Sabalenka vence a 100ª em Grand Slam e fatura o bi do US Open

Foto: Garrett Ellwood/USTA

Nova York (EUA) – Depois de dois vice-campeonatos e uma semifinal, a bielorrussa Aryna Sabalenka evitou passar em branco nos Grand Slam e fechou a temporada dos quatro principais torneios do ano com um título. Neste sábado, ela controlou o ímpeto da norte-americana Amanda Anisimova e venceu a partida em sets diretos, com parciais de 6/3 e 7/6 (7-3).

Além de defender o título conquistado ano passado em Nova York, a bielorrussa também sai do torneio com a manutenção da liderança do ranking garantida, algo que já havia assegurado quando chegou às quartas. Sabalenka defende assim pela segunda vez um Slam, repetindo o que fez no Australian Open em 2023 e 2024

Primeira mulher a fazer três finais de Grand Slam em uma mesma temporada desde 2016, Sabalenka se tornou também a primeira a vencer o US Open em anos consecutivos desde as conquistas de Serena Williams entre 2012 e 2014.

A vitória na final sobre a atual número 9 do mundo foi a 50ª da carreira de Sabalenka sobre uma top 10 e a 100ª em Grand Slam, sendo a 34 delas conquistadas em Flushing Meadows. Ela repete assim a polonesa Iga Swiatek, que curiosamente também chegou à marca centenária vencendo uma final contra Anisimova, neste ano em Wimbledon.

Recordista de triunfos na temporada, agora com 56, a bielorrussa teve pela frente uma rival ainda mais agressiva que ela, tanto que Sabalenka foi a jogadora mais conservadora em quadra na decisão. Anisimova disparou nove winners a mais que a líder do ranking (22 a 13), mas também terminou com 14 erros não forçados a mais (29 a 15).

Sabalenka oscila menos e se dá bem

O primeiro set começou movimentado, Sabalenka salvou três break-points no primeiro game e conseguiu uma quebra em seguida. Contudo, depois de ficar atrás em 0/2, Anisimova se recuperou e anotou duas quebras seguidas para fazer 3/2. Foi então a vez da número 1 fazer nova reviravolta e vencer os quatro games seguintes para fazer 1 a 0.

Assim como na parcial anterior, a segunda foi de oscilação das duas tenistas. Sabalenka abriu vantagem no começo e marcou 3/1, Anisimova reagiu e devolveu o break no sexto game, mas no sétimo voltou a amargar uma quebra. Quando tudo indicava a vitória da bielorrussa, ela sentiu o momento ao sacar para o jogo e a definição foi para o tiebreak.

No desempate, a maior consistência da número 1 do mundo prevaleceu. Com um tênis muito firme na hora da decisão, ela controlou os ânimos e sufocou Anisimova, abrindo confortável vantagem de 6-1 para ter uma série de match-points. A norte-americana salvou os dois primeiros com o saque, mas sucumbiu no terceiro e o título foi para Sabalenka.

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Jonas
Jonas
1 dia atrás

Uma pena… essa situação da Anisimova é complicada emocionalmente falando. Zverev tem toda essa pressão a cada Grand Slam que disputa, visto que esteve perto de vencer e não venceu. Anisimova tem os recursos técnicos pra ganhar, mas vem de uma bicicleta… vai ser complicado ela levar o seu primeiro Slam.

No feminino fica mais aflorada a questão emocional. Sabalenka perdeu em Roland Garros cometendo inúmeros ENF, muito nervosa. É meio feio de assistir às vezes por isso.

Flávio
Flávio
1 dia atrás
Responder para  Jonas

É, mas o que vimos em Winbledom que comparado a hoje o comportamento mental da Anisimova melhorou, mas ainda esta abaixo para vencer slam porque ela não conseguiu nem jogar a favor dela o H2H,ou seja, tinha um 6×3 a favor só que o nervosismo ,de novo, a atrapalhou embora foi menos pior do que Winbledom. Agora convenhamos que ela entregou o tie breack para a Sabalenka, pois a mesma não fez muita coisa ali apenas só jogou a casca de banana para a Anisimova que acabou entregando pts em demasia no set decisivo que aí não teve jeito, então sobre o jogo foi de altos e baixos e a Sabalenka nem jogou tanto apenas controlou melhor o nervosismo porque sabia que a Anisimova poderia se enrolar que acabou ocorrendo, espero que depois de hoje a Anisimova melhore isso ou traga um profissional psicológico ao seu time, caso não tenha, como a Iga tem porque se não fizer isso vai continuar a perder finais.

Jonas
Jonas
1 dia atrás
Responder para  Flávio

Pois é, Flávio. O que você coloca em seu comentário se resume a uma palavra chave: mental. Anisimova já passou por uma fase complicada, quando se afastou do circuito. Mas é bem difícil tratar isso… a partir de agora, toda final de Slam que ela disputar vai ter essa pressão a mais, o nervosismo muito grande, concordo que ela vai precisar de um profissional à altura.

Flávio
Flávio
22 horas atrás
Responder para  Jonas

É isso aí meu caro, agora percebi um detalhe no tie break quando o técnico da Anisimova apenas olhava com olhar de preocupação quando ela entreva pts em demasia no tieb break,pois ele via que a sua pupila ainda tinha coisas para ser lapidado. Anisimova abriu 1×0 e não conseguiu passar a pressão para a adversária e pior que estava tomando 6×1 no tie break, sendo que 4 pts ela praticamente entregou para a Sabalenka aí não tem jeito, pois para vencer tie break é trabalhar o ponto ou dificultar o máximo e não se livrar do ponto como a Anisimova o fez, ficam ensinamentos para ela. A Sabelenka não jogou muita coisa, mas foi mais competente e acabou merecendo por causa disso.

Tribunal do US Open
Tribunal do US Open
23 horas atrás
Responder para  Flávio

Perfeito comentário.

Samuel, o Samuca
Samuel, o Samuca
1 dia atrás

Poderia ser para ambas.
Merecidissimo.
Amanda também merecia!!!

Geraldo
Geraldo
1 dia atrás

Mereceu! Detesto os gritos dela, mas o título é incontestável!

M. Lima
M. Lima
1 dia atrás

Tô tão feliz pela Saby! Apesar de duas derrotas duras contra estadunidenses em finais de Slam este ano, ela se recuperou e mostrou que tem cabeça — e que merece ser a número 1 do mundo ❤️

Valentina
Valentina
1 dia atrás
Responder para  M. Lima

Amore vamos analisar que a Anisimova tem psicológico bem abaixo do que a Keys e Gauff, por isso a Sabaloka conseguiu administrar melhor o jogo.

JClaudio
JClaudio
1 dia atrás

Atmosfera de uma final de slam carrega muita pressão.
Difícil manter os nervos no lugar.
Jogos como o de hoje são decididos no controle da ansiedade e do nervosismo.
Sabalenka tem mais experiência com finais assim.
Anisimova terá novas chances, é uma jogadora com golpes pesados, ainda oscila muito(mentalmente) durante a partida, vai passar.

Sergio
Sergio
1 dia atrás
Responder para  JClaudio

Concordo plenamente.

Samuel, o Samuca
Samuel, o Samuca
1 dia atrás

Segundo a transmissão Sabalenka está com 21 a 1 em tie-breaks. Venceu os últimos 19 games desempates, deixando Andy Roddick para trás, tendo vencido 18 tie-breaks.
Realmente essa final tinha que ter um tie-break para ela vencer!!!

Valentina
Valentina
1 dia atrás

Meus amores a final mesma foi Sabalenka x Pegula, pois se a Pegula que quase ganhou da Saba tivesse na final contra a miga Anisimova iria vencer porque infelizmente a Anisimova ainda não consegue controlar os nervos, poxa fiquei outra vez com pena dela com suas tristezas.

Vicentina
Vicentina
1 dia atrás

Queridos farei uma analogia aqui, então em Wimbledon a Anisimova tirou a Sabalenka para entregar para a Iga ,assim como eliminou a Iga para entregar o USOPEN para a Saba que são coisas da Anisimova. rsrs

Tribunal do US Open
Tribunal do US Open
23 horas atrás

Parabéns a Sabalenka, jogadora mais regular da WTA no momento. Parabéns a Anisimova, melhorou bastante em relação a WB. Entretanto, para ganhar um slam precisa aprimorar o psicológico.

Ramires
Ramires
23 horas atrás

Finalmente sabaaaaa, mereceu mttt

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
22 horas atrás

Parabéns para a Aryna Sabalenka. Está jogando muito, conseguindo variar o jogo quando necessário e está forte mentalmente e emocionalmente. Título muito merecido. Congratulações também para a Amanda Anisimova pelo grande torneio que fez. Eliminou a Iga Swiatek em sets diretos nas quartas de final, espantando o fantasma da final de Wimbledon, ganhou de virada a semifinal da Naomi Osaka, que estava fazendo um grande torneio, e mostrou força mental conseguindo quebrar o serviço da Sabalenka quando esta sacava para o jogo no segundo set, num momento importante de pressão. A Anisimova certamente está triste pela derrota nesta final, mas ela deve se orgulhar da performance que teve no torneio. Perdeu a final para a melhor jogadora da atualidade e essa derrota fará parte do processo de aprendizado. Continuando a jogar neste nível, não faltará novas oportunidades de ganhar torneios de grand slam.

Flávio
Flávio
21 horas atrás

Sim comparado ao que foi à final de Wimbledon ela melhorou muito, mas ainda precisa lapidar o mental porque se não controlar não ganha final de Slam, veja a Sabalenka não jogou bem hoje como jogou contra Pegula ,apenas controlou a Anisimova porque ela percebeu que ela iria desabar.

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
14 horas atrás
Responder para  Flávio

Do jeito que você escreve, passa a impressão de que acha fácil disputar uma final. Achei que a Anisimova jogou bem, falhou mentalmente algumas vezes porque a sua adversária era talentosa e experiente. Pra mim, você faz algumas comparações descabidas. Você não pode comparar jogadoras em estágios diferentes na carreira. Quando ganhou o AO 2023, seu primeiro grand slam, a Sabalenka estava com 24 anos e 8 meses. A Amanda Anisimova fez 24 anos agora em 31/08, já tem duas finais de grand slam e evoluiu em relação à final de Wimbledon. Então, ela tem todas as condições de ganhar alguns torneios de grand slam, se mantiver o mesmo nível. A Jessica Pegula tem 31 anos e 6 meses (24/02/1994), bem mais experiente que a Anisimova e até mais experiente que a Sabalenka. Em 2018, ano em que fez 24 anos, a Pegula estava num nível abaixo do que a Anisimova está hoje. Assim, o desafio da Anisimova vai ser igual ao das demais, que é superar as que fazem parte do pelotão de elite do circuito feminino (Sabalenka, Swiatek, Gauff, Rybakina, M. Andreeva e algumas outras que aparecerem no circuito ou estiverem inspiradas nas duas semanas de disputa dos grand slams) e isso passa, obviamente, pelo fortalecimento mental e controle emocional.

André Aguiar
André Aguiar
8 horas atrás

Perfeito, Carlos. O fato a destacar na Anisimova não é a derrota absolutamente normal para a n°1 na final de ontem, mas sim a capacidade de chegar à final em GS consecutivos, tendo sofrido uma derrota constrangedora no primeiro. A meu ver, chegou ao top 5 para ficar e a conquista do primeiro GS é questão de pouco tempo.

Flávio
Flávio
6 horas atrás
Responder para  André Aguiar

Cara aí você está querendo contradizê-la,ora bolas, ela mesma disse que não jogou o seu melhor e mais uma vez o nervosismo a atrapalhou, será que você e o nobre Carlos Alberto Ribeiro da Silv vão querer contradizer a atleta? Então, não né, ok que ela melhorou comparada aquela final de Wimbledon, mas ainda não esta eficaz para vencer o slam devido a emoções fortes que ela passa que é isso que quis dizer, espero que ela melhore mais este fator para não atrapalhá-la em outras jornadas.

Flávio
Flávio
7 horas atrás

Cara não é bem isso que você pensa, é apenas o fato ,veja que numa final ganha quem souber se controlar melhor as emoções e parece que você, às vezes, distorce fatos. Agora sobre idade que você sugeriu isso depende, pois Alcaraz, Sinner ou a própria Iga venceram slams antes dos 23 anos, ou seja, não faz sentido ao fazer essa comparação sobre ser menos experiente ou não por causa da idade, então o certo é que alguns já são melhores preparados mentalmente do que outros independente da idade.

Lucca Camargo
Lucca Camargo
12 horas atrás

Ja podemos chamar Anisimova de Zvereva, porque treme em finais igual o alemao

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