Melbourne (Austrália) – Eliminada precocemente do Australian Open pelo segundo ano consecutivo, Jessica Pegula reconheceu a grande atuação da adversária, a sérvia Olga Danilovic. A número 6 do mundo destaca que a jovem rival de 23 anos e 55ª do ranking sacou bem e se adaptou melhor ao jogo de condições mais lentas. Ela acredita que a combinação de quadra e bola mais pesadas por conta do tempo mais úmido dificultaram seu desempenho na derrota desta sexta-feira pela terceira rodada em Melbourne.
“Foi uma combinação de condições difíceis e uma atuação muito boa dela. Não acho que eu tenha jogado mal, mas não consegui encontrar respostas para o nível que ela apresentou”, comentou Pegula, após a derrota por 7/6 (7-3) e 6/1 em apenas 1h30 de jogo. “Desde o 3 a 3 no tiebreak em diante, ela jogou muito bem, começou a arriscar mais nos golpes e a sacar muito bem. O nível dela não caía, pelo contrário, só melhorava. Tive chances no segundo set, mas ela acertou winners em todos os break-points que eu tive”.
Pegula também destacou a eficácia do saque da rival, que acertou 76% de primeiros serviços em quadra, e como isso foi um fator determinante na partida. “Enfrentar uma canhota que saca dessa forma, com condições tão lentas como estavam hoje, é muito complicado. Parecia mais lento que o saibro, e as bolas estavam muito pesadas. Tudo isso favoreceu o estilo dela”.
A norte-americana de 30 anos apontou as diferenças extremas nas condições de jogo entre partidas diurnas e noturnas no torneio. Na temporada passada, ela só conseguiu vencer um jogo em Melbourne. Mas antes disso, parou três vezes nas quartas de final entre 2021 e 2023. “Não parece o mesmo torneio. Jogar na quadra central à noite é totalmente diferente de jogar durante o dia. É algo com que todos precisam lidar, mas obviamente eu prefiro condições mais rápidas. Hoje, essas condições favoreceram mais a Danilovic, que, além disso, jogou muito bem”.
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“Normalmente, consigo muitos pontos diretamente com meu saque ou nas devoluções. Hoje isso não aconteceu. Tentei ser mais agressiva e me posicionar dentro da quadra, mas simplesmente não estava funcionando. O jogo estava pesado, e ela se saiu melhor nos momentos decisivos”, explica a tenista, que ainda relembrou um momento chave do jogo. “Tive um 0-30 no saque dela logo no começo do jogo, mas errei um backhand. Agora, olhando para trás, vejo que aquele ponto foi crucial. Se eu tivesse quebrado ali e saído com 2/0 talvez o jogo tivesse tomado outro rumo”.
Tem que valorizar a adversária
Louvável o comentário da Jéssica, valorizando a atuação superior da adversária!
Foi humilde. Diferente de sua compatriota, a Colins, que mostrou muita arrogância. Precisa ser grande para saber ganhar e saber perder também.
Que jogo espetacular da sérvia Danilovic. Um show. Não tinha visto nenhum jogo dela ainda, embora já a conhecesse pelo nome e participações em torneios. A sérvia tem um jogo pesadíssimo, com ótima variação de lado a lado. Colocou a americana para correr mesmo. No segundo set principalmente não deu chance nenhuma para a Pegula. Parabéns pela luta da americana até o fim da partida, nunca desistindo do jogo. E parabéns também pela humildade em reconhecer a grande partida que fez a sérvia. Muito legal esse tipo de atitude. Batalhadora e com humildade no fim do jogo.
Pegula sempre me pareceu querida e simpática e sua humildade não surpreende. O que é surpreendente foi a forma extremamente clara de reconhecer que a outra sempre fez por merecer mais do que ela por sua superioridade nos pontos vermelhos e as explicações técnicas oportunas – e não desculpas esfarrapadas – para as coisas não terem dado certo para o seu lado.
Não lembro de ter ouvido ou lido nada semelhante e ainda mais vindo de alguém que, por sua filiação e origem social, nem precisaria ter ido tão longe em uma profissão tão exigente.