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Medvedev: ‘Eu jogava melhor aqui sem torcida’

Foto: Nicolas Gouhier/FFT

Paris (França) – O comportamento da torcida foi o assunto principal da coletiva de imprensa de Daniil Medvedev após sua eliminação na estreia do Masters 1000 de Paris. Superado por Grigor Dimitrov em três sets nesta quarta-feira, o russo praticamente só foi perguntado sobre o atritro com o público. Ele negou que tenha exibido o dedo médio propositalmente para os torcedores franceses. Campeão do torneio 2020, com o estádio vazio por conta da pandemia da Covid-19, ele afirmou que jogava melhor quando o torneio era sem torcida.

“Eu não fiz isso [exibir o dedo médio]. Por que eu faria isso com esta linda torcida em Paris-Bercy? Eu estava apenas verificando minhas unhas. Nada mais do que isso”, disse Medvedev, abrindo um sorriso, após a partida desta contra Dimitrov, que terminou com parciais de 6/3, 6/7 (4-7) e 7/6 (7-2) após 2h54 de disputa.

“Quanto ao público, se pegarmos toda a partida que durou três horas, foram apenas dois ou cinco minutos que acho que mereci ser vaiado. No 5/5 do segundo set e do terceiro set, quando joguei a raquete. Quero dizer, é normal que eu seja vaiado nessas situação. Mas se estou sacando e eles me vaiam, estamos falando de outra coisa. Todo mundo sabe que nos falta foco quando isso acontece. Nem todo mundo gosta de jogar aqui em Paris por esse motivo. Joguei muito melhor em Bercy quando não havia público presente”, acrescentou o russo de 27 anos.

Treinado pelo francês Gilles Cervara, Medvedev afirma ter relação estreita com muitos franceses e que mesmo eles não costumam frequentar o torneio. “Acho que, em primeiro lugar, não há nada a ver com a França. Acho que isso depende apenas do torneio, da forma como eu ajo e da forma como a torcida age. Então é como se tudo estivesse se unindo. Em geral, tenho muitos amigos franceses e eles não parecem gostar muito deste torneio. Talvez haja uma razão”.

O atual número 3 do mundo também foi perguntado se a torcida no Masters de Paris é a mais hostil que ele enfrenta ao longo da temporada. “Não quero dizer o pior. Bem, temos 60 jogadores. 30 deles vão adorar, 10 jogadores pensarão que isso não é relevante, e assim por diante. Então não vou dizer nada. Não quero dizer coisas ruins sobre este torneio em geral. Mas há alguns torneios aos quais gosto de voltar, enquanto aqui eu tenho problemas com o público. Acontece”.

“Talvez daqui a dois anos não joguemos aqui, mas ainda estou feliz por voltar e pronto”, afirmou o ex-líder do ranking. “Paris-Bercy é um torneio lendário, teve muitos campões e eu sou um deles. Eu voltarei e tentarei fazer melhor em termos de nível de tênis. É assim que você consegue ter o apoio da torcida. Não tenho nada a dizer contra o público. Acontece que às vezes não clica e espero que isso mude”.

Russo lamenta pouco tempo de adaptação, mas diz que jogou bem
Medvedev também citou o desgaste e o pouco tempo de adaptação às condições, já que chegou à final de Viena na última semana. E falando especificamente sobre a partida desta quarta-feira, acredita que Dimitrov foi superior nos momentos decisivos, especialmente no tiebreak do terceiro set.

“A partida foi boa, na verdade. É difícil fazer dois bons torneios consecutivos, as bolas são diferentes. Precisei de tempo para ganhar confiança, mas lutei até ao fim. Grigor está em ótima forma. Ele jogou melhor, fez uma bola devolução no 1-0 do tiebreak, e eu cometi uma falha grave no 2-0. Foi basicamente isso. Fora isso, ele fez alguns winners, bons pontos e estava sacando bem”.

“Portanto, no tiebreak, não há muito a dizer. Estou feliz pela forma como lutei. Consegui subir de nível durante a partida. Então, de certa forma, estou decepcionado com o resultado, mas não vejo muita coisa que eu poderia ter feito melhor. Acho que fiz uma boa partida. Então provavelmente deveria tentar permanecer positivo”.

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