Itapevi (SP) – A Associação Raquetes Para a Vida foi convidada pelo Rio Open, pela terceira vez, para proporcionar uma experiência inesquecível a 40 crianças com alta vulnerabilidade social em Itapevi, na região metropolitana da capital paulista. Essa oportunidade vai além do tênis: é sobre descobrir novos mundos, enxergar possibilidades e acreditar em um futuro diferente.
Para viabilizar a viagem, a Associação Raquetes Para a Vida precisa de ajuda. Além dos custos com alimentação e ingressos para o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, apoio para o transporte, como a indicação de uma empresa de ônibus que possa auxiliar na viagem.
A ONG passou por todo o crivo do Rio Open para estar lá e conta com regulamentação, transparência e prestação de contas. A Associação Raquetes Para a Vida, que atua desde 2019, atende semanalmente mais de 260 crianças através da iniciativa privada e apoiadores. Escolas de tênis são montadas em favelas da Grande São Paulo, áreas de alta vulnerabilidade social. As doações podem ser feitas pelo pix da associação: projeto@raquetesparaavida.org
Além de vivenciar o maior torneio de tênis da América do Sul, o projeto social quer que as crianças conheçam o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar. Muitas delas nunca saíram de sua cidade ou comunidade, e essa será a primeira vez que verão o mar e viajarão para outro estado.
Para viabilizar esse sonho, a viagem será um bate e volta: viajarão durante a noite e passarão um dia intenso de descobertas e aprendizagens, evitando os custos de hospedagem.
No torneio, serão promovidas rodas de conversa sobre as diversas oportunidades no esporte, mostrando que o tênis não é apenas para jogadores, mas também para quem deseja atuar como árbitro, encordoador, preparador físico ou em outras áreas do tênis.
Vendo a reportagem sobre as dificuldades do Projeto Raquetes Para Vida, sobre conseguir transporte (o básico do básico) para o evento, sinto uma certa frustração.
O torneio (Rio Open) é organizado pela IMM, mas grande parte do dinheiro para realização do torneio vem do setor público, ou seja, os brasileiros ajudam a bancar o torneio.
Numa relação, no mínimo, estranha entre a IMM e o Instituto Carioca Tênis, que “serve” de canal de arrecadação do dinheiro público (através de intenções fiscais para seus patrocinadores).
Explicando, apenas entidades sem fins lucrativos podem operar no “mundo” da isenção fiscal, um mundo nebuloso.
Ou seja, dinheiro de impostos desviados para um torneio internacional, realizado em nosso país, deveria ter sustento próprio.
Em 2024, cerca de 10 milhões de reais foram distribuídos para os tenistas.
Enquanto, um trabalho social, voltado para a comunidade vulnerável do país, não consegue um ônibus (um absurdo), tem que “rodar o chapéu”.
Sinto falta da imprensa escrever sobre problemas assim, com mais profundidade, principalmente a montagem do evento com o dinheiro público (que é uma boa parte).