Numa campanha que começou com derrota, Luísa Stefani e a parceira Timea Babos ratificaram o ótimo momento e o excelente entrosamento. Não baixaram a cabeça, venceram partidas difíceis – todas decididas no match-tiebreak – e conseguiram chegar na semifinal desta sexta-feira.
Aí fizeram um jogo ao melhor estilo do dueto: Luísa fazendo maravilhas junto à rede, Babos segurando a barra no fundo de quadra, ambas diante das pedradas de Jelena Ostapenko, e veio o direito de disputar o titulo e a chance de erguer um dos cinco mais importantes troféus do circuito internacional.
Luísa é apenas a quarta mulher sul-americana a atingir a rodada decisiva de um Finals e tenta ser a terceira campeã. Todas as outras eram argentinas. Gabriela Sabatini ganhou simples em 1988 e 1994 e ainda foi vice em 1990, enquanto Gisela Dulko faturou duplas em 2010 ao lado de Flavia Pennetta e Mercedez chegou à final de 1990 com Arantxa Sánchez.
Em termos brasileiros, o feito não é menos raro. Iguala dois rapazes, o campeão de simples Gustavo Kuerten e o duas vezes finalista de duplas Marcelo Melo. Vale lembrar que a façanha de Guga aconteceu exatamente 25 anos atrás, enquanto o mineiro decidiu em 2014 e 2017.
Stefani e Babos vão buscar o título neste sábado contra as experientes Veronika Kudermetova e Elise Mertens, que salvaram um match-point e tiraram as duas líderes do ranking e finalistas do ano passado, a tcheca Katerina Siniakova e a norte-americana Taylor Townsend. O dueto entre a russa e a belga venceram a parceria da brasileira em Roma deste ano e buscam repetir o título do Finals de 2022..
Luísa e Babos, que se juntaram há apenas sete meses, já somam cinco finais e buscam o quinto título juntas. A brasileira luta pelo 14º caneco. Com a ótima campanha, a paulistana de 28 anos terminara pelo menos no 14º posto, podendo subir um com a eventual conquista. Ficará mais perto do 9º lugar de 2022.
Final entre invictas
Haverá uma campeã inédita no WTA Finals deste sábado, quando Aryna Sabalenka e Elena Rybakina se reencontrarem para a disputa de um troféu que nenhuma delas possui. Isso garantirá o prêmio máximo à campeã, nada menos que US$ 5,235 milhões.
A número 1 teve como destaque as duas vitórias sobre as norte-americanas do grupo, Coco Gauff e Jessica Pegula, superando alguns momentos instáveis. O saque também variou de eficiências na semi contra Amanda Anisimova, mas ele apareceu nas horas importantes e isso fez diferença no terceiro set.
Rybakina se classificou para o Finals no apagar das luzes e manteve o embalo em Riad. Marcou duas imponentes viradas na campanha, a primeira delas na fase de grupos, em que atropelou Iga Swiatek nos dois sets seguintes, e a outra na semi desta sexta-feira, em jogo duro contra Pegula. Não menos impressionante foi o domínio em cima de Anisimova.
Jogadoras experientes e de mão pesada, não vejo favoritismo nesta final, ainda que Sabalenka lidere o histórico por 8 a 6 no geral e por 2 a 1 na temporada, além de ter vencido o mais recente, em Wuhan. A cazaque preocupa, pois saiu reclamando de dores no ombro e todos sabemos o quanto o saque é um elemento essencial no seu estilo.
Ainda é preciso dar destaque para a grande reação de Anisimova em sua carreira, em que fez duas finais de Grand Slam, conquistou dois troféus de nível 1000 e obteve vitórias sobre todas as jogadoras que venceram Slam no calendário. Ainda aos 24 anos, parece pronta para superar novas barreiras em 2026.
P.S.: Entre 1984 e 1997, a partida decisiva do Finals de simples foi disputada em melhor de cinco sets, mas apenas três partidas chegaram ao limite. A primeira foi em 1990, quando Monica Seles derrotou Sabatini, e as demais ocorreram em 1995 e 1996, as duas com título de Steffi Graf, sobre Anke Huber e Martina Hingis, respectivamente.











Um feito extraordinário para essa paulista, que há 2 anos teve um problema sério no joelho, e recuperou-se como muita garra e determinação, trocando de parcerias várias vezes, mas encontrou na Times uma sintonia maravilhosa, ou seja, quando uma não está bem, a outra levanta a dupla. Que venha o troféu de campeã e que essa parceria dure aí um bom tempo, postergando a aposentadoria da Timea. VQV. E que a Bia possa mirar no exemplo da Luísa, e volte com tudo no próximo ano!!!
Será que a Luísa vai manter a parceria pra 2026?
Go Luisaaaa! 5 sets para mulheres? Não lembrava disso MESMO! Wow!
Quando neste fim de ano as atenções estavam voltadas pra subida no ‘ranking’ da nova estrela João Fonseca, a Luísa Stefani, comendo pelas beiradas, chegou lá.
Mais do que merecida esta final. premiando o esforço, talento e principalmente resiliência, depois de enfrentar contusão que lhe tirou o embalo.
Diferentemente de um certo australiano que “anda por aí…”, ela pouco fala e muito joga.
E lá vai o sérvio pra mais uma final, tentando ampliar o seu currículo centenário. Contra um adversário que é, como eu disse dias atrás, aquele aluno “pendurado” em faltas que deixou pra fazer tudo na última hora, está precisando de nota 10… e ainda torce pra prova ser fácil e a professora estar de bom humor na hora de corrigir.
Imperdível esse jogo da Luísa e da Babos. Espero que a húngara esteja inspiradíssima pois ela é mais experiente.