Ruud tenta acompanhar nova geração e quer ser mais consistente nos Slam

Sydney (Austrália) – Depois de uma temporada irregular em 2014, com cinco finais, dois títulos e oito eliminações na estreia, o norueguês Casper Ruud quer superar seus limites para fazer ainda mais bonito em 2025. O desempenho apresentado pela nova geração, liderada por Jannik Sinner e Carlos Alcaraz, serve de motivação para que o atual número 6 do mudo queira ser um tenista ainda melhor.

“Acho que quando enfrentei jogadores como Sinner e Alcaraz e até mesmo Sascha (Zverev) no ano passado, senti que eles tinham algo como uma marcha extra que eu não conseguia acompanhar. Então eu estava tentando encontrar o que chamamos de sétima ou oitava marcha, porque poucos jogadores a têm”, comentou o norueguês de 26 anos, que vê essa geração cada vez mais afiada.

“Os caras mais velhos, que infelizmente agora estão meio que parando um por um, jogavam mais um estilo tradicional de tênis. Os jogadores espanhóis e sul-americanos jogam com margens maiores e não no mesmo ritmo que Sinner vem jogando no ano passado. Você pode se perguntar: ‘O que Sinner faz tão bem?’ Bem, ele rasga quase todas as bolas que recebe e não comete erros. Essa é a maneira ideal de jogar tênis”, analisou Ruud.

Para ele, o diferencial do italiano e de Alcaraz é a capacidade de bater forte e cometer poucos erros. “Antigamente, se você tivesse alguém batendo assim na bola, mais erros sairiam da raquete. Então, se você consegue jogar naquela velocidade e naquele ritmo e não cometer erros, ou pelo menos erros não forçados, isso é o melhor que pode conseguir jogar”, comentou.

Ruud explica que os jogadores mais velhos não te pressionaram tanto quanto a nova geração “Principalmente contra Jannik ou Carlos, porque você sabe que se não bater fundo, se não der um golpe forte, vai receber de volta um tipo de míssil . Eles levaram isso a um outro nível”, destacou o sexto colocado no ranking da ATP.

Questionado sobre suas metas para a nova temporada, ele primeiro espera manter seu nível de classificação e depois ir mais longe nos principais torneios. “Ficar no top 10 é um dos objetivos, ir melhor nos Slams deste ano é outro. A temporada passada foi boa em alguns aspectos, mas por exemplo, aqui na Austrália senti que poderia ter feito melhor E especialmente em Wimbledon também”, finalizou.