Noskova celebra top 20, mas sabe que a distância para o topo ainda é grande

Pequim (China) – A campanha até sua primeira final de WTA 1000 em Pequim vai render um salto no ranking para Linda Noskova. A jovem tcheca de 20 anos começou o torneio como 27ª do mundo e ganha dez posições para entrar no top 20 pela primeira vez. Superada por Amanda Anisimova na final deste domingo, Noskova comemora as marcas inéditas na carreira, mas segue ciente de que a distância para o topo ainda é grande. Ela explica que esse era uma meta traçada para a atual temporada, mas que procurou não se cobrar demais.

“Entrar no top 20 era um grande objetivo para este ano, mas ao mesmo tempo não queria colocar pressão sobre mim”, disse Noskova, após a derrota por 6/0, 2/6 e 6/2 para Anisimova na decisão em Pequim. “Há alguns meses, disse para mim mesma que seria ótimo estar entre as 20, mas também estaria bom ficar entre as 30 ou 40. Jogar esses torneios grandes e enfrentar as melhores do mundo já é um sonho realizado. Preciso me lembrar disso”.

“Não estou muito focada no número que tenho no ranking e apenas aproveito meu tempo em quadra. O que tiver que acontecer, vai acontecer”, acrescentou a tcheca, que eliminou duas top 10, Qinwnen Zheng e Jessica Pegula, no caminho para a final. “Ainda preciso melhorar o forehand, o backhand, o saque, os voleios, os smashes, as curtinhas… tudo de uma vez e também a parte física”.

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“Pode parecer que estar no top 20 me torna uma grande atleta, mas muitas vezes estive apenas no lugar certo na hora certa. Existe uma diferença enorme entre estar no top 5 e no top 20. Não coloco pressão em mim, tenho muitas jogadoras à frente. Então vou levar com calma”, complementou a jovem tenista, que disputou sua quinta final da carreira e tem um título em Monterrey.

Tcheca não esperava chegar tão longe e valorizou a algoz

Noskova também ressaltou que não esperava chegar tão longe nesta semana. “Nunca havia feito a gira asiática antes. Dois anos atrás precisei desistir desse torneio e voltar para casa. No ano passado, pulei todos esses eventos. É a primeira vez que jogo a temporada inteira e o calendário é muito longo e difícil. Às vezes parece quase impossível se preparar mental e fisicamente para cada jogo. Então vim para cá sem pressão. Talvez essa tenha sido minha melhor estratégia”.

Satisfeita com a campanha, a tcheca também reconheceu a superioridade da algoz, número 4 do mundo e que venceu seu segundo WTA 1000. “Hoje foi a partida mais difícil de todas nessas duas semanas. A Amanda jogou muito forte a temporada inteira e foi duro encontrar o meu ritmo. Mas, tirando hoje, foi um torneio incrível, duas semanas inesquecíveis para mim”, disse a tcheca, que ainda destacou a agressividade da rival. “Ela tenta definir cada ponto que pode. Tem um saque muito potente e depois continua jogando na paralela o quanto consegue. Às vezes é difícil encontrar qualquer plano diante de golpes tão rápidos”.