Londres (Inglaterra) – Assim como a vida e o mundo, o tênis está em constante transformação e o revés de uma mão, que no passado era dominante no circuito, agora está cada vez mais raro. Um dos que ainda utiliza essa técnica, o búlgaro Grigor Dimitrov acredita que o futuro não é muito favorável e prevê uma escassez ainda maior nos próximos tempos.
“O backhand de uma mão, assim como a vida, passa por altos e baixos. Uma vez que você acerta, parece o prêmio máximo, mas ao longo dos próximos anos veremos isso cada vez menos. É assim que as coisas são. O tênis acelerou muito. Todo mundo está batendo mais forte de ambos os lados, não há tempo suficiente. Mas eu sempre digo que você pode tirar vantagem disso”, analisou.
“Todo mundo vive dizendo que é uma arte perdida, mas não está tão perdida assim, porque se você conseguir navegar por esse lado para um forehand, você conseguirá dominá-lo. É mais difícil, claro. Você precisa trabalhar muito mais o corpo? Sim, mas, por outro lado, tem suas vantagens. Acho que cabe ao jogador entender o que prefere”, acrescentou o búlgaro de 34 anos.
Aproveitando o gancho das mudanças e do nível cada vez mais equilibrado, Dimitrov também analisou o momento do circuito. Todos estão jogando um ótimo tênis. Mais ou menos todos estão no mesmo nível. Às vezes, a partida é decidida por alguns pontos aqui e ali. Minha preparação é diferente da dos novos jogadores”, comentou o atual 21º do mundo.
“Minha maneira de fazer isso agora é mais como me preparar física e mentalmente, porque acho que, até certo ponto, eu nunca, mesmo no passado, me preocupei tanto com o meu tênis em geral”, complementou Dimitrov, que venceu pela 100ª vez em Grand Slam, se classificou para as oitavas de Wimbledon e desafiará o italiano Jannik Sinner na segunda-feira.
É uma pena… uma backhand de uma mão é altamente funcional, mas se exige muito mais trabalho e técnica para um jogador. Então acabam indo pelo caminho mais fácil que é o de duas mãos.
Os melhores backhands que eu ja vi, sempre foram o de uma mão. Guga, Wawrinka, Gasquet e Federer faziam coisas inacreditáveis, além claro da beleza do golpe.
Desde 2018, apenas um jogador com backhand de mão única ganhou um slam. Backhand simples não oferece resistência contra um médio beckhand de mão dupla.