Bia: uma vitória para afugentar os fantasmas

Foto: Jeff Dean/USTA

Um ponto importante dessa vitória de Bia Haddad Maia sobre Viktorija Gulubic foi a forma como ela venceu. Normalmente muito agressiva, ela teve de redobrar a dose de paciência e manter a mente quieta nos momentos decisivos. A maior prova de que conseguiu afugentar o fantasma da ansiedade e do controle emocional – que tanto rondou sua cabeça esse ano – aconteceu no 15 x 40 do segundo set, quando sacava em 5 a 4, com bolas novas, para fechar o jogo, por 6/1 e 6/4. Talvez em outro momento entrasse em parafuso, mas desta vez soube manter a calma para deixar a quadra feliz da vida.

Embora se mantenha próxima da 20ª colocação no ranking da WTA, Bia não fez até agora uma temporada que pudesse estar dentro de seu padrão de jogo. Veio de semanas irregulares, alternando bons e maus resultados. Precisava de uma mudança de atitude, ainda mais diante de uma adversária como Golubic, que usa muito bem a variação de jogo e por ser uma das raríssimas jogadoras a bater a esquerda com apenas uma mão, sabe muito bem usar o slice para quebrar o ritmo e provocar erro da adversária.

Pelo que se viu nesse jogo, disputado numa bela quadra, o estádio 17, Bia entrou determinada a não cometer erros. Optou por um segundo serviço mais colocado, sem muitos riscos, e conseguiu “enrolar” bem a partida e festejar com a grande torcida brasileira presente no US Open a bela vitória, com a classificação à terceira rodada.

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Walter
Walter
3 meses atrás

Se não me engano, sem cometer nenhuma dupla falta

Kleber
Kleber
3 meses atrás

De fato, a Bia jogou muito bem, como há tempos não jogava.
Foi muito paciente nas longas trocas de bola e não cometeu duplas faltas, algo muito difícil de acontecer.
Torço para que ela consiga manter esse nível de jogo contra a Sakkari. Se o fizer, terá grandes chances de vitória.
Bora, Bia!

Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.
Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.

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