Felipe Priante
Do Rio de Janeiro, especial para TenisBrasil
Na tradicional entrevista coletiva no último dia de Rio Open, o diretor do torneio Lui Carvalho fez um balanço da edição de 2025, em que reconheceu os problemas com a venda de ingressos, algo que espera melhorar para o ano seguinte. Apesar disso e das baixas de última hora, com as desistência do italiano Lorenzo Musetti e do dinamarquês Holger Rune, ele fez um balanço positivo da competição.
“É um evento que tinha ‘sold out’ em outubro e depois em dezembro veio o furacão João Fonseca e deixou o tênis mais em evidência. Sentimos um Rio Open ainda mais cheio com as pessoas ficando mais tempo consumindo o produto no boulevard e nas quadras externas. Quando o João treinou pela primeira vez, as quadras de treino estavam lotadas. Estamos esperançosos pelo futuro do evento e estamos com boas perspectivas para 2026”, afirmou o dirigente.
Lui destaca que o grande diferencial do evento é a hospitalidade dos brasileiros. “Os jogadores se sentem muito em casa aqui, o Rio Open tem uma energia diferente que não estão acostumados”, comentou ele. Apesar disso, percalços na lista de inscritos do torneio acontecem, algo sobre o qual o diretor lamenta não ter muito controle.
“É um trabalho constante, trazer (Alexander) Zverev demorou 2 ou 3 anos para se concretizar. A gente leva um tempo para conseguir. Sobre as ausências, não tem muito o que fazer, a gente contrata os jogadores e espera que eles estejam em boas condições para jogar o evento, mas é difícil controlar essas coisas, não tem muito o que fazer”, afirmou o diretor.
“A gente tenta fazer o melhor lineup possível. As baixas do Rune e do Musetti abriram muito a chave e teve também a saída do João (Fonseca). Ao mesmo tempo você abre espaço para novas histórias, isso faz parte do esporte. Se você perguntar para mim se eu gostaria que as quartas de final fossem mais parecidas com as de Doha, é claro que gostaria, mas não controlo resultados”, reforçou.
Mudança de piso e WTA seguem na mira
Dois assuntos recorrentes nos últimos anos voltaram à tona nesta edição: o retorno do torneio feminino e a mudança de piso. O diretor mais uma vez falou que uma troca para o piso duro seria positiva para o evento. “Acredito que abriria caminho para trazer mais nomes grandes, o saibro é um fator que dificulta bastante. Sou muito crítico em relação ao calendário, acho que o tênis sul-americano não perderia nada se trocasse o piso dos torneios”.
A volta da versão WTA, que foi celebrado apenas nas três primeiras edições do Rio Open, também está nos planos. Contudo, como já foi falado anteriormente, a ideia é que a competição não aconteça ao mesmo tempo do masculino, mas em outra data.
“Nosso sonho continua e está cada vez mais próximo, nossas intenções são de trazer o WTA de volta para o Brasil, mas não é um processo fácil, é muito difícil realizar um evento desses aqui. É um risco enorme, estamos cautelosos, mas temos boas perspectivas”, falou o diretor, reforçando a disputa em outra data do ano.
Melhoria nos ingressos e expansão ‘para fora’
Com o crescimento ano a ano do Rio Open, comprar ingressos é cada vez mais uma tarefa árdua, com problemas no sistema de vendas neste ano, algo que Lui Carvalho reconheceu e pretende corrigir. “É um ponto de tensão nosso. A gente usou um sistema novo esse ano para evitar a questão de cambistas e é algo a que estamos atentos o tempo inteiro”, explicou.
“Não temos interesse nenhum nisso, queremos mitigar essa questão dos cambistas. Sabemos que existe uma demanda gigantesca e quando acontece os ingressos esgotam rápido. A gente vai seguir trabalhando, não estamos parados e reconhecemos que existem pontos de melhoria neste sistema”, analisou o dirigente
Com uma limitação física no Jockey Club Brasileiro, a organização do torneio viu com bons olhos não apenas a ativação de seus parceiros levando a competição para fora do Rio, mas também de outras marcas. “O feedback dos patrocinadores está ótimo e marcas que não vieram ao Rio Open ativaram tênis na semana do torneio”, falou Lui, lembrando da estrutura que foi montada no Parque Villa Lobos, em São Paulo, para assistir às finais.
Um podcast diz que está confirmado o WTA 250 em São Paulo em setembro depois do US Open. Eu acho uma pena não pensar em fazer um WTA 500 no Rio uma semana antes do ATP 500 como fazem os grandes torneios do mundo. Existe demanda pro Rio Open durar 2 semanas. Um WTA 250 infelizmente não vai atrair nenhuma tenista TOP10. Sabalenka viria pro Brasil fácil se fosse um WTA 500.
Não é fácil fazer wtas ou atos, os torneios são contados, pra trazer pra cá, tem que sair de algum outro país, que torna muito difícil
Parece que alguém ligado ao Rio Open é dono de uma data na semana seguinte ao US Open, em setembro. Essa data foi fornecida pra Tunísia e eles estão pegando de volta agora. Um WTA 250.
O Rio Open pertence a uma parceria entre IMG americana e a Mubadala.
E quando que ia ser implantado? Ia ser pft pro tenis feminino brasileiro
Esse diretor do Rio Open está com ideias equivocadas: Argentina e Chile querem o saibro e não piso duro, não seria aprovado nunca um torneio de piso duro na América do Sul no meio de 2 torneios de saibro… Outra equívoco e por um WTA em data diferente do ATP no Rio, uma ideia totalmente sem noção!
Santiago e Rio querem mudar pra quadra dura. Argentina quer manter saibro. A proposta dele é fazer um novo circuito latino americano com Santiago, Rio e Acapulco na sequência na quadra dura. Outra opção é trocar de data pq está pra ser aprovado o Master 1000 da Arábia Saudita que seria no mesmo período do Rio Open e estão previstas algumas mudanças no circuito pra encaixar esse novo Master 1000. Tudo isso está em negociação e depende de autorização da ATP e não é fácil conseguir. Sobre o WTA, a data que pertence ao Brasil é um WTA 250 que acontece em setembro logo após o US Open. Essa data está alugada pra Tunísia e parece que vamos pegar de volta.
Argentina e Chile querem piso duro tbm.
Não é sem noção. Acapulco era saibro e virou quadra dura e hoje em dia faz mas sucesso que o Rio. Tem que mudar sim ou mudar as datas para ficar mais próximo de Roland Garros.
O Open Rio, só vai mudar de nível quando for jogado em quadras duras, como Acapulco fez e agora é um ATP500 muitos mais atrativo, com vários jogadores entre os 20 do ranking. É também um preparatório para Indian Wells e Miami…!!!
Boa noite.WTA e na próxima semana ATP. O que não consigo entender é que quando vamos comprar ingressos diz que está esgotado.E quando assistimos a arquibancada quase sempre está até vazia.
Há uma limitação de compra de 4 ingressos por CPF por sessão. O problema é que há muitos cambistas e eles devem usar centenas de cpfs (deles próprios, de conhecidos e de desconhecidos – obtidos através de vazamento de dados), além de mecanismos de informática (robôs) para furar a fila das vendas on-line. Tem-se que buscar maneiras, tais como, ingresso nominal e reconhecimento facial, para driblar os cambistas. Os criminosos não podem estar na vanguarda da tecnologia.
E não foi só isso, tiveram muitos problemas técnicos também, como o velocímetro de saque que durante cerca de 20 jogos não funcionou, a ausência do cronômetro de saque e de um relógio na quadra central também foi sentida. A emissora que transmitiu os jogos (Sportv) também falhou várias vezes em não por o resumo (estatísticas) das partidas no final. Por fim, o piso da quadra pareceu um problema, no jogo do João Fonseca se observou que várias vezes a bola quicava de maneira errática provocando erro do tenista.