Monfils conta que já teria parado se não fosse a esposa Svitolina

Foto: Corinne Dubreuil/ATP Tour

Paris (França) – Casado com a ucraniana Elina Svitolina desde 2021, o francês Gael Monfils contou em conversa com o compatriota Gilles Simon em seu canal no YouTube que se não fosse a esposa, ele já teria largado o circuito profissional. O veterano de 38 anos perdeu a alegria de jogar durante a pandemia da Covis-19 e foi Svitolina que impediu sua aposentadoria.

“Sinceramente, se eu não tivesse conhecido Elina, eu já teria me aposentado, sem dúvida. Acho que teria desistido depois da Covid. Na época, eu ainda estava no top 10, mas isso não significava nada para mim jogar em estádios vazios, era uma energia diferente e simplesmente sentia que não era mais para mim”, confessou o francês

“Comecei a dizer a ela que talvez fosse hora de parar. Não conseguia voltar ao meu nível anterior e era profundamente frustrante, mas ela me ajudou a superar isso. Não imediatamente. Quando o inverno chegou, comecei a sentir aquela vontade novamente, um pouco de alegria na quadra e para mim isso é crucial”, acrescentou Monfils.

O bom início em 2022, com o título em Adelaide e as quartas de final no Australian Open, parecia que estava colocando o francês de volta nos trilhos. “Mas então outra lesão atingiu meu pé e fiquei fora por sete meses. Além disso, Elina estava grávida, eu tinha um problema familiar sério e honestamente pensei que era o fim”, disse o parisiense.

“Elina encontrou as palavras certas e me disse: ‘Olha, eu voltarei depois de dar à luz, você também pode’. Ela me deu motivação. Então disse a ela: ‘Preciso de uma meta clara’. Nós a definimos juntas e isso me ajudou muito. Minha esposa literalmente me salvou, ela reacendeu aquele fogo em mim”, destacou Monfils, que naquele ano, depois de Miami, jogou apenas dois torneios.

Após perder quase todo o segundo semestre de 2022, ele retornou em 2023 no Masters 1000 de Indian Wells e estava fora do top 200, mas o empurrão de Svitolina o ajudou a se recuperar e alcançar a meta que tinha traçado de disputar os Jogos Olímpicos de Paris, onde Monfils acabou eliminado na primeira rodada pelo italiano Lorenzo Musetti.

“Ela desempenhou um papel enorme e decisivo no fato de eu continuar jogando tênis. Então, obrigado, Elina”, diz Monfils, que, no momento, não tem data de aposentadoria definida e atualmente ocupa a 42ª colocação no ranking da ATP e está na 24ª posição na corrida para o ATP Finals.

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alvaro
alvaro
1 dia atrás

Dois caras que eu gostaria que ganhassem um slam: Monfils e Dimitrov.

SANDRO
SANDRO
1 dia atrás
Responder para  alvaro

Quam sabe não ganham ainda??? Tênis para isso eles têm… Basta saber se o físico acompanha o talento até a Final… Talvez se vencerem os jogos por 3×0 ou 3×1 e no máximo em 2 horas de partida, eles consigam…

Última edição 1 dia atrás by SANDRO
EVGS
EVGS
22 horas atrás
Responder para  alvaro

Ele tem 3 Slams, só que no Juvenil. Para você ver o tamanho do potencial que o Monfils tinha, em 2004, foi número 1 Juvenil, vencendo 3 Slams naquele ano (Australian Open, Roland Garros e Wimbledon), sabe quem estava nesse Wimbledon Juvenil de 2004, perdendo na semi, para um outro francês que não vingou no profissional, Novak Djokovic. Só para a gente entender o potencial que tinha Gael Monfils, teve uma carreira de sucesso, mas sem dúvida pelo talento que tinha e tem, se não focasse tanto no espetáculo e sim um pouco mais em ganhar grandes torneios, teria com certeza ganhado o seu Grand Slam, no profissional.

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
1 dia atrás

São os detalhes invisíveis que a gente não consegue enxergar numa relação. Parabéns ao casal Monfils e Svitolina, que sigam em frente um dando suporte ao outro.

SANDRO
SANDRO
1 dia atrás

Um apoiando o outro, é isso aí, não tem porque esse casal parar se ainda jogam tão bem e são atrações à parte nos torneios que participam!!!

Daniel
Daniel
1 dia atrás

Obrigado, Elina.

Luis
Luis
1 dia atrás

Monfils teria talvez até mais do que um Slam. Deu azar de coincidir na era em que os três grandes estavam no seu melhor jogo. Ele e toda uma geração de tenistas, com pouquíssimas exceções, ficaram sem essa possibilidade.

Victório Benatti
Victório Benatti
1 dia atrás

Pelo relato parece que são bem tolerantes um com o outro.
Taí a chave do sucesso!

José Afonso
José Afonso
16 horas atrás

O amor é cego.

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