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Preparação para final foi essencial, conta Djokovic

Foto: Darren Carroll/USTA

Nova York (EUA) – A chance para o 24º troféu chegou novamente e desta vez Novak Djokovic levou isso com a máxima seriedade. Ele contou que os dois dias que teve entre a vitória sobre Ben Shelton e a decisão deste domingo contra Daniil Medvedev foram meticulosas e também muito difíceis.

“Durante as últimas 48 horas, fiz de tudo para não deixar a importância do momento entrar na minha cabeça, porque dois anos atrás aconteceu tudo aquilo, e eu joguei abaixo do meu nível”, explicou ele, referindo-se à final perdida para o mesmo Medvedev em 2021, quando estava prestes a fechar o Slam. “Aprendi a lição. Meu time, minha família sabiam que nas 24 horas anteriores não deveriam falar sobre isso, mencionar o que estava em jogo”.

Essa tarefa no entanto não foi fácil, garante. “Fiz o possível para deixar as coisas simples, manter as rotinas, considerar este jogo como qualquer outro que eu precisasse ganhar. Muita coisa passa pela cabeça e tentei bloquear a ideia da derrota. Então foi uma grande batalha nessas 24 horas de preparação. Acho que consegui, comecei a partida bem”.

Djokovic sabe que a chave da vitória sobre Medvedev foi o segundo set. “Foram quase duas horas, acho que nunca joguei um set tão longo na minha vida, ainda mais como alguém como ele. Acho que Daniil foi o melhor em quadra nesse set, merecia ter vencido mais do que eu. De alguma maneira, consegui virar o tiebreak. Quando realmente importou, eu coloquei mais bolas na quadra do que ele. E foi o suficiente”.

O sérvio reconheceu ter perdido o fôlego em alguns momentos durante o segundo set. “Por vezes, perdia energia e pernas. Ele sempre te faz jogar um ponto a mais, saca muito bem. Então foi um alívio ganhar esse set. Depois disso, recuperei a energia e me senti muito melhor”.

Lembrado que na sua volta à Austrália, ganhou Adelaide o Australian Open, e fez algo parecido agora nos EUA, com Cincinnati e US Open, o sérvio preferiu relativizar. “Muitos têm retornos para contar, gosto disso, me motiva. Austrália e aqui foram circunstâncias diferentes, já que não disputei torneios no solo americano por dois anos e na última vez ainda perdi na final”, recordou.

Ele diz que nem pensou em qualquer tipo de comemoração ao terminar o jogo deste domingo. “Só estava concentrado em finalizar. Quando a bola dele parou na rede, quis logo ir lá, cumprimentar. E depois abraçar minha filha, que estava ali na primeira fila. Toda vez que tive um momento duro na partida, ainda mais no segundo set, ela me deu um sorriso”, revelou.

Questionado se 25 é o número ideal, Djokovic desconversou: “Não coloco um número na minha cabeça. Continuarei a priorizar os Slam, é onde quero jogar meu melhor tênis. Farei igual na próxima temporada. Vamos ver por quantas outras temporadas as pernas vão aguentar”.

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