A menos que Carlos Alcaraz decida repentinamente alterar de forma drástica seu calendário, esticar uma série de torneios e ganhar praticamente tudo, o italiano Jannik Sinner já pode receber o troféu de número 1 de final de temporada.
Com os resultados desiguais de Xangai, em que o italiano está na semi e o espanhol foi surpreeendido pelo bom Tomás Machac nas quartas, a distância entre os dois no ranking da temporada é de 3.020 pontos. Praticamente inalcançável.
Para tentar uma mágica, Alcaraz teria de jogar um dos ATP 500, de Viena ou da Basileia, onde não está inscrito, levar o título e depois seguir invicto no Masters de Paris. Mas esses 1.500 pontos não bastam. Então ele teria de chegar pelo menos na final de Metz ou Belgrado antes de faturar de forma invicta o Finals. E tudo isso sem que Sinner faça basicamente nada em Bercy ou em Turim. Não parece real.
Embora cada um dos jovens talentos tenha vencido dois Slam em 2024, é inegável que Sinner foi muito mais forte em outros eventos de peso, com os títulos em Miami e Cincinnati, as semis em Monte Carlo e Roland Garros e a conquista dos 500 de Roterdã e Halle. Carlitos por sua vez venceu Indian Wells, mas não fez mais do que quartas no Australian Open, Madri e Miami, tendo faturado o 500 de Pequim dias atrás.
Não deixa de ser irônico, no entanto, o fato de que Sinner esteja disparado na liderança e ainda assim perdido todos os três duelos diante de Alcaraz, o que aconteceu nas semis de Indian Wells e de Roland Garros e na final de Pequim, ainda que todos os jogos tenham ido ao último set e marcado viradas do espanhol. Sinner chegou a ter 2 sets a 1 no apertado duelo no saibro parisiense e os dois fizeram o ‘jogo do ano’ na decisão do 500 chinês.
Com o fato consumado, já que Alcaraz no momento só pensa mesmo em disputar Paris e Turim, Sinner se tornará o primeiro italiano a terminar um calendário completo como número 1 e será a segunda vez que um ‘next gen’ ocupa o posto desde a ascensão de Roger Federer em 2004. Nesses longos 20 anos, apenas Andy Murray também desafiou o domínio do suíço (5 temporadas), de Rafael Nadal (5) e de Novak Djokovic (7).
Sem ameaça à ponta até que defenda o Australian Open, no final de janeiro, Sinner garantirá 31 semanas na liderança, apenas cinco a menos do que Alcaraz já obteve, e isso deixará o fortíssimo dueto à frente de peso pesados como Mats Wilander e Boris Becker e a um passo de chegar em Murray e Guga Kuerten.
A história está sendo precocemente reescrita.
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Sub judice… ainda vai ser necessário avaliar até que ponto o tratamento privilegiado e injusto que o órgão de integridade do tênis (quando comparado com todos os outros tenistas da história) escolheu dar ao italiano contribuiu para esses “feitos”. Terminando Sinner como #1 ou #1.000, a única certeza é que a temporada 2024 da ATP já entrou para a história com um gigantesco asterisco. Atletas foram prejudicados, o público foi ludibriado e os torneios perderam valor e significado.
A WADA já falou que não estão pedindo nenhuma anulação dos títulos dele em 2024…apenas a suspensão da decisão pra frente.
Absurda a regularidade do italiano. Alcaraz não tem isso ainda, em que pese um dado interessante: em 2024 o espanhol ainda não perdeu para Sinner e sempre foi o campeão do torneio quando o derrotou, isso aconteceu em Indian Wells, Roland Garros e Pequim.
Ou seja, Alcaraz é um fenômeno com um potencial absurdo, mas ainda não merece ser o número 1 pois falta regularidade. Perdeu cedo no USO, Cincinnati e agora em Xangai. A diferença de pontuação entre os dois é grande.
Agora, caso Sinner seja suspenso o número 1 pode cair no colo de Alcaraz, tal como ocorreu em 2022.
Comentário sem pé nem cabeça, mestre jonas. Se Alcaraz não tem a regularidade de JANNIK SINNER, como pode aos 21, ter o mesmo número de Conquistas ( 16 ) do Italiano com 23 anos . Tourinho Assassino já possui 4 SLAM a 2 e 5 MASTERS 1000 a 2 , em relação ao também Jovem Italiano. Com um currículo como este , é obvio que Carlos Alcaraz atingiria também o N 1 antes mesmo de JANNIK. Ao pular as Olimpíadas ( Carlitos jogou inclusive duplas com Nadal ) e LAVER CUP ( jogou tudo ) , levou vantagem também sobre Djokovic no USOPEN ( não precisou voltar ao Saibro depois da Grama ) .Eu cravei o N 1 ao FINAL para o Italiano , mesmo antes de Novak York. Vamos conversar novamente sobre tanta irregularidade do Fenômeno Espanhol, depois dos MASTERS 1000 pós AOPEN 2025. Abs !