Com a presença de apenas seis top 10, dois no masculino e quatro entre as mulheres, os torneios 1000 de Indian Wells chegam nesta quinta-feira à rodada de quartas de final. Se o bicampeão Carlos Alcaraz segue favorito natural, o feminino divide atenções entre Aryna Sabalenka e Iga Swiatek e vê Madison Keys correndo por fora.
E isso abre caminho para boas novidades nas duas chaves. Jack Draper, por exemplo, está jogando um tênis de primeiríssima qualidade, apurado no saque, defendendo bem e com boas variações de toque curto e voleios. Vai fazer duelo de canhotos com Ben Shelton e isso colocará um deles com chance real de chegar ao sonhado top 10.
Também é muito bom ver que Holger Rune achou seu caminho em Indian Wells, onde mostra a competitividade que vinha faltando. Teve grandes atuações contra Ugo Humbert e Stefanos Tsitsipas e agora tem pela frente outro tenista que pode enfim dar um salto na carreira, o bom holandês Tallon Griekspoor. Ele é cheio de recursos, mas costuma pecar na parte emocional. Até agora, foi muito bem nos duelos exigentes feitos contra Alexander Zverev e Giovanni Perricard.
Francisco Cerúndolo por sua vez reage depois de ter altos e baixos no saibro, o que prova novamente que a quadra dura combina mais com seu estilo. A atuação contra Alex de Minaur foi ainda melhor do que a boa vitória em cima de Botic van de Zandschulp, onde o argentino precisou ajustar muito a parte tática. Terá chance contra Alcaraz? O espanhol está novamente adaptado – e olha que o vento segue um terror – e econômico em suas partidas.
Por fim, Daniil Medvedev está se virando muito bem na lentidão de Indian Wells e pode salvar a temporada com sua campanha mais destacada. O garoto Arthur Fils no entanto exige cautela, porque sabe variar ritmos. No campo dos antagonismos de estilos, pode ser este o melhor jogo das quartas masculinas.
Atrações na chave feminina
Liudimila Samsonova é a maior surpresa na reta final feminina, tendo superado Daria Kasatkina e Jasmine Paolini com todo seu poder ofensivo. Cruzará com Aryna Sabalenka com placar empatado por 2, o que é boa indicação de jogo duro.
O quadrante tem o interessantíssimo reencontro entre Keys e Belinda Bencic, outro com duas vitórias para cada lado. A campeã do Australian Open chega a 15 vitórias seguidas e mostrou capacidade de ajustes táticos na dura vitória em cima de Donna Vekic. Já a suíça voltou muito bem da maternidade e é uma das minhas tenistas prediletas quando o assunto é usar todos os espaços da quadra.
O sétimo duelo entre Iga Swiatek e Qinwen Zheng tem todo o favoritismo da polonesa e bicampeã de Indian Wells. O placar é de 6 a 1 e a cabeça 2 vem voando baixo no torneio, com vitórias acachapantes. A chinesa no entanto ganhou a importante semi olímpica no duelo mais recente e deixa um gostinho de revanche.
Quem rouba atenções com justiça é a russa Mirra Andreeva. Ela melhorou muito o saque e isso lhe dá mais alternativas. O desempenho contra Clara Tauson e Elena Rybakina beirou a perfeição. E ela já avisou que não quer polemizar na partida contra a ucraniana Elina Svitolina, a quem vê hoje uma tenista mais agressiva.
Romboli aproveita a chance
Por fim, a ótima novidade para o tênis brasileiro foi a entrada de última hora de Fernando Romboli na chave de duplas, ao lado do australiano John-Patrick Smith. Os dois já embalaram três vitórias, duas delas sobre adversários de gabarito. Com isso, o carioca-santista marca primeiras vitórias em nível 1000 e será pelo menos top 70 na próxima lista, tudo isso aos 36 anos.
E mais
– João Fonseca confirmou o favoritismo sobre Pavel Kotov. Gostei de ver maior moderação de força para trocar bolas e espera um chance mais clara de ataque. O experiente mas irregular Jan-Lennard Struff me parece vencível, já que Fonseca garantiu que a dor na coxa esquerda não preocupa.
– Mais um terceiro set tenebroso de Thiago Wild, que perdeu a compostura e a intensidade contra o 201º do ranking, o colombiano Nicolas Mejia. O paranaense fica cada vez mais perto do 100º lugar.
– Thiago Monteiro precisou se esforçar diante do argentino de 20 anos Lautaro Midon, mero 354º do ranking, e se juntou a Matheus Pucinelli nas quartas de Santiago. O paulista tirou o cabeça 6 Juan Pablo Varillas na estreia.
Não dá pra medir a evolução do Fonseca em relação à sua última derrota pq o nível dos jogadores que jogam Challenger é menor
Fala bobagem, não, campeão.
Pra quem conhece um pouquinho mais que este comentário, da.
Ele perdeu pro Draper que está nas quartas de IW… vamos com calma!!
Nem mesmo o vento pode parar o Alcaraz hj!!
Adorei… uma pequena vingança pela derrota em Miami no ano passado
Depende de onde vem o vento e se é aromatizado… Vai que alguém “venta” um aromatizado em cima dele e o deixa atordoado…
Meus palpites de quem ganha as quartas:
Rune
Medvedev
Draper
Alcaraz
Draper com uma grande vitória! Em seguida, ele joga contra Shelton, 2 jovens canhotos com um baita futuro!
O céu é o limite para Draper, um dos 5 maiores talentos atuais!
to pesquisando pra fazer tênis aqui em bh e simplesmente 2x na semana é 1000 reais
Pesquise mais…
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Olha, acho que por uns R$700,00 você encontra. Para 2 aulas de 50min. individuais por semana, isso daria uma média de R$80,00 por hora do professor, que para curso iniciante, acho que estaria bom, em academias mais modestas.
Bogo, Schiessi e W. Leite correm por fora, jogando um bolão. vocês gostam deles. né
Com a ausência do número 1 do mundo, Jannik Sinner, a chave masculina está muito sem graça… Neste caso, gostaria de ver uma final entre Cerundulo e Medvedev… No feminino, excelente retorno de Madison Keys!!!
Fernando Rocamboli com suas vitórias emblemáticas sobre adversários favoritos está com chances reais de conquistar um título de Masters Mil!!!
É uma grata surpresa o desempenho de Fernando Rocamboli em Indian Wells, acredito muito em vitória contra Sebastian Korda e Jordan Thompson!!!
É obvio q Alcaraz é o principal favorito ao título, em especial se mantiver o nível apresentando ontem, mas Draper, Rune (que finalmente parece ter acordado do sono letárgico) e até o Medvedev não podem ser descartados como candidatos potenciais. Vamos ver como as coisas transcorrem hoje.
Já no feminino não há fugir da dupla Iga e Aryna…
Na Austrália escreveram o mesmo e quem Keys ganhar foi a Madison…
Ótima pincelada sobre nossos tenistas!!!!
Bom dia,
Já que o Dalcim, disse que a Bencic, é umas das prediletas dele, então faz jus ao coments, e como dá gosto ver o jogo dela, o saque parece ser não potente, mas as variações de ontem, fez a Gauff passar vergonha, E acompanho ela desde jovem, que tenista , que recursos ela tem, e que mental ela demostrou ontem, nossa demais….
Alcaraz firme e rumo ao tri, está focado, e o saque dele, é nitido que vem demostrando melhoras, isso é fato…bom que Rune, Draper estão firmes, falaram que o britânico é meia boca, ou seja, não joga um pingo de nada, kkkkkkkk, é cada falácia que vemor por ai, o cara vem evoluindo há tempos, e isso é bom, com a aposentadoria do Murray, acho que ele é de fato vá representar os britânicos nos principais torneios, vamos aguardar.
A verdade é que sem o Big 4, e outros menos cotados, fica difícil assistir ! Fui mal acostumado ! Jogos bem medianos.
No feminino temos Pegula e Navarro entre as melhores, então nem precisa comentar.
Alguns talentos históricos, de fato, parecem ser insubstituíveis, mas o tênis tem evoluído muito, tanto em potência como em velocidade.
Tenhamos paciência!
Sem dúvida. Mas isso que eu acho preocupante, tudo muito físico. Não temos muitas variações. Muita pancadaria. Acontecendo em outros esportes também. Mas não deixa de ser um saudosismo meu. Vi Borg, McEnroe, Sampras, Agassi, Edberg, Guga, etc.
Olha garanto pra você que jogar hoje é muito mais difícil, não pelo físico, mas pela velocidade da bola, o swing de drive tá tão curto que é quase um tapa na bola que um golpe, o revez hoje se você não tem ele afiado não joga.
Até no meu jogo amador tive que adaptar o golpe deixando mais rápida a preparação e até a corda sai de 42 e 45 lbs pra 48 e 51 pra ter controle.
Hoje é muito mais legal de ver olhe a média de velocidade das bolas dos caras e é média.
Vc (nós) crescemos consumindo “tênis gourmet”.
Realmente fica difícil depois disso se acostumar com feijoada enlatada que servem hj em dia.
O mesmo se passa com o tênis brasileiro: para quem viu Guga, fica difícil assistir aos tenistas atuais. Nem JF jogando muito salva…
“O paranaense fica cada vez mais perto do 100º lugar.”
De ré, não é Chefe?
Porque, na minha opinião, quando se diz que alguém está mais perto de determinado lugar, indica que ele está conquistando esse lugar, ou seja, subindo o nível.
Nem sempre é porque o nível está subindo. Tem gente aí que está cada vez + perto da Papuda. E não é tenista.
Dalcim, o Romboli está jogando seu primeiro Masters 1.000 aos 36 anos e já está na semifinal, uma campanha exuberante que mostra que a persistência gera seus bons frutos.
Uma dúvida: ele é o recordista nesse quesito (duplista mais velho a estrear em Masters 1.000 já indo para uma semifinal logo de cara)?
Abraços!
Infelizmente, não tenho essa informação, Guilherme. Vamos ver se a ATP soltar algum dado na apresentação da semifinal dele.
Ben estava 3-0 e mesmo assim perdeu o 2º set
Draper está em outro nível ultimamente. Seu SF vs Alcaraz será divertido de assistir