Bastad (Suécia) – Quase dois meses depois de ter entrado em quadra pela última vez, na eliminação para Alexander Zverev na primeira rodada de Roland Garros, o espanhol Rafael Nadal voltou a disputar uma partida de simples nesta terça-feira e saiu vitorioso. Sua vítima foi o jovem Leo Borg, de 21 anos e filho do multicampeão Bjorn Borg, triunfando por 6/3 e 6/4.
Após a partida, o canhoto de Mallorca falou sobre o adversário e também destacou a importância de uma vitória como essa para recuperar seu melhor tênis, aproveitando para brincar com o fato de o pai de Leo ser o seu capitão na edição que se aproxima da Laver Cup.
“Para mim é uma honra jogar contra o filho de uma das maiores lendas da história do nosso esporte. Acho que ele jogou bem, tem um grande futuro pela frente, então só posso desejar-lhe o melhor. Bjorn é meu capitão na Laver Cup, então pedi conselhos a ele no meu celular para jogar esta partida. Eu também precisava disso, pois não pude jogar nenhuma partida nos últimos dois meses. Preciso de vitórias para ganhar confiança. Então, se ele é um bom capitão, tinha que estar do meu lado hoje”, disse um sorridente Nadal na entrevista em quadra.
+ Clique aqui e siga o Canal do TenisBrasil no WhatsApp
Rafa ainda comentou sobre o apoio do público, que mesmo diante de um tenista da casa lhe mandou energias positivas ao longo de todo o duelo. “As sensações têm sido ótimas, sempre são quando você compete diante de um estádio lotado como este. Significa muito para mim sentir o carinho das pessoas até nos dias de treino, eles têm feito isso aqui todos esses dias. É verdade que nos momentos mais difíceis se pode contar com a força da equipe, mas também senti que o apoio dos torcedores é vital para competir com a máxima energia. Aproveito para agradecer a todos, aos espanhóis que vieram para cá e também ao público sueco que não vejo há muito tempo”, frisou.
Pretensões olímpicas
Outro assunto abordado por Nadal nesta semana, após a estreia na chave duplas na segunda-feira, foi a sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris. Segundo ele, poder participar do maior evento esportivo do planeta pela terceira vez é uma motivação extra neste estágio final da carreira.
“Foi um bom jogo e para mim é importante porque os Jogos Olímpicos estão se aproximando e também tenho que me preparar para as duplas. Mesmo para partidas individuais, é sempre bom jogar uma partida. Eu me sinto bem, bom o suficiente para vir aqui. Não sei o que o futuro me reserva, mas a realidade hoje é que estou ansioso para jogar. Estou feliz por jogar no saibro aqui em Bastad e mal posso esperar para estar em Roland Garros daqui a 15 dias para disputar os Jogos, isso me dá motivação extra”, disse ao diároi francês L’Équipe.