Nova York (EUA) – Depois de vencer sua estreia no US Open, João Fonseca avaliou o desempenho na partida desta segunda-feira contra o sérvio Miomir Kecmanovic. O carioca de 19 anos e número 1 do Brasil venceu dois tiebreaks nas primeiras parciais e destacou a importância de ter jogado seu melhor tênis nos pontos decisivos. Fonseca chegou a sentir mal em quadra no terceiro set e foi atendido pela equipe médica do torneio, mas diz que o problema não preocupa.
“Primeiras rodadas são sempre mais tensas e, no começo da partida, eu sofri uma quebra. Mas consegui devolver e subir o meu nível durante o tiebreak. O mais importante hoje é que eu joguei muito bem nos pontos decisivos. Consegui me manter positivo e sempre focado no próximo ponto”, disse Fonseca, após a vitória por 7/6 (7-3), 7/6 (7-5) e 6/3 sobre Kecmanovic. “Durante o jogo, me senti um pouco cheio, talvez por ter bebido muita água. Depois me senti bem melhor, não é nada grave”.
Em Nova York, Fonseca mantém a escrita de sempre passar da primeira rodada nos torneios do Grand Slam. Ele venceu o top 10 Andrey Rublev na Austrália e chegou às terceiras rodadas de Roland Garros e Wimbledon. “Acho que o US Open é o Grand Slam que eu mais joguei até agora, tanto no juvenil quanto no profissional. É um torneio muito especial para mim. Perdi na primeira rodada na primeira vez que joguei, mas no segundo ano [em 2023] fui campeão no juvenil. Ano passado disputei o quali aqui e agora estou na segunda rodada da chave principal, então é um torneio muito especial e espero poder fazer um ótimo resultado”.
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O atual 45º do ranking enfrenta na segunda rodada o tcheco Tomas Machac, 22º do mundo, em confronto inédito no circuito. “O Machac é um bom jogador, nunca joguei contra ele. Sei que ele tem feito uma boa gira, especialmente nesses dois últimos anos. Ele vem jogando super bem, fazendo bons resultados e ganhando de bons jogadores. Com certeza é um jogador que pode ganhar de qualquer um. Vou dar o meu melhor na partida, mas com certeza será um jogo duro”.
Bastante apoiado pelos torcedores brasileiros em todos os torneios que disputa, o jovem tenista fala sobre a relação que tem com os fãs. O apoio ao tenista ultrapassa as barreiras das rivalidades entre os clubes de futebol, com várias camisas diferentes torcendo por João Fonseca. “É muito bom ter tantos brasileiros torcendo e falando o meu nome. Eu vejo as camisas dos times de futebol e é claro que, às vezes, rola um ‘Vai Corinthians’ ou ‘Vamos, Flamengo’, mas é uma coisa bem brasileira e temos essa cultura do futebol. Eu me sinto no clima deles e é super legal”.
O ex-número 1 juvenil também falou sobre como lida com a pressão e as expectativas. “A pressão sempre vai vir, só tenho que focar na minha rotina e no trabalho diário com a minha equipe. Eu não posso focar no que o público ou no que a mídia diz, tenho que focar em realizar os meus sonhos que são conquistar um Grand Slam e ser número 1 do mundo”.
Já ao ser perguntado sobre os locais onde prefere estar fora das quadras em Nova York, afirmou: “Prefiro o Central Park e lugares mais tranquilos, não muito cheios de gente, onde é impossível andar. Para mim, uma ida ao shopping é o suficiente. E no resto estar em contato com a natureza é melhor”.
Esse jogo vai ser uma pancadaria comendo solta… Fonseca não será favorito mas pode perfeitamente vencer o Machac, assim como venceu Rublev no início do ano, outro marreteiro.
Só quero chamar atenção para uma coisa nova: 14 aces e Nenhuma dupla falta!
Bom, tem uma segunda coisa. Acho que o fato do João Fonseca e staff estarem treinando numa parte de quadras mais afastadas do complexo, com menos expectadores e oba oba, tem sido salutar, saudável, para nosso João Fonseca…
Que acham??
O sérvio cometeu 24 erros não forçados em 33 games, mais dois tie-breaks. Um número baixo, mostrando que foi uma partida de muito bom nível técnico.
4 quebras em 9 oportunidades para o João.
Concordo !
Pelo que li, só no domingo ele treinou numa quadra fora do complexo.