Swiatek celebra consistência e evolução nas quadras duras

Foto: Corinne Dubreuil/FFT

Melbourne (Austrália) – Iga Swiatek continua seu desempenho impecável no Australian Open. A número 2 do mundo garantiu sua vaga na semifinal ao derrotar Emma Navarro em sets diretos. Em cinco partidas, a polonesa perdeu apenas 14 games, o que mostra sua consistência na competição e evolução em quadras duras.

“Estou orgulhosa de ter mantido a mesma intensidade ao longo do torneio, empurrando minhas adversárias do início ao fim. O placar de hoje não reflete a dificuldade do jogo, mas fico feliz por estar na semifinal”, destacou Swiatek após a vitória com parciais de 6/1 e 6/2. Ela volta à semi em Melbourne depois de três anos e repete sua melhor campanha no torneio.

“Em certos momentos da minha carreira, eu não avançava tanto em Grand Slam, exceto em Roland Garros. Sempre quis melhorar nas outras superfícies. Agora me sinto mais confiante jogando em quadras duras, algo que vem de muito trabalho e foco em cada ponto. Não se trata de provar nada a ninguém, mas de acreditar mais em mim mesma”, declarou a jogadora de 23 anos, que tem quatro títulos em Paris e um no US Open.

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A busca pelo primeiro título na Austrália acarreta em outro desejo da polonesa: retornar ao posto de número 1 do ranking da WTA. Ela pode voltar à liderança se fizer campanha melhor ou igual à de Aryna Sabalenka no torneio. As duas estão nas semifinais em Melbourne e podem fazer um confronto direto pela liderança do ranking.

Mudança na comissão técnica e ajustes no jogo

Contando com um novo treinador em seu box, Swiatek acredita que a parceria com Wim Fissette é importante para o atual momento, que trouxe mudanças sutis e naturais ao seu jogo. O técnico carrega a experiência de ter trabalhado com outras cinco campeãs de Grand Slam: Kim Clijsters, Victoria Azarenka, Simona Halep, Angelique Kerber e Naomi Osaka. “Trabalhar com Wim é mais uma evolução do que uma revolução. Ele nunca impôs algo que pudesse confundir meu estilo e isso tem sido essencial. Eu decido em quadra e ele complementa com sua experiência”, explicou. “Ele me deixou escolher onde queria focar e isso me ajudou muito. Estou feliz por poder trazer de volta minha força mental e, ao mesmo tempo, seguir trabalhando no meu jogo”.

Antes do duelo com Navarro nas quartas, Fissette comentou em entrevista à ESPN norte-americana que um dos pontos focais do trabalho é reproduzir na quadra dura o estilo de jogo que fez da polonesa dominante no saibro. E isso passa por ajustes em seu forehand. A ideia da tenista e do treinador é utilizar a bola com mais spin, como ela já consegue executar bem em sua superfície favorita.

Duelo com Keys na semifinal desta quinta

Na semifinal desta quinta-feira, por volta das 7h (de Brasília), Swiatek enfrentará a norte-americana Madison Keys, que virou contra a ucraniana Elina Svitolina para garantir sua vaga com parciais de 3/6, 6/3 e 6/4. A polonesa tem quatro vitórias e apenas uma derrota no confronto direto. “Sei que ela gosta de jogar rápido e com intensidade, especialmente nas quadras duras de superfícies mais rápidas. Vamos estudar a melhor tática, mas sei que precisarei ser proativa e disciplinada”.

Ponto polêmico no segundo set

Swiatek também foi perguntada sobre uma situação de quique duplo em sua quadra no quinto game do segundo set, no ponto que permitiu a ela ter confirmado o serviço naquele momento para fazer 3/2 na parcial. A árbitra de cadeira, Eva Asderaki, não notou a situação e deu o ponto à polonesa. Por regra, Navarro poderia ter solicitado a revisão se tivesse parado de disputar o ponto e comunicado à árbitra imediatamente. Mas ela continuou o ponto e perdeu a disputa na rede.

“Honestamente, não vi o replay logo depois daquele ponto. Não olhei para o placar e queria manter o foco na partida”, afirmou. “Não tinha certeza se foi um quique duplo. É difícil dizer porque eu estava correndo a toda velocidade. Não me lembro de ter visto o ponto de contato com a raquete”.

“É a primeira vez que isso acontece comigo. Mas é a mesma situação de como eram os desafios antes da marcação eletrônica, em que você precisa parar o ponto”, avalia a polonesa sobre possíveis ajustes na regra. “Mas acho que já tiveram bastante tempo para pensar nisso e se existisse alguma opção melhor, o tênis a usaria. Já tivemos algumas situações tensas em outras partidas do passado, no circuito da ATP. Acho que os árbitros pensam sobre isso. É o de trabalho deles criar regras adequadas”.

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MAURICIO BATAGIN
MAURICIO BATAGIN
1 hora atrás

Claramente, pelo vídeo, a bola bate no chão antes de tocar na raquete da Iga. E, como aconteceu naquela bola que o Federer explica contra o Berdych, jamais a bola iria com o efeito que foi, se tivesse sido tocada apenas na raquete. Ela pega o efeito ao contrário e quica subindo perpendicular.. questão da Física..

Luis Ricardo
Luis Ricardo
23 minutos atrás
Responder para  MAURICIO BATAGIN

Vc nem sabe como é que a bola encostou na raquete porque é muito rápido e vem dar uma de “professor”, eu tbm vi é revi o lance e não tenho plena certeza do duplo quique,

William
William
13 minutos atrás
Responder para  MAURICIO BATAGIN

Até concordo mas a Iga ganharia de qualquer jeito a partida. Navarro está chorando mas teve sorte de não levar um pneuzinho isso sim.

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