Punta Cana (República Dominicana) – Em entrevista ao podcast Served with Andy Roddick, o espanhol Rafael Nadal contou ao norte-americano Andy Roddick as diferenças nas partidas contra seus dois maiores rivais. Ele explicou que a abordagem para os duelos com o suíço Roger Federer era diferente daquela que iria usar para encarar o sérvio Novak Djokovic,
“Tínhamos abordagens completamente diferentes. Com Roger a estratégia era bem clara, na minha opinião é por isso que a rivalidade com Roger era um pouco mais atraente para os fãs do que com Novak, mesmo que eu jogasse com Novak mais frequentemente. Ele estava tentando fazer uma coisa, eu estava tentando fazer outra”, começou a contar o espanhol.
Para ele, os embates contra Federer eram uma questão de quem conseguia se impor ao seu estilo. “Estava tentando destruir seu backhand o tempo todo. Se eu achava que tinha que jogar na linha de base, era por dois motivos: ou porque tinha que ir para o winner, ou porque eu precisava empurrá-lo para longe dali para criar mais espaço”, afirmou Nadal.
“Do outro lado, ele (Federer) estava tentando ser mais agressivo, estava evitando isso. Toda vez que ele batia um forehand, eu dava um passo para trás, porque para mim seu forehand é o melhor que já enfrentei. Era um jogo de xadrez, não há segredos, todos sabiam qual era a estratégia”, acrescentou o canhoto de Mallorca.
Nadal ainda destacou que a temporada de 2017 do suíço foi a melhor que ele viu, destacando sua enorme agressividade. “Ele jogava super agressivamente, seu saque era super difícil de ler e muito preciso. O saque de Roger era muito difícil de ler porque era imprevisível, podia mudar para onde mandava a bola no último momento”, destacou.
Embates com ‘Nole’ eram diferentes
Para o espanhol, enfrentar Djokovic não era uma batalha de estratégias e sim de consistência. “Sabia que precisava jogar muito bem o tempo todo. Não temos o mesmo estilo, isso é claro, mas não havia uma estratégia clara. Contra Roger, vou machucar seu backhand, contra Novak, não tenho esse sentimento, meu sentimento é que tenho que jogar muito bem por um longo tempo”, observou Rafa.
“Sabia que precisava me ajustar constantemente, não podia jogar alto em seu backhand porque ele pega a bola cedo e coloca você em uma posição difícil. Comecei a usar mais o slice de backhand, o que às vezes funcionou bem, e também tentei jogá-lo mais pelo meio. Contra Novak, se você abrir a quadra e não machucá-lo muito, você permite que ele jogue como quiser. Em termos de controle de bola , ele é o melhor jogador que já enfrentei”, finalizou.
Interessante entrevista do Nadal.
“Nadal ainda destacou que a temporada de 2017 do suíço foi a melhor que ele viu, destacando sua enorme agressividade.” Prime Federer 2017 foi o melhor que Eu vi jogar. Que temporada fantástica, mesmo não terminando como n.1 do mundo.
Infelizmente o melhor tenista de todos os tempos enfrentou o melhor golpe da história do tênis que naturalmente achava seu backhand, que era magnífico. Porém isso neutralizou de certa forma as opções de Federer. Nadal realmente foi uma espécie de criptonita para Federer.
Errado, caro Ronildo. Federer em.2017 passou a utilizar o Backhand batido (pegando tudo na subida) pra cima do Forehand do Espanhol . Acabou a Criptonita e ficou de 2015 até o final , sem ser batido pelo Espanhol fora do Saibro. Djokovic com o seu de duas mãos, ficou de 2013 até o final , também sem perder fora do Saibro . Daí que Rafa Nadal terminou como o * Rei do Saibro ” mas em desvantagem para ambos nas demais superfícies . Abs !
Quem será que precisou ficar de fora para ele se sobressair em 2017?
Teve muito jogador machucado por aí. Se Djok ou qualquer outros estava machucado, isso não tem nada a ver. Nadal se machucou muitas vezes. Você acha que diminui o que Djok fez no período? Se achar que sim, continuamos a conversa.
da esquerda pra direita na foto: terceirão, GOAT, segundão
A minha ordem ficou assim segundão-terceirão-GOAT
kkk
Ainda bem que a matemática e as variantes do universo são exatas né.
Como é bom fantasiar, por isso a infância é uma fase tão boa da vida.
Bacana a entrevista. Sobre a parte tática, nenhuma novidade. Todos sabiam que ele jogaria sempre no backhand suíço. E o backhand suíço era excelente, mas obviamente estava abaixo do forehand que como o Nadal destacou, foi o melhor forehand que ele enfrentou.
Sobre o Djokovic eu também lia que era uma questão de consistência já que ambos jogam com estilo bem similar. E também de quadra mais favorável para um ou outro e também sorte ou azar de um deles estar num dia melhor que o outro
Esse é gênio. Na verdade os 3 são os melhores até o momento. O que diferencia é o fora de quadra do Sérvio, que fica muito abaixo dos demais. Mas, dentro de quadra, o Sérvio foi o mais completo e o maior vencedor.
Kkkkkk, ainda essa obsessão com vacinas?
Um gênio falando de outros dois. Só agradecer por ter visto esses duelos por mais de 15 anos!!
Disse o que todo mundo sempre soube: contra o Terceirão, era só explorar a esquerda atrofiada; já contra o GOAT dono do melhor back da história, o buraco era bem mais embaixo.
Pois é, ele foi muito claro usando a palavra MACHUCAR o backhand de Federer, mas foi polido consigo mesmo, ao dizer que que com Djokovic, apelava para a consistência, não falando, pois não tinha como machucar seu backhand.
A esquerda do Federer foi uma das melhores do circuito, não à toa ele virou o goat do tênis.
Se fosse tão ruim assim, o Djokovic e outros teriam mais sucesso em explorar… na verdade houve um encaixe pro Nadal em ter um ótimo forehand cheio de spin e ser canhoto, o que é natural o drive na esquerda dos adversários.
As entrevistas de Djokovic e Nadal são sempre muito boas. Só acho “pequeno” essa mania de Nadal e Federer tentarem sempre minimizar a rivalidade com Djokovic, dando a impressão que, assim como os fãs, eles também não digeriram o sérvio assumindo o trono, quer a mídia e o público aceitem ou não!!
Na minha humilde opinião é meio patético ele dizer que o duelo com Federer era mais atraente. Ainda que eles tenham, de fato, revolucionado o mundo do tênis, era um duelo chato de tão previsível que se tornou. Eu, como admirador de Federer, achava até “feio” aquela freguesia e já assistia o jogo sem muita expectativa. Já a rivalidade de Nadal com Djokovic foi muito mais eletrizante, ninguém sabia quem ia ganhar, foi na minha visão ao menos um Top 3 de rivalidade de todos os esportes.
Essas minimizadas do Fedal com Djokovic não condizem com a grandeza dos dois, francamente!
NADAL disse que o duelo contra o Freguêser era mais atraente porque era mais fácil vencer o Freguêser do que o Djokovic, simples assim… Ele teve mais sucesso contra o Freguêser do que contra o Djokovic…
Opinião cada um tem a sua. Eu particularmente achava o duelo entre Nadal e Federer mais atraente, especialmente no inicio, porque Federer dominava tudo e Nadal era o único que fazia o Federer suar. Já os duelos com Nole eram mais eletrizantes, sim, de muita potencia, precisão, correria e resistencia. Quem não lembra aquela final do AO de 2012 que foram quase 6h? Só que os jogos, apezar de eletrizantes, eram menos atraentes de ver, minha opinião. Mas a sua é valida também. Não tem certo ou errado nesse caso.
Vejo como normal o Nadal tentar desmerecer a rivalidade com Djoko, pois na outra, ele nadou de braçada.
Saber extrair o melhor do entrevistado, nos brinda conversas assim.
Parabéns Andy!!!!
Resumindo: a diferença é que jogar contra Djokovic é muito mais difícil do que contra o Freguêser…
“Contra Roger, vou machucar seu backhand, contra Novak, não tenho esse sentimento, meu sentimento é que tenho que jogar muito bem por um longo tempo… Contra Novak, se você abrir a quadra e não machucá-lo muito, você permite que ele jogue como quiser. Em termos de controle de bola , ele é o melhor jogador que já enfrentei”!!!
BIG 3: 1. Novak GOATovic, 2. Rafael Nadal… Terceirão: Roger Freguêser !!!
Perfeito!
Excelente análise, a estratégia de Nadal contra Federer era bem clara: sempre na esquerda (“atrofiada”, como alguns brincam aqui). E a freguesia foi grande, por muito tempo.
Outro detalhe interessante foi dizer que o Federer de 2017 foi o melhor que ele viu jogar. Colocou em xeque o argumento de muitos “entendidos” de que o auge de Federer foi 2003. Na verdade, 2003 foi o auge da entressafra.
Por fim, dizer que a rivalidade Fedal atraía mais o público só mostra o despeito que eles ainda têm pelo sérvio por botar água no chopp deles e superado ambos nos principais recordes do esporte. A rivalidade Fedal era previsível: vitória para Nadal, exceto na grama e hards indoor.