. Depois de tantos altos e baixos, deixei de pensar no placar porque sei que posso jogar melhor se fico mais solta. Mas irei ainda analisar o que aconteceu”, prometeu.
Ela contou que ficou até surpresa por conseguir fechar a partida logo na primeira oportunidade, com quebra de saque. “Cheguei a ficar surpresa ao final do jogo, porque tinha visto vários jogos em que Karolina se recuperava de placares parecidos. Antes do match-point, não sabia o que iria acontecer, simplesmente deu tudo de mim e até me surpreendi por finalizar ali. Veio a felicidade, mas de repente todo o cansaço destas semanas. Por sorte, meus jogos não foram tão exigentes fisicamente, mas é muito difícil se manter concentrada todo o tempo. Sinto diferentes emoções neste momento, A final foi muito intensa, com muitos altos e baixos, momentos estressantes e viradas. Estou contente por ter conseguido ficar sólida nos games decisivos e fechar a partida. Karolina jogou muito bem, foi um grande desafio”.
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Questionada sobre o futuro e possíveis metas, Swiatek se esquivou. “Sinceramente, não penso no futuro. Estou agora satisfeita com o que aconteceu nas últimas semanas. Não sei do que sou capaz de fazer, mas vou trabalhar diariamente para jogar o melhor possível e ainda me desenvolver como tenista. Não me coloco meta”.
Por fim, Swiatek voltou a falar da invasão russa na Ucrânia, ao ser perguntada sobre a situação vivida por Aryna Sabalenka em Paris. “Não uso as redes sociais e não leio muito o que se fala, mas prefiro me concentrar no torneio. Aí vou me colocar a par do que passou. O que posso repetir é meu ponto de vista: deveríamos estar unidos contra a agressão da Rússia e meu apoio vai todo aos ucranianos. Se eu estivesse no lugar das tenistas ucranianas, não sei se seria capaz de competir”.