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Shelton: ‘Imitação é forma mais sincera de lisonja’

Foto: Mike Lawrence/USTA

Nova York (EUA) – O norte-americano Ben Shelton fez uma campanha extraordinária no US Open, mas não conseguiu tirar um set do tricampeão Novak Djokovic. O jovem norte-americano de 20 anos diz que tudo tem sido aprendizado em sua carreira e tentou não polemizar sobre a atitude do sérvio, que fingiu falar ao telefone para comemorar a vitória, exatamente como Shelton vinha fazendo.

“Eu não tinha visto até bem depois da partida”, explicou. “Não gosto quando estou nas redes sociais e vejo pessoas me dizendo como posso ou não comemorar. Se você ganhar a partida, merece fazer o que quiser”, começou a dizer sobre sua própria maneira de se manifestar.

E aí resolveu ironizar. “Você sabe, quando criança sempre aprendi que  a imitação é a forma mais sincera de lisonja, então isso é tudo que tenho dizer sobre isso”, concluiu, com um sorriso. Mais tarde, em sua própria entrevista, Djokovic também tentou simplificar e disse que havia gostado do gesto e que resolveu mesmo imitar.

Para Shelton, que irá estrear no top 20 logo em sua primeiro ano de profissionalismo, o US Open foi muito positivo. “Aprendi muito sobre mim mesmo nestas duas semanas, percebi o quão longe posso ir, ser competitivo. Tênis é um esporte muito mental. Consegui me manter calmo, com cabeça clara”.

Apesar de disparar os saques mais velozes do torneio, a mais de 230 km/h, Shelton não se sente um sacador genuíno. “O que mais me deixou animado nestas semanas foi que eu nem saquei o meu melhor, exceto em alguns momentos e em determinadas partidas. Por isso, consegui competir lá da base também, me senti confortável com os ralis”.

Ele diz que também levou ótimas lições de sua primeira experiência diante de Djokovic. “Ele consegue competir no mais alto nível, joga agressivo e mostra suas emoções, nisso se parece comigo. Eu o vi muito na TV quando criança e tentei enfrentá-lo como se fosse outro tenista qualquer. Ele fez um grande trabalho como as devoluções e as defesas”.

Por fim, Shelton acredita que continua dando passos na sua ainda precoce carreira. “Seja vitória ou derrota, são degraus. Perder não me afeta porque minhas metas são de longo prazo. Claro que fiquei desapontado, perder dói, mas me sinto mais motivado do que nunca”.

Com sua ótima campanha, ele foi convidado para integrar o time Mundo e confirmou presença na Laver Cup, que acontece entre 22 e 24 deste mês, em Vancouver.

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