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Lendas italianas se contrapõem a respeito de Sinner

Foto: Miami Open

Roma (Itália) – Dois dos maiores tenistas da história da Itália, Nicola Pietrangeli e Adriano Panatta deram declarações divergentes sobre o compatriota Jannik Sinner, que vem se consolidando como um dos principais nomes do circuito nesta temporada. Enquanto um falou com bastante euforia a respeito do jovem de 22 anos, o outro pregou certa cautela com o excesso de expectativas em torno do atual número 2 do mundo.

“Hoje em dia, para vencer o Sinner, o próprio diabo teria que jogar. Talvez, na verdade, nem o diabo conseguisse vencê-lo, porque ele tem algumas fraquezas, enquanto ao Sinner não falta nada. Jannik tem tudo, inclusive entusiasmo e energia. Ele é um campeão com letras maiúsculas. Como não amar um garoto de 22 anos que joga tênis tão bem e que é tão simpático e educado?”, questionou o bicampeão de Roland Garros em 1959 e 1960.

Com o título conquistado em Miami no último domingo, Sinner saltou para a segunda colocação do ranking pela primeira vez na carreira, mas para Pietrangeli seu lugar é no posto mais alto da lista. “Para mim, Jannik já é o número 1. A única coisa que não o certifica é um sistema de classificação feito por computadores e que não me convence em nada”, disparou o ex-tenista de 90 anos e considerado o terceiro melhor jogador do planeta por duas vezes ainda na fase amadora do esporte.

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Por outro lado, Adriano Panatta, que foi o quarto colocado da ATP em 1976, vê como desnecessária a superexposição em torno de Sinner. “É normal que agora todos os ex-jogadores saiam para comentar, isso é positivo para o movimento que está sendo criado, embora às vezes eu sinta muito fanatismo em torno do Jannik. Sinceramente, não acho que seja necessário. Isso pode ir contra a educação, a maturidade ou a gestão da pressão. Estamos colocando ele como um grande modelo, muitos o tomam como exemplo, mas o que está acontecendo com Jannik não acontece todos os dias”, opina.

O campeão do Aberto da França em 1976 também alerta que Sinner não estará sozinho na disputa pelos grandes títulos do circuito. Enquanto enxerga um descenso de Novak Djokovic neste momento da carreira, o italiano aposta fortemente em Carlos Alcaraz, colocando o espanhol como principal rival do jovem compatriota nos próximos anos.

“Para mim, Alcaraz será um dos grandes protagonistas de 2024. Penso que Novak não será tanto, embora essa seja apenas a minha opinião. Sinner e Alcaraz vão protagonizar a rivalidade reinante no circuito masculino nos próximos anos, ocupando o espaço que Federer e Nadal deixaram por tanto tempo”, palpita o italiano de 73 anos.

5 Comentários
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Geraldo Cristóvão
Geraldo Cristóvão
3 meses atrás

Avaliação de Adriano PANATA mais consistente.
Qual vai ser o nível de jogo de Jannik Sinner nas quadras lentas de saibro nesta nova fase de sua carreira?
Na transição das quadras duras e rápidas para as quadras lentas, o jogador precisa mais que uma simples adaptação. Rafael Nadal não precisa de tanto esforço nesta transição porque ele foi treinado desde tenra idade neste segundo tipo de piso. A experiência que Djokovic ao longo da carreira proporcionou a expertise de jogar bem também na terra batida.
Lembram de Nick Kyrgios admitindo que o saibro não deveria existir no jogo de tenis?
E Federer? Que foi o segundo melhor jogador do saibro por quase 15 anos e conta-se nos dedos da mão o número de títulos importantes conquistados na terra batida.
Sinner terá desempenho excepcional na terra batida já nesta boa fase da carreira?
– Não temos certeza.
Então, serei comedido como Adriano Panata. Sinner terá tempo para chegar o ponto mais alto do panteão do tenis. Tenho certeza que ele tem muito a melhorar para conseguir o número um desta nobre modalidade esportiva.

JClaudio
JClaudio
3 meses atrás
Responder para  Geraldo Cristóvão

Não diria 15 anos, Federer foi o segundo melhor jogador de saibro durante seus anos.
Como diz o Roy em Blade Runner, “são lágrimas na chuva”…
Ninguém lembra, muitos acham que Federer era um jogador meia boca no saibro, o que não é verdade.

JClaudio
JClaudio
3 meses atrás
Responder para  Geraldo Cristóvão

***seis anos***

Fernando L Moraes
Fernando L Moraes
3 meses atrás

Ambos estão certos, se analisarmos que diferem apenas na intensidade do entusiasmo. Sinner é uma Benção Divina! E sua rivalidade com Alcaraz é o sonho eterno de qq apaixonado pelo esporte que se encantou com o Big 3! Longa Vida e Rivalidade aos 2!

Roberto Ferreira
Roberto Ferreira
3 meses atrás

O tira-teima que quero ver é uma decisão de grand-slam entre Alcatraz x Sinner aí o melhor seria descoberto!!

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