Turim (Itália) – Técnico de Jannik Sinner junto com Simone Vagnozzi, o australiano Darren Cahill foi entrevistado pela Gazzetta dello Sport na véspera da estreia do italiano no ATP Finals, na qual lembrou como foi receber a notícia do teste positivo para Clostebol e a forma como o atual número 1 do mundo lidou com a situação.
“O pior momento da temporada foi a notícia do teste positivo recebido após o torneio de Miami. Mas sempre, quando as nuvens negras se juntam no céu, chega um vislumbre de luz. Ele encarou de cabeça erguida, consciente de não ter feito nada de errado”, contou o treinador, destacando a tranquilidade de Sinner.
“Você não imagina como enfrentamos o apelo da Wada (Agência Mundial Antidoping). Porém, eles não questionaram se Jannik é um jogador limpo e para nós isso é o mais importante. Jannik nos pegou pela mão. Ele sempre pensou que a verdade iria aparecer, transformou as linhas da quadra em seu lugar seguro, é lá que se sente seguro porque é o lugar que ele ama”, complementou.
Antes de falar sobre o planejamento para 2025, Cahill foi enfático: “Sinner será o último jogador que treinarei”, disparou o australiano, que pretende mudar um pouco a programação na temporada seguinte, para buscar um desempenho ainda melhor de seu pupilo.
“A transição de Miami para o saibro este ano foi muito abrupta, vamos prepará-la melhor, também para evitar riscos de lesões. Tudo continuará girando em torno dos Grand Slams. A ATP não facilita a nossa vida estendendo alguns Masters 1000 por duas semanas, não é fácil descansar. Vamos fazer escolhas também para completar seu crescimento físico”, falou o técnico.
Cahl não foi o primeiro a criticar o calendário da ATP, principalmente os Masters 1000 em duas semanas, nos últimos tempos. O norte-americano Andy Roddick, ex-número 1 do mundo, reclamou disso em seu podcast e foi endossado pelo grego Stefanos Tsitsipas, que concordou com a crítica em suas redes sociais.
