Roma (Itália) – Sua adversária na tarde desta sexta-feira, pela segunda rodada, a ucraniana Marta Kostyuk elogiou a “coragem” de Daria Kasatkina em trocar de nacionalidade russa pela australiana e deu a entender que poderá cumprimentá-la após a partida no Aberto da Itália.
Kasatkina mudou de nacionalidade em abril, após criticar as leis LGBTQ+ de seu país e a guerra na Ucrânia. Desde o início do conflito, jogadoras ucranianas não cumprimentas as rivais russas e bielorrussas, depois dos jogos. O Aberto da Itália é o terceiro torneio que Kasatkina disputa sob a bandeira australiana.
Kostyuk escreveu no Instagram: “Quando alguém não apenas diz a verdade — chamando a Rússia de agressora — mas também age de acordo com ela, isso merece respeito. Daria Kasatkina se manifestou claramente contra a guerra e tomou a decisão de abrir mão de sua cidadania esportiva russa. Isso exige coragem — e eu reconheço isso. Espero que este não seja o passo final, mas parte de um compromisso mais profundo”.
Kostyuk ainda acrescentou: “Eu apoio a Ucrânia. Defendo a verdade, a dignidade e aqueles que escolhem falar e agir — quando ficar em silêncio seria mais fácil.”
Mas que oportunista este comentário da ucraniana. Óbvio que esta guerra é uma atrocidade absurda. Também acho absurdo o posicionamento do governo russo em relação à comunidade LGBTQ. Mas é preciso, em minha opinião, saber separar as coisas. As tenistas russas e bielorrussas não tem nada a ver com isso. A própria Sabalenka, número 1 do mundo já veio a público várias vezes se posicionar claramente contra essa guerra absurda. O que mais, com todo o respeito, essas tenistas ucranianas querem?! Querem que as tenistas russas e bielorrussas não joguem mais? Ou será que elas querem que a Sabalenka e as outras tenistas fiquem de joelhos para elas? Com todo o respeito, mas não tem nexo. Não tem lógica esse comportamento das tenistas ucranianas. O próprio povo russo, em sua grande maioria não tem culpa nesse conflito.