Osaka procura respostas…e agora, eu também!

Fechando a rodada chuvosa deste sábado sob o teto fechado da quadra Philippe Chatrier, a alemã Angelique Kerber levou a melhor sobre a japonesa Naomi Osaka em duelo de ex-número 1 do mundo. A nipônica fez até um bom jogo, principalmente no começo, quando abriu 3/1 no primeiro set, mas depois deixou a vantagem escapar e acabou superada. Na zona mista depois da partida, perguntei para ela o que fazer para transformar boas atuações em vitórias e a resposta acabou me surpreendendo.

“Você tem que me falar. Estou sofrendo um pouco. Não sei, porque aqui mesmo com 3/1 eu senti que estava jogando realmente bem, mas talvez eu tenha que reaprender a como vencer, algo que eu esqueci como fazer. Talvez não esteja sabendo jogar em algumas situações. Tenho que seguir jogando com grandes tenistas para reaprender. Talvez você consiga me dizer melhor”, afirmou a ex-líder do ranking.

Um dos caminhos ela talvez tenha indicado algumas perguntas antes: melhorar a consistência com o saque (ela venceu apenas 59% dos pontos contra Kerber). “Honestamente, acho que comecei muito bem, mas depois sinto que meu saque poderia estar bem melhor. Nos treinos era um pouco assim também, mas não é uma desculpa para perder. Eu não sei, vou tentar tentar descobrir”, disse Osaka.

¡Cuidado, chicos!

A entrevista do espanhol Rafael Nadal após sua estreia vitoriosa nas duplas com Carlos Alcaraz não ficou marcada apenas pela  dúvida que ele deixou sobre sua participação em simples no sábado, mas também pela muvuca dos jornalistas na zona mista, na área reservada para as perguntas em espanhol. Para começar, os jornalistas se amontoaram de tal forma que quase derrubaram a barreira que os separava do tenista, que antes de começar as respostas soltou: “¡Cuidado, chicos!”

Outro momento curioso foi na segunda das duas perguntas que foram permitidas à imprensa. No momento em que Rafa terminou de responder a primeira, uma polifonia de vozes surgiu, cada qual com sua indagação. Foram tantas vozes ao mesmo tempo que não deu para entender nada e o próprio tenista fez cara de interrogação. Não sei como, mas alguém conseguiu prevalecer e fez sua pergunta, justamente a que resultou na dúvida sobre sua estreia em simples.

Rolou em Roland Garros

– eliminados por Nadal e Alcaraz na estreia, os argentinos Maximo Gonzalez e Andres Molteni lamentaram a derrota logo de cara, mas levaram como prêmio de consolação o fato de terem enfrentado um ícone do esporte e outro que pode seguir o mesmo caminho em um dos principais palcos do tênis mundial.

– depois de muita polêmica sobre a escalação da dupla argentina, que deixou Horacio Zeballos de fora, atual número 1 do mundo nas duplas, a imprensa argentina deu uma trégua no assunto para ajudar a equipe e não criar mais caso: “a decisão já foi tomada, então não tinha mais o que fazer senão apoiar”, me falou um jornalista argentino.

– trégua quem não teve foram os argentinos, que sentiram a torcida francesa torcendo fortemente contra eles, argumentando que ficou uma rivalidade depois da última Copa do Mundo de futebol.

– em sua primeira aparição nos Jogos Olímpicos, Alcaraz lamentou não ter podido participar da abertura, mas se resignou com o fato, uma vez que tinha duas partidas para disputar logo no dia seguinte.

– questionado sobre o momento em que viu Nadal segundo a tocha olímpica, ele não deixou de rasgar elogios ao compatriota e parceiro de duplas: “Foi um momento muito especial e bonito, acredito que para todos os espanhóis, ver Rafa levando a tocha foi incrível”.

– outro que também falou sobre o assunto foi o russo Daniil Medvedev: “Carregar tocha é uma coisa diferente, não tenho ideia como pode ser. Preciso ganhar uns 20 Grand Slam para isso”, brincou. “Foi muito legal ver pessoas do seu esporte com essa honra”.

– Medvedev também falou que veio para os Jogos de Paris mais pensando em buscar algo nas duplas, mesmo não sendo sua especialidade, mas que gostou das bolas usadas no torneio, mais do que as de Roland Garros, e por isso agora acredita que possa fazer bonito também em simples.

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João Sawao ando
João Sawao ando
3 meses atrás

Quais são as bolas usadas nos jogos olímpicos?

JUKA B
JUKA B
3 meses atrás

Cara, como que a Kerber foi N°1 ? Ainda na época do reinado da Serena. Hoje em dia, é pancadaria ! Lembro que a mimada e talentosa Martina Hingis tentou voltar a jogar no circuito. A velocidade das bolas já era outra.
Claro que a vitória da Kerber sobre a Osaka mostra que só potência pode não ser suficiente.
Está meio esvaziada a chave. Nem a veterana VIKA Azarenka quis ir a Paris.
Mirra Andreeva pode surpreender.

Osaka tem o descontrole emocional como maior adversário. ACHO meio difícil a voltar a ser dominante uma dia. A NOVA GERAÇÃO ESTÁ PEDINDO PASSAGEM.

Aandre Lima
Aandre Lima
3 meses atrás
Responder para  JUKA B

Só discordo em relação a Martina Hingis, ela passou por varias cirurgias, inclusive uma de quadril, mesmo assim voltou à ficar entre as 6 melhores, depois de mais de 1 ano parada, logo depois foi pega antidoping …. ai ela realmente decidiu parar… mas voltou em duplas alguns anos depois e ganhou varios GS inclusive foi numero 1 em duplas… Pra mim o problema dela foi a movimentação que não era mais a mesma. A velocidade da bola é a mesma para simples e duplas.

Ramiro
Ramiro
3 meses atrás

Uma pena…. a Naomi ainda não conseguir melhorar… (ela é uma excelente pessoa)
Vamos ver se melhora seu desempenho em quadra que é da sua preferencia (quadra dura)
Tomara

FABIO SILVA
FABIO SILVA
3 meses atrás

Depois que a Osaka ficou milionária a sede por títulos acabou,
Agora vai ser uma jogadora burocrática.

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