Mário Sérgio Cruz
Especial para TenisBrasil
Brasileira mais bem colocada no ranking entre as especialistas em duplas, Luísa Stefani definiu como meta para a temporada a classificação para o WTA Finals. Atualmente, ela está em oitavo lugar na corrida para Riad, ao lado da húngara Timea Babos. A parceria também está em conversas sobre a renovação para 2026, já que a húngara de 32 anos e ex-número 1 de duplas considera se afastar do circuito no fim da temporada.
“Está um pouco cedo ainda, a gente ainda tem que ver o que ela vai fazer. Talvez seja o último ano dela no circuito por enquanto, ela já falou abertamente, mas a gente ainda está em conversas”, disse Stefani a TenisBrasil durante o SP Open. A estreia será contra a britânica Alicia Barnett e a francesa Elixane Lechemia. “Não é nenhum mistério, mas as conversas para o ano que vem estão um pouco cedo, a gente ainda tem objetivos para cumprir”.
A paulistana de 28 anos e 23ª do ranking vem de uma campanha até as quartas de final no US Open. Ela e Babos foram superadas pelas campeãs do torneio, a canadense Gabriela Dabrowski e a neozelandesa Erin Routliffe. “Foi um baita torneio e um dos meus favoritos do ano. A derrota foi dolorosa nas quartas, em um grande jogo e que a gente teve nossas chances. Começamos super bem o torneio, foi uma chave dura, mas tivemos um bom nível nessa gira. Foi nosso melhor torneio”.
+ Clique aqui e siga o Canal do TenisBrasil no WhatsApp
“Em todas as superfícies desse ano, a gente encontrou nosso melhor nível nos Grand Slam. Espero que continue assim e que a gente termine a temporada firme, na quadra rápida e nos torneios da China, obviamente começando aqui pelo Brasil”, explica a tenista, que tem dois títulos de WTA 500 na temporada com Babos, nas quadras duras de Linz e no saibro de Estrasburgo. “O segredo do nosso time é continuar focando naquilo que a gente pode melhorar e na questão estratégica de cada jogo. A gente está complementando cada vez melhor o jogo uma da outra, isso é o principal. Obviamente, queremos chegar no objetivo do fim do ano que é o Finals”.
Importância de jogar em casa
Stefani também falou sobre a importância do evento que a marca a volta do Brasil ao calendário de elite da WTA depois de nove anos e da cidade de São Paulo ao circuito depois de 25 anos. “As expectativas são super positivas. Muito feliz de estar de novo jogando em casa depois de tanto tempo. Além do apoio da torcida, também tivemos muitos reencontros com pessoas que querem o bem do tênis feminino e unindo forças para fazer esse evento”.
“Obviamente para as novas gerações, é importante ter um torneio desse em casa. Não só para estarem próximas de nós, brasileiras, mas também de ver o nível das jogadoras do exterior. É uma oportunidade para todas nós aproveitarmos a chance de jogar em casa e animar todo mundo que fez muito pelo tênis brasileiro nos últimos anos. Acho que esse evento é uma grande festa, uma comemoração e que continue crescendo para os próximos anos”.
