Nova York (EUA) – Disputando pela segunda vez as quartas de final em um Grand Slam, o jovem norte-americano Ben Shelton teve sorte melhor no US Open do que no Australian Open no começo deste ano, bateu o compatriota Frances Tiafoe e garantiu uma semifinal inédita. Após a vitória em quatro sets, o tenista de apenas 20 anos analisou a partida, que fechou a rodada de quarta-feira em Nova York.
“Acho que esta noite foi uma verdadeira batalha física. Esse foi o verdadeiro teste, estava muito abafado, muito quente. Em 75% da partida, acho que nós dois terminamos os pontos bastante cansados, tentando recuperar o fôlego”, observou o atual 47 do mundo, que com a campanha em Flushing Meadows está subindo provisoriamente para o 19º lugar, alcançando o top 20 pela primeira vez.
Shelton explicou os sorrisos constantes em quadra durante seus jogos. “Definitivamente estou sentindo alegria em alguns momentos das partidas. Quando olho para o meu box e vejo meus amigos e familiares ali, recebo alguns sorrisos deles ou sinais engraçados e gosto disso. Gosto muito da interação com as pessoas quando estou em quadra”, disse o norte-americano.
A ligação com os amigos também tem se mostrado nas comemorações de suas vitórias, com ele fazendo um sinal como se estivesse no telefone. “Para mim é como se eu estivesse dizendo que liguei, é algo que me conecta aos meus amigos de infância”, revelou o jovem tenista da casa.
Feliz com seu desempenho físico no duelo com Tiafoe, ele acredita que a maior diferença da Austrália para cá está no mental. “O condicionamento físico definitivamente melhorou muito, mas acho que o mental melhorou ainda mais . Dizia a mim mesmo durante o jogo: ‘ele também está sentindo isso’. Acho que ser capaz de colocar isso na sua cabeça é mais da metade da batalha”, afirmou.
Nas semifinais, Shelton terá uma enorme desafio pela frente, encarando o sérvio Novak Djokovic pela primeira vez no circuito. “Estou muito feliz por ter dois dias de folga em simples (sorrindo). Estou muito animado com a oportunidade de ter novamente essa sensação que tive hoje nas semifinais”, afirmou o norte-americano.
“Do outro lado terei um adversário muito difícil. Sempre que você joga contra alguém que já esteve nessa situação tantas vezes e saiu vitorioso tantas vezes, isso fica na sua cabeça. Você apenas sabe como o cara é sólido como uma rocha e quão forte é mentalmente e fisicamente. Então isso é definitivamente algo que eu tenho que levar em consideração”, observou Shelton.
Apesar de todo o respeito e admiração por Djokovic, ele espera tentar surpreender o sérvio. “Também acho que é uma vantagem, para mim, jogar contra alguém que nunca me enfrentou antes. Acho que posso trazer algumas coisas novas para a mesa”, complementou o jovem tenista da casa.