Roma (Itália) – Lançada no início deste mês, a série documental em três partes que acompanha Carlos Alcaraz durante a temporada de 2024, na qual conquistou Roland Garros e Wimbledon em sequência e também mostra a dificuldade do espanhol em ter uma disciplina tão grande quanto a do Big 3, segue repercutindo no circuito e agora foi o dinamarquês Holger Rune que falou sobre o assunto.
“Na verdade, conversei um pouco com ele sobre isso nos vestiários. Acho que ficou bom e é legal para os fãs de tênis. Eu disse basicamente a mesma coisa depois do que a Netflix fez com os outros jogadores — acho ótimo para os fãs de tênis verem mais dos bastidores. É legal, porque somos todos humanos”, comentou o dinamarquês, que conhece Alcaraz de longa data, desde os tempos do juvenil.
“Não quero dizer nada polêmico, mas acho que fui um pouco mais sério do que ele no juvenil, mas ele está se recuperando e está muito sério agora. Dava para ver o potencial e o talento dele. Já era um jogador incrível e, claro, os espanhóis vivem de forma diferente dos dinamarqueses. É um tipo de personalidade diferente”, provocou Rune, que derrotou Alcaraz recentemente no ATP 500 de Barcelona.
O dinamarquês falou que Alcaraz é um cara que adora jogar tênis e é extremamente bom nisso. Ele também ponderou a questão da motivação e afirmou que é normal para um jogador oscilar. “Você não sente a mesma coisa todos os dias, a mesma motivação todos os dias. É normal”, comentou o atual número 10 do mundo.
“Tem dias em que você se esforça um pouco mais e encontra mais energia. Tem dias que é mais fácil, mas isso faz parte da vida, não importa se é tênis ou algum trabalho normal”, acrescentou o dinamarquês de 22 anos, que tem duas vitórias e duas derrotas no retrospecto com Alcaraz na ATP e pode rever o espanhol nas quartas de final no Masters 1000 de Roma.