Iga tenta mudar mentalidade e ser menos dura consigo mesma

Foto: Corinne Dubreuil/FFT

Paris (França) – Quatro vezes campeã de Roland Garros e vencedora das últimas três edições, Iga Swiatek retorna a Paris em uma situação diferente em relação aos últimos anos. Depois de ter dominado o circuito, especialmente nas temporadas de saibro, a polonesa ainda não conquistou títulos em 2025 e caiu para o quinto lugar do ranking. Disposta a voltar a vencer, a jogadora de 23 anos tenta mudar a mentalidade para ser menos dura consigo mesma.

Swiatek já disputou quatro semifinais em 2025 – no Australian Open e nos WTA 1000 de Doha, Indian Wells e Madri – mas não conseguiu transformar as boas campanhas em troféus. Na preparação para Roland Garros, sofreu uma eliminação precoce na terceira rodada em Roma, diante da norte-americana Danielle Collins. A queda inesperada serviu de alerta para a ex-líder do ranking, que reconheceu a necessidade de ajustar sua postura dentro de quadra.

“Depois de Roma, eu tive bastante tempo para refletir sobre como joguei e qual foi minha atitude. Percebi que precisava mudar algumas coisas e entrar com mais intensidade, porque senti que não estava começando bem as partidas e ficava mais tensa”, avaliou Swiatek na coletiva de imprensa desta sexta-feira em Paris. “Cheguei à conclusão de que precisava mudar algo na minha postura, ser mais enérgica antes dos jogos. Isso ajudou muito”.

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Além da parte tática e física, a polonesa trabalha o lado mental. “Quero ser mais positiva com o que estou fazendo e não me concentrar tanto nos erros. Estou tentando ser mais corajosa”, explicou. “Recentemente, quando eu cometia erros, ficava muito presa a eles. Achei que estava trabalhando nisso, mas na verdade só estava reforçando o problema. Precisei perceber isso por conta própria, embora minha equipe já tivesse me alertado”.

Polonesa tem 35 vitórias e apenas duas derrotas em Paris
Foto: Cédric Lecocq/FFT

Swiatek estreia na segunda-feira contra a eslovaca Rebecca Sramkova, 41ª do mundo, e carrega um histórico invejável em Paris, com 35 vitórias e apenas duas derrotas em seis participações no Grand Slam francês. As únicas algozes foram Simona Halep em 2019 e Maria Sakkari em 2021. A polonesa está do mesmo lado da chave que a número 1 do mundo Aryna Sabalenka, possível adversária em uma eventual semifinal.

Apesar das mudanças e da cobrança por resultados, o retorno a Roland Garros traz conforto. “Eu amo jogar aqui. Me sinto bem nesse lugar, até fora da quadra parece casa. Tenho minhas rotinas, meus cantos favoritos. É sempre divertido voltar. A gente chegou um pouco mais cedo para treinar e já estar ambientada. Tenho ótimas memórias do ano passado e estou tentando aproveitar. Meu tênis está bom. Estou treinando muito bem, só preciso conseguir colocar isso em prática nos jogos. Cada semana é uma chance de aprender e evoluir”.

Homenagem ao ídolo Nadal no domingo

No domingo, Swiatek ainda espera poder acompanhar a cerimônia de homenagem a Rafael Nadal, 14 vezes campeão em Paris e seu maior ídolo no esporte. “Quero muito assistir. Vou ver como estará minha programação de segunda-feira, mas sei que, se eu for, com certeza vou chorar (risos)”, disse. “Todos nós devemos nos reunir e celebrar o Rafa, tudo o que ele fez pelo nosso esporte e o quanto ele foi e ainda é uma inspiração. Significa muito para mim, então adoraria estar lá”.

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