João Bonini e Pedro Chabalgoity vão às semis no Banana Bowl

Pedro Chabalgoity (Foto: Gustavo Gomes/CBT)

Gaspar (SC) – O Brasil terá dois representantes nas semifinais do Banana Bowl, o mais tradicional torneio infanto-juvenil do país e que está em sua 55ª edição. O paranaense João Bonini e o brasiliense Pedro Chabalgoity venceram seus jogos nesta sexta-feira vão desafiar os principais cabeças de chave do ITF J500 nas quadras de saibro do Bella Vista Country Club, na cidade catarinense de Gaspar.

Cabeça 8 do torneio e 34º do ranking, João Bonini venceu um duelo nacional contra gaúcho Vicente Freda por 6/2 e 6/4. O paranaense de 17 anos fez três bons resultados nos torneios ITF J300 preparatórios, quartas em Barranquilla, final em Salinas e semi em Lima. Seu próximo rival é o norte-americano Jack Kennedy, cabeça 2 do evento e 12º do ranking.

Acho que o tênis brasileiro de uns anos para cá vem muito forte. Agora com o João Fonseca abrindo novas portas para gente, sinto que está na hora do Brasil. Merecemos isso e espero que eu possa sair daqui com o título”, disse Bonini, que é o brasileiro mais bem colocado no ranking mundial juvenil e tem três títulos no circuito da ITF.

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Pedro Chabalgoity, de 16 anos e 130º do ranking, eliminou o norte-americano Keaton Hance, cabeça 7 do Banana Bowl e 22º do mundo, por 4/6, 6/3 e 6/2. Vencedor de três títulos no circuito mundial juvenil da ITF, o brasiliense desafia o espanhol de 18 anos Andres Santamarta Roig, principal cabeça de chave e número 6 do mundo.

“A sensação agora é de alívio. demorei para entender o jogo, mas dentro da quadra eu não estava me sentindo muito nervoso e pressionado, estava jogando feliz e consegui fazer o meu jogo”, disse Chabalgoity após a partida. “Estou muito confiante para a próxima rodada e satisfeito por estar competindo 100% fisicamente e mentalmente e os resultados acontecendo. Acho que a pressão está do lado dele”.

As semifinais rendem 250 pontos no ranking aos brasileiros. Bonini pode chegar ao 23º lugar, enquanto Chabalgoity se aproxima do top 60. O ranking mundial juvenil considera os seis melhores resultados em simples e mais 25% da soma entre as seis melhores pontuações nas duplas. O torneio dá 500 pontos ao campeão e 350 para o vice.

Victória Barros cai diante da cabeça 2 nas quartas, mas vai à final de duplas

Única brasileira restante na chave feminina do Banana Bowl, Victória Barros caiu nas quartas de final. Depois de três vitórias na semana, a potiguar de 15 anos e 54ª do mundo foi superada pela norte-americana Annika Penickova, segunda cabeça de chave e número 20 do ranking, por duplo 6/2. A campanha até as quartas rende 150 pontos no ranking para a brasileira, que tem 60 pontos descartar. Ela está voltando ao top 50, mas seu melhor ranking é o 31º lugar.

Victória segue em Gaspar para disputar a final de duplas, ao lado da búlgara Yoana Konstantinova. Elas venceram a semifinal contra a norte-americana Claire An e a romena Maia Ilinca Burcescu por 6/3 e 6/1. Ela tem um título de duplas no circuito da ITF e mais quatro em simples. O torneio de duplas vale 375 pontos para as campeãs e 262 para as vices.

A jovem paulista de 14 anos Nauhany Silva também foi semifinalista de duplas, jogando ao lado da argentina Sol Larraya. Campeãs em Porto Alegre na semana passada, elas caíram na semi do Banana Bowl diante da parceria norte-americana de Maya Iyengar e Annika Penickova, cabeças 1 do torneio, por 6/2 e 6/1.

Semifinais dos 14 e 16 anos em São Paulo

As competições de 14 e 16 anos do circuito da Confederação Sul-Americana (Cosat) estão sendo disputadas no Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo. Destaque a final brasileira na chave feminina de 14 anos: Gabriela Bettoni venceu Flavia Cherobim por 7/6 (7-3) e 6/2, enquanto Clara Coura superou Lara Hass por 6/3 e 6/4. Na chave masculina de 14 anos, Miguel Ferraz perdeu a semifinal para o venezuelano Andres Molina por 7/6 (7-4), 2/6 e 6/0.

Outro brasileiro numa final é Bernardo Carvalho, que chegou à decisão ao vencer o argentino Maximo Cataldi por 6/3, 5/7 e 6/4. Ele enfrenta o chileno Simon Ignacio Flores. Já na chave feminina, Maria Eduarda Carbone caiu diante da peruana Luciana Luna por 6/1, 6/7 (4-7) e 6/2.

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Eduardo
Eduardo
7 horas atrás

Grande surpresa do Banana o Chabalgoyt. Sempre se destacou nas idades inferiores e tinha estancado nos últimos meses. Dispara no ranking e ganha enorme motivação pra evoluir. Victoria perdeu de juvenil de sua idade, no piso preferido. Temos que conter a expectativa, ela pode se tornar uma grande tenista, mas tem muito chão pela frente.

Paulo
Paulo
1 hora atrás
Responder para  Eduardo

Acho que o erro é achar anormal uma derrota numa QF de um J500 pra n.° 20 do ranking, campeã de Grand Slam. Isso não define e nem limita nada. O que mais existe no tênis são derrotas. Se achar que uma derrota é o fim do mundo tá acompanhando o esporte errado.

Guilherme E.S. Ribeiro
Guilherme E.S. Ribeiro
7 horas atrás

Muito bom ver o Chabalgoity jogando bem novamente. Venceu um americano 22 do ranking juvenil. E agora pega o cabeça 1 espanhol TOP10 juvenil. Pedro parece ser o melhor nome da geração 2008. Bonini, que se mostra o melhor nome da geração 2007, tem semifinal difícil também contra o número 12 do ranking juvenil. Torcendo para esses meninos salvarem suas gerações, pois a geração 2005 parece ter sido uma geração perdida, assim como foi a de 1995.

Guilherme E.S. Ribeiro
Guilherme E.S. Ribeiro
7 horas atrás

Sobre a Victória, ela tem potencial, parece estar acima da média para o padrão brasileiro, mas precisamos conter a euforia pois não me parece que será um fenômeno mundial, haja a vista algumas dificuldades contra tenistas de grande alento da mesma idade que ela. Mas podemos pensar em ser um TOP100, o que para o padrão do tênis feminino brasileiro já seria muito bom.

Eduardo
Eduardo
5 horas atrás
Responder para  Guilherme E.S. Ribeiro

Concordo, oba oba demais é receita pra não confirmar o que muitos esperam dela. Tá muito longe de se garantir num top 100 da vida, onde só chegam as melhores e mais batalhadoras.

Paulo
Paulo
1 hora atrás
Responder para  Guilherme E.S. Ribeiro

Que doidera achar que pode prever o futuro de uma tenista de 15 anos porque ela perdeu uma QF de um J500 pra n.° 20 do ranking, campeã de Grand Slam. São tantos fatores. Vai ver quantos anos uma brasileira não chega numa QF de um J500. Vai ver quantas partidas por ano faz uma tenista norte americana desde os 8 anos de idade. O nível de desenvolvimento são totalmente diferentes. Cada uma tem seu tempo. João Fonseca na idade da Vitória e do Guto nem n.° 5 do Brasil ele era, com ctz vc diria tbm que ele não tinha futuro. Aos 17 anos foi campeão do US Open e n.° 1 do ranking mundial juvenil. Mais palavras de apoio e torcida e menos futurologia.

Reinaldo
Reinaldo
1 hora atrás

Eu assisti o Pedro Chabalgoity no Brasileirão de Uberlândia quando ele tinha 12 anos. Me lembro de ter parado para assistir devido ao tênis vistoso que ele apresentava. Perdeu o jogo naquela ocasião para outro tenista de Brasília mas deixou uma excelente impressão. Parece que vai vingar como tenista. Desde muito cedo trabalhando duro e muito talentoso. Na torcida por ele e pelos jovens tenistas do Brasil.

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