Madri (Espanha) – Derrotada pela bielorrussa Aryna Sabalenka na final do WTA 1000 de Madri, neste sábado, a norte-americana Coco Gauff não escondeu a frustração pelo vice-campeonato na entrevista coletiva após a final. Ela falou sobre a dificuldade que tem de digerir este tipo de resultado, mas em contrapartida espera poder usá-lo de combustível para buscar novas conquistas
“Odeio perder, principalmente em finais, porque a sensação é de estar tão perto. Eu me preparo para essas partidas e a verdade é que odeio muito perder. Hoje foi difícil, mas obviamente estou disposta a perder aqui para ganhar em outro lugar no futuro. Cada momento é um aprendizado e talvez eu precisasse sentir essa derrota para me motivar novamente para a próxima”, disse Gauff.
Analisando o jogo, a norte-americana acredita que Sabalenka começou muito forte e que o seu saque ficou aquém do esperado. “Tive que arriscar com o segundo e foi por isso que cometi várias duplas faltas. Minha porcentagem de primeiro serviço não foi boa. Se tivesse usado mais o primeiro, talvez a partida fosse diferente. Acho que ela soube aproveitar as oportunidades e eu não consegui pressioná-la”.
Evolução de Sabalenka
Gauff também destacou o crescimento da bielorrussa toda vez que se enfrentam. “Acho que ela melhorou em todos os sentidos. Já jogamos umas dez vezes, e toda vez é sempre muito difícil. Não acho que ela tenha jogado diferente. Da última vez, saquei melhor e venci. Agora, talvez ela esteja se movimentando melhor e tenha mais confiança. É por isso que está tendo esses ótimos resultados”.
Apesar da frustração com a derrota, a norte-americana consegue tirar coisas positivas da campanha em Madri, que a levou para a terceira colocação no ranking e poderia ter chegado de volta ao número 2 se tivesse conquistado o título. “No geral, estou jogando bem. Provavelmente estive um pouco passivo hoje, mas estou feliz”, observou Gauff.
“A verdade é que acho que hoje foi o primeiro dia em que fui testada, tirando a primeira rodada. Há muitos pontos positivos para tirar, principalmente depois das últimas semanas, quando não estava me sentindo muito confiante. Estou no caminho certo, mesmo tendo perdido a final, o que é uma sensação que não gosto”, finalizou.
O Nadal uma vez falou que o tênis é um esporte de perdedor porque no final da semana só um jogador ou uma jogadora vence. Essa sensação que a Gauff sentiu depois da derrota é muito normal. Mas ela está com 21 anos ainda, está evoluindo, perdeu pra melhor jogadora do circuito atualmente e que jogou melhor a final e então logo essa sensação de frustração irá passar. Ser vice-campeã de WTA 1000 é um grande resultado. Parabéns pra ela.
Quem será número 1 antes? Gauff ou Andreeva?