WTA cria licença-maternidade e Bencic destaca apoio às de ranking baixo

Foto: Jimmie48/WTA

Indian Wells (EUA) – A WTA anunciou nesta quinta-feira uma parceira com o Fundo de Investimento Saudita (PIF) para financiar licenças-maternidade das jogadoras, já que elas não têm acesso às premiações dos torneios durante os períodos de afastamento. E no mesmo dia, duas tenistas que já são mães se enfrentaram pelo WTA 1000 de Indian Wells, com uma tranquila vitória da suíça Belinda Bencic sobre a alemã Tatjana Maria por duplo 6/1 em 1h05 de jogo.

“É bom ter tantas mães no circuito, a Tatjana também é mãe de dois. Estamos mostrando que é possível ter um bebê e continuar jogando profissionalmente”, comentou Bencic na entrevista em quadra. Ela não disputava o torneio há dois anos e sua melhor campanha foi em 2019, quando foi semifinalista. Sua próxima rival será a norte-americana Amanda Anisimova, campeã do primeiro WTA 1000 da temporada, em Doha. “Estou muito feliz por voltar, tenho ótimas lembranças daqui. É um dos torneios favoritos da maioria das jogadoras”.

“No jogo de hoje, o principal fator era o vento. Tive que aceitar e me adaptar. Foi preciso ficar nos ralis e jogar de forma inteligente, em vez de tentar pontos incríveis. Consegui lidar bem”, explicou a suíça, que liderou a contagem de winners por 18 a 10 e cometeu apenas 12 erros contra 26. Ela não enfrentou break-points e conseguiu cinco quebras.

Campeã olímpica em Tóquio e ex-número 4 do mundo, Bencic tem escalado rapidamente o ranking desde que voltou a jogar no fim do ano passado. Campeã recentemente de um WTA 500 em Abu Dhabi, a suíça de 27 anos já aparece no 58º lugar. E ela destaca que o apoio financeiro é ainda mais importante para as jogadoras com menos recursos.

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“Estamos muito orgulhosas dessa atitude da WTA. É uma ótima notícia para todas nós, mas especialmente para as jogadoras de menor ranking, que precisam sobreviver no circuito, mesmo sem jogar por um ano e meio antes de voltar”, comenta a suíça, que se tornou mãe em abril do ano passado e voltou ao circuito em outubro, disputando torneios menores.

Conselho de Jogadoras tem promovido mais mudanças para as mães

A iniciativa é apoiada pelo Conselho das Jogadoras, que evoluiu em vários pontos sobre maternidade nos últimos anos. Exemplo disso é expansão do acesso ao ranking protegido, que mantém a posição das jogadoras para entrar nas chaves por até três anos durante a gravidez e o após o nascimento dos filhos. E também por dois anos em outras configurações familiares. Segundo a WTA, desde a adoção dessas mudanças em 2019, cinquenta jogadoras já foram beneficiadas. E estima-se que 320 tenistas estejam elegíveis para receber licença-maternidade por até 12 meses.

A ex-número 1 do mundo Victoria Azarenka, que faz parte do Conselho e também voltou ao circuito depois de ser mãe, também comemorou as novas regras: “Estou honrada em apresentar este programa, impulsionado pelas jogadoras e possível com o apoio da PIF e da WTA. Isso marca o início de uma mudança significativa na forma como apoiamos as mulheres no tênis, tornando mais fácil para as atletas seguirem suas carreiras e também suas aspirações de começar uma família. Garantir que programas como este existam tem sido uma missão pessoal minha e estou animada para ver o impacto duradouro que isso terá para as gerações futuras”.

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Vanda Ferraz Lopes de Oliveira
Vanda Ferraz Lopes de Oliveira
2 dias atrás

Parabéns a todas que participaram dessa iniciativa!!!!!
Essa matéria deveria ser comentada e elogiada!!!!!

DENNIS SILVA
DENNIS SILVA
1 dia atrás

Justíssimo.

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