Viena (Áustria) – O austríaco Dominic Thiem se separou de seu técnico Benjamin Ebrahimzadeh após a eliminação na primeira rodada do Australian Open. Os dois trabalhavam juntos desde março de 2023, após o rompimento com o chileno Nicolas Massú. Antes disso, Günter Bresnik era o treinador do campeão do US Open de 2020.
“O último ano foi bom. Em termos desportivos, também tivemos alguns destaques. Também foi muito bom a nível humano. Tenho que agradecê-lo: obrigado Benni”, afirmou Thiem em entrevista ao Kronen Zeitung. O austríaco falou que precisava de uma mudança e por enquanto voltou às raízes, está treinando novamente com seu pai Wolfgang até novo anúncio.
Ele espera poder apresentar um novo treinador até seu próximo torneio, que será apenas em março. “Estamos perto de um acordo com um sucessor que será um cara para viajar o circuito”, comentou Thiem, sem citar ninguém, apenas revelando que não era austríaco.
O ex-número 3 do mundo, que atualmente ocupa apenas a 90ª colocação no ranking, espera voltar ao top 50 ainda neste ano. Para conseguir recuperar um pouco das posições perdidas, ele vai focar no saibro e não disputará os Masters 1000 de Indian Wells e Miami.
“Então vou pular a viagem para a América este ano e treinar por mais duas ou três semanas. Depois, em março, começarei com três torneios no saibro: Szekesfehervar, Zadar e Napoli”, disse Thiem, que quase não tem pontos para defender até Monte Carlo. Por isso ele quer somar muitos pontos nos challengers mencionados.
“Assim poderei em breve avançar o top 70 ou 60 e pleitear algo melhor porque a classificação onde estou agora é difícil. Vejo isso como minha última chance. Se eu puder fazer isso, pode acontecer rapidamente. Estou de volta há dois anos desde a lesão e terminei 2022 perto do top 100 e no ano passado em 98. Se eu terminar o ano novamente perto dos 100, terei que considerar se tudo ainda vale a pena”, finalizou.
Esse cara joga muito. Espero que ele consiga bons resultados. Novo demais pra pensar em parar de jogar.
Sempre acho incrível que ele não tenha conseguido nem voltar a um top 30. É um dos raros casos que um jogador de elite, apontado como sucessor do Nadal, não consiga voltar perto do patamar que ele estava antes de um período fora por lesão.
Pois é, na época que ele perdeu aquelas finais seguidas de RG, era consenso geral q esse cara n acabaria a carreira sem esse troféu..
Com o backhand de uma só mão vai ficar cada vez mais difícil ascender no ranking. Embora um belo golpe, no tênis de hoje é uma vulnerabilidade e tanto. Observem no circuito…
O belo revés de uma mão continua afiado e sendo o seu ganha pão. O problema é o forehand. Em virtude da lesão no punho, foi obrigado a mudar levemente a empunhadura. Não se adaptou totalmente e perdeu a confiança no golpe, o que acabou comprometendo a sua mentalidade vencedora.
Há uns anos Thiem desprezou a Rio 2016 porque não dava premiação e ia fazer o mesmo com Tóquio 2020 para só pensar em disputar Paris 2024 por ser em Roland Garros. Com o adiamento de 2020 para 2021 disse que queria pois seria um sonho jogar as Olimpíadas, mas ficou de fora por contusão. Agora em Paris pode até chegar a disputar, mas com chances bem reduzidas de conseguir algum bom resultado.
Não vejo indício algum de que ele pode voltar a ser competitivo, infelizmente. O tênis que ele apresenta hoje não tem mais agressividade e intensidade, tampouco consistência pra compensar. Não me pareceram azar ou falta de confiança as causas das precoces derrotas que vem sofrendo.
Que volta que o mundo dá! O antes príncipe herdeiro de Roland Garros (era a principal aposta para reinar com o decaimento ou retirada de Nadal) hoje sonha em ser top 50. Uma lesão muda tudo. Tomara que encontre um jeito de ser mais competitivo, mesmo sem o brilho de antes.