Nova York (EUA) – Mesmo depois de fazer ótimas apresentações no US Open, chegando firme para as semifinais, o sérvio Novak Djokovic não foi páreo para o espanhol Carlos Alcaraz e acabou derrotado em sets diretos. Após a partida, o norte-americano John McEnroe fez uma previsão para a ESPN.
“De certa forma, eu não ficaria surpreso se ele resolvesse parar. Mas ficaria surpreso se ele tentasse ficar por mais um ano . Essa seria a minha aposta. Ele foi o terceiro melhor jogador do mundo este ano. É isso que ele tem sido”, disse o ex-número 1 do mundo ao analisar o momento de Djokovic.
McEnroe também aproveitou para elogiar a conduta de Djokovic após a partida, agindo como um grande campeão. “Ele não perde muito, mas sempre foi gentil o suficiente quando perde. Ele sempre dá o devido valor aos jogadores”, observou o norte-americano
Para ele, que conquistou sete títulos de Grand Slam, o momento é todo de Alcaraz e do italiano Jannik Sinner. “Esses caras se destacaram. Esses dois são incríveis, conseguiram dominar o jogo com uma rapidez”, complementou o McEnroe, destacando a superioridade deles sobre os demais no circuito atual.
“Essa seria a minha aposta. Ele foi o terceiro melhor jogador do mundo este ano. É isso que ele tem sido”
Foi cirúrgico e não torce pelo sérvio.
“Ele não perde muito, mas sempre foi gentil o suficiente quando perde. Ele sempre dá o devido valor aos jogadores”
De acordo, ontem novamente enalteceu Sinner e Alcaraz.
“De certa forma, eu não ficaria surpreso se ele resolvesse parar. Mas ficaria surpreso se ele tentasse ficar por mais um ano”
Seria uma boa parar após o Australian Open, essa é a quadra onde ele joga seu melhor tênis. Depois disso vem aquela gira de quadras rápidas e em seguida todo o martírio que é se adaptar ao saibro, não faz sentido a meu ver se matar por isso tendo quase 39 anos em 2026.
Ele sempre cumprimentou e parabenizou todos os adversários na rede na derrota, isso ninguém pode negar.
E por incrível que pareça já vi o “gentleman”, cumprimentar na má vontade (com certa frequência) os adversários na derrota, o que me decepcionou varias vezes, enfim…
Vale lembrar que sou fã do big 3 sem preferências…
Sempre admirei Roger por motivos óbvios, afinal é o tenista que mais gostei de assistir, mas essa história de gentleman, bonzinho e bla bla bla, é coisa da mídia, quem o acompanhou no início sabe que ele inclusive era um bad boy… essa coisa de formar heróis e vilões é chato de mais, desnecessário até…
Nelson, esses caras são humanos e o altíssimo nível trás uma competitividade em que o lado emocional por vezes fala mais alto, você aceitar que o oponente foi superior é difícil.
Nadal a meu ver foi o que teve mais dificuldade em aceitar isso, dentro do contexto do Big 3. Por vezes ele foi muito mal no cumprimento de rede ou em declarações após a derrota.
O Djokovic, com todos os defeitos que tem, costuma ser bastante realista em suas coletivas, mesmo após perder. Veja que em regra ele aponta uma situação real, seja a questão física/técnica ou a idade avançada, mas ele vai elogiar o adversário. Ainda que sejam caras inferiores tecnicamente ele elogia. É um ponto positivo. Ontem ele aplaudiu várias jogadas do Alcaraz, isso é uma coisa boa, seus rivais diretos tiveram bastante dificuldade com essa questão durante anos de rivalidade, abs.
Sim, sim Jonas.
Acho normal não aceitar a derrota, ninguém quer perder e Roger tinha todo o direito de estar chateado na hora, o que quero dizer é com relação a Novak a quem muitas vezes colocam como vilão, antipático dentre outras “qualidades” e como você bem disse, ele já teve várias atitudes que podem não soar bem para a maioria das pessoas, ainda assim tanto ele quanto qualquer pessoa pode agir do jeito que quiser diante de momentos de emoção, é normal.
Mas ele Novak SEMPRE cumprimentou seu adversário e isso ngm pode negar.
Mas a mídia sempre precisará vender um vilão e muita gente compra…
Concordo plenamente, Nelson. E toda essa questão de colocarem o Djoko como um vilão ou antipático tem a ver com um contexto específico.
Ele é aquele que chega sem ser convidado, quebrando uma hegemonia de 7 temporadas (2004-2010), batendo com muita frequência dois grandes tenistas que já tinham uma rivalidade que durava quase uma década. Isso obviamente não foi bem recebido pela torcida deles e nem pela própria mídia, que não aceitou bem essa realidade.
Não estou dizendo que o Djokovic seja um ser humano perfeito, isento de erros, ele os tem, mas fica claro que houve um exagero no tratamento com ele ao longo dos anos, por parte dessas pessoas, abs!
A maior antipatia que o Djoko trouxe pra ele não foi rivalizar com Federer e Nadal e sim a postura patética na época da pandemia e posteriormente o episódio lamentável de tentar entrar na Austrália com comprovante de vacina falsificado, ali perdeu muito da idolatria que ele tinha.
Isso foi em 2020, mas ele já recebe hate desse pessoal desde 2011, quando enfim começou a bater a dupla. Foi um ano em que o Nadal teve 6 derrotas seguidas pra ele e Federer perdeu 4 de 5. Ninguém engoliu isso e a coisa foi piorando até chegar nos recordes.
Ele é gentil não só no final mas sempre aplaude belas jogadas dos adversários. Basta assistir sua vídeos. Eles comprovam.
Sim, tem isso tbm, algo que não se via a por parte dos outros 2 bigs…
jamais conseguirá superar o GOAT
Já superou faz tempo, o 40/15 é o eterno terceiro.
Isso um com 38 anos e o outro no auge com 32, imagino os 2 na mesma idade kkkkk
Mas foi com 27/28 anos que nasceu o 40/15 ou vai me dizer que US de 2010 e 2011 ele estava velho? Kkkk
Mais quais seriam os objetivos dele ainda? Tentar ser querido ainda é seu maior desejo?
Não há chances contra Sinnaraz. O italiano venceu seguidamente os ultimos 10 sets, sendo 5 vitorias seguidas, desde 2023 sem ganhar.
Contra o Alcaraz teve algumas chances pois o espanhol é naturalmente mais oscilante e alterou o saque e raquete esse ano.
Pq entendo que para um grande campeão como ele, é muito dificil jogar como coadjuvante. Hoje ele tem família, filhos, seria a hora de curtir mais a família.
Acho que o sérvio não vai parar, deve jogar 2026, durante esse ano, percebeu que poderia chegar nas etapas mais agudas dos grandes torneios.
Nunca o circuito esteve tão carente de jogadores de qualidade, não que um Fritz seja um desastre, mas jamais poderia ser um quatro do mundo, ou um de Minaur frequentar o top 8 com certa assiduidade.
Zverev está numa fase (alguns anos) tétrica, mesmo assim se mantém entre os três do mundo (joga dezenas de torneios para sustentar a colocação).
Temos ainda Musetti (com um back de uma mão que sofre com o tênis moderno), Khachanov que não tem variação, nem consistência para ficar entre os dez.
Draper que é um tenista com potencial, prefere a defensivismo, quando todos terão que jogar ofensivamente.
Shelton, entre os vinte, é aquele que pode chegar lá, vai precisar de dedicação e buscar variar seu jogo.
O paradoxo, é que temos o melhor jogador (física e tecnicamente) que o tênis produziu, outro grande tenista, com um estilo pouco ortodoxo, afinal vive da repetição e potência de seus golpes com um biotipo físico que teoricamente deveria limita-lo na movimentação (o que não acontece, o italiano se vira vem).
Ainda temos o insosso Paul, a loucura do Rublev , um Rune limitado (problemas edipiano), Ruud perdido, Medvedev em queda livre.
E por fim, um veterano que não consegue atingir o patamar dos primeiros, contando sempre com as circunstâncias periférica do jogo (chaveamento, torneio, adversário, condição física, temperatura e pressão).
Pelo descrito acima, os jogadores do passado eram melhores que o atual top 10.
O comentarista Fernando Meligeni sempre foi muito enfático em afirmar que os jogadores da época dele, portanto do passado teriam condições de competir atualmente, principalmente as garotas.
Veja que ele esteve dentro das quadras e é muito mais gabaritado para opinar que meros torcedores.
Olá, caro Samuel…
Devemos contextualizar quando comparamos.
Um jogador como Alcaraz venceria qualquer jogador de qualquer época do tênis.
É uma questão evolutiva, a preparação física, técnica e psicológica…algo que sempre se renova em direção a melhora.
Igual aquele raciocínio, quando falamos de Pelé e comparamos com jogadores de hoje, sempre dizemos…
“imagina ele com essas chuteiras leves, com prepara físico atual, com uniformes que ajudam no controle da transpiração, com esquemas táticos modernos, com uma bola fabricada especialmente para ajudar nas finalizações…imagina tudo isso, faria dois mil gols”.
O problema do raciocínio é que não existe o Pelé na modernidade, existe apenas o do passado, um craque do seu tempo, de uma época onde o futebol, comparado com hoje, seria algo “infantil”.
No caso aqui, a comparação é com personagens (tenistas que viveram jogaram determinada época).
(Não teletransportamos tenistas para épocas diferentes).
O raciocínio do Meligeni está correto.
Abs
Retificando: não teriam condições para jogar hoje …
“mas sempre foi gentil o suficiente quando perde.”
Será mesmo? Ele sempre credita as derrotas a algum desconforto que ele teve.