Londres (Inglaterra) – Terceira colocada no ranking da WTA, e vinda de um título na grama em Bad Homburg, a norte-americana Jessica Pegula certamente esperava ir além da primeira rodada da chave feminina de simples em Wimbledon, mas foi surpreendida pela italiana Elisabetta Cocciaretto em apenas 58 minutos e deixou bastante clara a sua insatisfação com o resultado.
“Esse foi definitivamente, provavelmente, o pior resultado que tive o ano todo. Eu estava ganhando várias partidas. A questão é tudo encaixar durante duas semanas. Às vezes as coisas não se alinham quando você precisa. Eu não perdia uma primeira rodada de Slam há muito tempo, então é muito chato. É decepcionante, não sei como dizer de outra maneira. Estou chateada que não tenha conseguido mudar nada”, afirmou após a derrota por 6/2 e 6/3.
Ela também elogiou a atuação de Cocciaretto, atual 116ª do mundo, mas que chegou à 29ª colocação em agosto de 2023 e foi obrigada a se retirar de Wimbledon ano passado devido a uma doença. “Não acredito que eu tenha jogado mal. Ela simplesmente esteve em um nível incrível. Tudo que tentava acontecia. Assim é difícil enfrentar qualquer uma”, disse.
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Pegula também refletiu que o formato de três sets da chave feminina é mais propenso a zebras, em comparação com os cinco sets que o circuito masculino pratica nos maiores torneios da temporada.
“Eu acho que é mais difícil vencer dois de três do que três de cinco. Obviamente que não fisicamente, mas eu acho que favorece o melhor jogador no longo prazo se você estiver jogando melhor de cinco. Eu acho que veríamos muito mais surpresas dos principais jogadores se os homens disputassem melhor de três em Grand Slams”, afirmou.
“É muito mais difícil quando você não tem tanto tempo. Você fica uma quebra de serviço atrás, especialmente os homens, e é tipo, meu deus, já era. Eu preciso de sorte. Eu preciso que alguém entregue um pouco. Muita coisa precisa acontecer. Eu definitivamente acho que você tem mais tempo para reagir em melhor de cinco. Você tem. Você tem todo um set a mais”, completou.
No entanto, a proposta dela não é que o circuito feminino passe a adotar melhor de cinco porque ela na verdade não gosta muito de partidas longas. “Eu prefiro que os homens disputem melhor de três. Eu não acho que todos nós precisamos começar a jogar melhor de cinco. Para mim, é muito longo. Eu pessoalmente perco o interesse assistindo às partidas. Acho que são partidas incríveis, física e mentalmente. A gente precisa mesmo disso? Eu não sei. Quer dizer, algumas pessoas amam”, disse.
“Eu pessoalmente não vou assistir a um jogo completo de cinco horas. As pessoas não conseguem manter a atenção por tanto tempo nesses dias com os celulares. Como prender a atenção delas por cinco horas? Eu não sei. Não é muito a minha”, encerrou.