Dubai (Emirados Árabes) – A conquista do WTA 1000 de Dubai foi bastante comemorada por Jasmine Paolini, que comemorou o maior título da carreira e conseguiu dar um salto no ranking divulgado nesta segunda-feira, saindo do 26º para o 14º lugar. Aos 28 anos, a italiana vive o melhor momento da carreira, já que também vinha fazendo boas campanhas no fim da temporada passada e diz que precisou de tempo para acreditar que jogaria nesse nível e seria capaz de vencer torneios grandes.
“É especial ter este troféu nas mãos. Foi um torneio muito bom. Todas as jogadoras estiveram aqui. A chave estava muito difícil e estou muito feliz”, comemorou Paolini após a vitória sobre a russa Anna Kalinskaya por 4/6, 7/5 e 7/5 no último sábado. “Acho que cada pessoa tem seus próprios passos e sua história. Precisei de mais tempo para acreditar que talvez pudesse jogar neste nível”.
“Sei que não será assim todas as semanas. Mas estou aqui curtindo meu tênis, curtindo as partidas em quadra”, acrescentou a italiana. “Estou simplesmente amando o que faço, apenas tentando viver o presente. Estou focando no processo, em melhorar meu jogo, porque acho que essa é a chave: Não quero ter expectativas muito altas porque isso não é bom para mim”.
Never say die 🏆
Jasmine Paolini claims her maiden WTA 1000 title against Kalinskaya 4-6, 7-5, 7-5 after coming from 3-5 down in the third!#DDFTennis pic.twitter.com/womQ9IprjG
— wta (@WTA) February 24, 2024
“Meu treinador disse-me que o objectivo deste ano é vencer um torneio. Não esperava que fosse tão cedo e fosse um evento tão grande”, complementou a tenista, que tinha apenas um título de WTA, conquistado em 2021 em Portoroz. Na primeira rodada de Dubai, ela virou o jogo contra Beatriz Haddad Maia. “Fiz grandes partidas aqui com Haddad Maia, Fernandez e Sakkari. Sabemos que são todas jogadoras fortes. Acho que isso me dá alguma confiança”.
Paolini é a segunda italiana a conquistar o título em Dubai, repetindo o feito da ex-top 5 Sara Errani em 2016. Jogando juntas, as duas compatriotas foram campeãs em Linz há três semanas. “Fizemos muitos exercícios para melhorar o voleio. É ótimo tê-la ao meu lado praticando junto. Ela também está me dando algumas dicas na quadra, porque é mais experiente do que eu e jogou em um nível inacreditável. Então ela sabe como funciona o tênis. Acho que ela também é uma pessoa muito pessoa inteligente”.
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A vitória sobre Kalinskaya serviu de revanche para Paolini, que havia sido eliminada pela russa no Australian Open. Ela também conseguiu mais uma virada, diante de uma rival que sacou para o jogo no terceiro set. “Perdi para ela na Austrália. Eu sabia que era difícil, ela estava jogando muito bem. Sinceramente, não sei como consegui vencer a partida porque ela estava muito bem no início. Tentei jogar talvez mais no backhand, tentei ser mais agressiva e pegar a bola mais cedo porque senão ela me movimentava muito. Eu estava correndo muito. Mas acho que a chave foi acreditar que mesmo que estivesse perdendo, que poderia virar o jogo”.
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A italiana também foi perguntada sobre uma eventual vantagem física, já que fez três jogos a menos que a rival ao longo da semana. Kalinskaya veio do quali em Dubai, enquanto Paolini entrou direto na chave e ainda contou com a desistência de Elena Rybakina nas quartas. “Acho que ela é muito forte fisicamente e estava se movendo muito bem. Claro, foi uma partida acirrada. Mas cada pessoa e cada partida tem uma história. Temos que perguntar à Anna. Mas ela parece se sentir bem fisicamente porque jogou de forma inacreditável no primeiro set e também no resto da partida”.
Os próximos dias serão de merecido descanso para a campeã. “Quero ir para a casa da minha família só para abraçá-los. Não os vejo com muita frequência por causa do trabalho que faço. Faremos apenas uma comemoração mais simples e depois temos de nos concentrar novamente porque há outros torneios importantes”.
Muito talentosa mesmo essa garota! E como gera potência apesar dos escassos 1,60m…
Tem claras limitações físicas de altura, mas o tenis feminino tem espaço para sucessos inesperado. Se fosse homem, jamais conseguiria o mesmo êxito no circuito masculino.
No masculino, o gigante Baez é Top 20.
Andrade,mas o Baez dificilmente vai ganhar um master com a pequena, notável ,italiana conseguiu porque o nível lá é mais difícil do que o feminino. Parabéns para ela e vejo que o jogo dela é até interessante como algumas variações, diferente da Iga, que embora seja uma vencedora e número 1 só joga na grosseria como quase todas do top 10.
Schwartzman era enorme mesmo.
o Baez e o Navone são muito altos mesmos…o próprio Federer mais baixo dos big 3…nunca ganharia nada. Agassi, Arantxa, Steff … temos vários nomes. Isto significa competência, pode não acontecer sempre , a regularidade fazem os líderes do ranking, mas não compare com altura e outros atributos de qualquer jogador.
Jasmine Paolini na cerimônia do título no discurso estava visivelmente emocionada, foi protocolar agradecendo a tudo e todos. Mas citou um coisa importante “tudo isso começou com aquela virada inacreditável contra Haddad Maia”, a partir dali comecei a sonhar e acreditar que era possível. A estória desse título WTA M1000 Dubai e bem interessante pra essa pequena gigante Paolini, primeiro ela é muito humilde e simpática continuou trabalhando firme. Começou com uma virada espetacular e terminou com uma revenge com outra virada espetacular. Lembro dos comentários lá atrás: Moça ridícula, joga nada, baixinha parece menina… Etc etc. É, nada como um dia após o outro. Final dessa estória simplesmente incrível!
Concordo com vc. Mania dos Haters de falarem mal das pessoas sem fundamento. Parabéns Paolini…vc mereceu,.com luta, técnica e garra