Doha (Qatar) – Por três anos consecutivos, Ons Jabeur terminou entre as 10 melhores jogadoras do WTA Tour. Depois de alguns contratempos físicos sérios, ela atualmente se encontra na posição 35. Isso a deixa jogar com menos pressão?
“Eu diria que estou jogando com a mesma pressão, só estou lidando com isso muito melhor”, disse a tunisiana na terça-feira, depois de de derrotar a chinesa Zheng Qinwen, cabeça 7, pela primeira vez, por 6/4 e 6/2 no WTA 1000 de Doha. Ela jogará com Sofia Kenin nas oitavas de final na quarta-feira.
“Acho que a pressão sempre estará lá de alguma forma, mas para mim o mais importante é me concentrar em mim mesma”, disse Jabeur na entrevista coletiva. “Estou tentando melhorar as coisas no meu jogo, na minha mentalidade em geral. Sinto que é muito importante evoluir no esporte, já que o esporte realmente evolui a cada mês.”
É difícil acreditar, mas por oito anos seguidos, de 2012 a 2019, Jabeur não conseguiu vencer uma partida em Doha. “Muito, muito difícil”, disse ao wtatennis.com no domingo. “Eu tinha um sorteio difícil, eu não tinha experiência, mas eles não desistiram de mim. Eles continuaram me dando wild cards, continuaram me recebendo aqui. Lembro que tudo que eu queria era ganhar uma partida”, relembrou Jabeur.
“Decidi jogar duplas só para conseguir aquela primeira vitória.” Em 2019, Jabeur e Alison Riske derrotaram Nicole Melichar-Martinez e Kveta Peschke por 11/9 no terceiro set.
E agora, Jabeur se encontra nas oitavas de final de Doha pela quarta vez em sua carreira, a primeira vez desde 2022. Após chegar a três finais de Grand Slam de simples e ao 2º lugar no ranking mundial, Jabeur despencou para o 42º lugar no ano passado, vítima de várias lesões. Este ano, Jabeur já venceu 10 de 14 partidas.
Na estreia, Jabeur derrotou McCartney Kessler por 6/2 e 6/0. Na entrevista em quadra, o entrevistador a lembrou da estreia no torneio como convidada aos 17 anos. “No meu coração, ainda sou aquela garota.”, disse a tunisiana agora com 30 anos. “Foram 13 anos de muito trabalho e estou muito honrada de ser tunisiana, de ser árabe, de estar aqui, neste lindo país, procurando representar meu país o melhor que puder. É adorável ver esta torcida. Eu me lembro de 2021 quando a torcida estava cantando desse jeito, então, obrigada pessoal por me fazer reviver aquele bonito momento”, comentou.
Talentosíssima mas um tanto instável emocionalmente. Ainda espero vê-la campeã de um Slam embora agora já seja muito difícil…